capitulo 18- meu vicio

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   já  estávamos na quarta-feira e desde domingo que eu não via o Gustavo. Naquela manhã chovia forte, o que diminuía minha vontade de ir para a escola. Quanto terminei de escovar os dentes, fui me vestir. Coloquei uma calça preta, uma blusa de manga caída também preta e um vans branco nos pés. Deixei os cabelos soltos mesmo e depois peguei minha mochila. Por sorte as férias estavam chegando e era tudo que eu mais estava precisando. Apanhei o guarda-chuva que estava atrás da porta e depois sai.
    quando terminei de fechar a porta senti o vento forte bater contra o meu corpo quase me fazendo desistir e voltar para os meus calorosos cobertores. Mordi o lábio inferior e abri o guarda-chuva preto com desenhos de flor. Sorri ao ver quão infantil era aquilo, porém, era a única forma de me abrigar daquela chuva.
   o ponto de ônibus estaca vazio e isso è bom porque não tinha pessoas se esmagando para não se molhar. Menos de cinco minutos e o ônibus passou. Me sentei no lugar de sempre, a minha frente tinha uma mulher com uma criança de uns dois anos em pé no seu colo. Ele se virou para mim e balançou as mãozinhas, sorrindo e mostrando os poucos dentes na boca.
      me divertir o percurso todo com ele, desci em frente a escola e entrei correndo. Assim que pisei no pátio o sinal soou e cat veio correndo ate mim.
— temos a primeira aula juntas.
     ela disse animada.
— otimo, assim eu vou ter alguém para me distrair.
     falei bocejando.
— ha, qual è! A aula de sociologia não è tão chata assim.
— como diz isso? È péssima, totalmente entediante.
— pode até ser, mas o professor è um gato.
     nós duas rimos e entramos na sala. Aquelas famosas carteiras de duplas estava quase todas ocupadas, eu e cat sentamos em uma que ficava próxima a janela. Tire o caderno, caneta e livro de dentro da mochila. A gente mal começou a conversar e o professor entrou na sala. Eu tinha que concordar com a cat, ele era muito bonito. Os cabelos claros até os ombros, os olhos azuis e a voz rouca.
— bom dia.
    ele disse cumprimentando a sala. Todos o responderam em uníssono. Ele pegou um giz branco e com letras maiúsculas, ele escreveu o tema da aula no quadro negro.
  "JOVENS REBELDES"
— alguém pode me dizer o que mudou dos adolescentes que foram os seus pais para os adolescentes que vocês são agora?
    ele colocou o giz de lado e deu umas batidinhas para limpar as mãos.
— a gente tem internet.
    um dos garotos do fundo respondeu causando riso na sala, até mesmo do professor.
— além da internet, o que mais podemos citar?
    ele se sentou na ponta da sua mesa e escorou as mãos no joelho.
— nós jovens não gostamos de seguir regrar feitas pelos pais.
    respondeu Jesse, uma chinesa que estava duas mesas a frente da nossa.
—  e alguem sabe me dizer por que vocês não gostam de seguir regras?
     ele rodou os olhos por toda turma e depois continuou.
— YUMY, saberia me dizer?
    tentei bolar uma resposta na cabeça, mas ficava difícil com trinta olhos sobre você. Se saisse uma palavra errada seria a causa de uma crise de gargalhadas.
— talvez porque odiamos os padrões criados pela sociedade.
    respondi nervosa e ele fez um gesto com a mão para que eu continuasse.
— de certa forma nos sentimos presos a algo que não somos obrigados a aceitar.
— e isso acaba gerando exatamente o que ?
    ele argumentou.
— jovens rebeldes, que acabam fazendo tudo que vem pela cabeça, sem saber se è certou ou errado, e sem se preocupar com as consequências.
  cat respondeu antes de mim e eu fiquei agradecida.
— muito bem, agora estamos chegando ao ponto que eu queria.
    por alguma razão aquele assunto era interessante, e pela primeira vez eu estava participando da aula. Por que falar de "jovens rebeldes" me fazia lembrar do Gustavo. Ele sempre fazia tudo do jeito que queria, não obedecia a ninguém e muito menos seguia regras. Sorri sozinha.
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   o resto das aulas fiquei pensando em mim e no Gustavo. Me sentia mal por me voltar contra a mamãe, mas, ela tinha que aceitar ou pelo menos respeitar minha decisão.
    antes de ir embora eu decidi comer alguma coisa, como estava chovendo muito, resolvi comprar algo na cantina da escola mesmo. Tinha apenas uma pessoa na minha frente.
— pois não?
     outra atendente perguntou.
— quero uma porção de fritas médias e uma coca cola.
    paguei e logo o pedido estava pronto. Me sentei na mesa mais próxima. Um pouco mais distante de mim estava João abraçado com uma ruiva. Revirei os olhos e desviei dos dois.
    fitei pelas janelas da cantina as gotas fortes dr chuva que caiam, enquanto comia minhas batatas. Eu so queria que Gustavo aparecesse algo e me dissesse qualquer coisa, até um estupido"oi".
   terminei de comer e tive uma ideia. Se Gustavo não vinha até mim, eu iria até ele.
    abri meu guarda-chuva e corri me desviando das poças de água. Até pensei em pegar um ônibus, mas a minha pressa e ansiedade não deixou. No meio do caminho o guarda-chuva já não me protegia mais da chuva e pra piorar tudo, três de seus ferrinhos quebrou. Bufei irritada e joguei o mesmo em um latão de lixo que tinha ali perto.
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parei em frente a casa de Gustavo formulando várias perguntas na minha cabeça "e se ele estivesse ocupado e não podia ser atrapalhado?" .
toquei a campainha e ele demorou um pouco para atender. Meu coração acelerou de medo. Quando estava desistindo, ele abriu a porta.
— YUMY.
ele falou surpreso.
— Gu...
antes de terminar de falar, senti suas mãos me puxar pela cintura em um abraço apertado.
— me desculpe, me desculpe.
ele disse afagando meus cabelos.
— pelo que Gustavo? você não me fez nada.
— isso mesmo. Eu não fiz nada aquele dia, eu devia ter te trazido embora comigo.
ele disse e eu dei risada.
— estamos aqui juntinhos agora e isso que importa.
dei um selinho em seus lábios.
— você precisa de um banho quente ou então vai acabar pegando um resfriado.
ele fechou a porta e me levou até o banheiro.
— vou pegar algumas roupas para você.
assenti e deixei a porta apenas encostada. Comecei a me despir e coloquei a roupa encima da pia.
girei o registro e me recordei da primeira vez que estive aqui. Como as coisas tinham tomado um rumo estranho. Eu nunca, imaginei que poderia encontrar alguém que virasse minha vida de ponta cabeça. Joguei a cabeça para trás, deixando a água quente molhar todo meu rosto.
— devia fechar a porta, sabia?
me virei assustada com a mão no coração ao ouvir a voz do Gustavo atrás de mim.
— não ouvi você entrar.
joguei meu cabelo para frente a fim de cobrir meus seios e cruzei as pernas, como se aquilo me ajudasse para que Gustavo não me visse nua.
— não acredito nisso.
ele murmurou sorrindo de canto.
— em que ?
— você ainda tem vergonha de mim?
senti meu rosto esquentar e mordi os lábios assentindo.
— não deveria ter, eu amo te ver assim.
senti ele me encurralar entre a parede e seu corpo. A água caia sobre nós dois agora. Senti seus lábios nos meus, e aquela famosa sensação de borboletas no estômago apareceu. Passei minhas mãos por sua costa, indo em direção ao cós de sua calça moletom. Sua boca ja tomava posse do meu o pescoço e eu tentava avidamente abaixar aquela merda de moletom cinza.
— humm Gu...tira logo isso.
falei aflita. Ele desceu a calça junto com a boxer e jogou para fora do box. Colei nossos corpos e o beijei. Sua mão desceu acariciando toda a lateral do meu corpo até chegar nas pernas, onde ele levantou até a altura do seu quadril. Ele fez questão de roçar nossas intimidades, o que me causou um gemido alto.
— não sabe o quanto eu esperei para fazer isso de novo.
ele disse com a voz rouca.
— não foi só você.
confessei antes dele me penetrar. Soltei um grito de prazer, eu puxava o seu quadril tentando ir cada vez mais fundo e ele mantinha minha perna levantada.
meu corpo se chocando com o Gustavo e a parede, a água quente caindo sobre nós. Tudo estava perfeito. Eu tentava me equilibrar na parede, mas, não tinha nada para segurar, além do Gustavo, teria que judiar de suas costas.
um calor me consumia por inteira e um formigamento se formou em minha virilha. Passei a gemer seu nome loucamente, o sentindo aumentar as estocadas.
meu limite de excitação subiu a cabeça e antes de poder raciocinar senti um líquido sair de mim, correndo por minhas coxas.
Gustavo saiu rapidamente de dentro de mim, apoiando as mãos uma de cada lada da minha cabeça. Não estávamos usando proteção, foi por isso que ele não gozou dentro.
ainda um pouco receosa, deslizei minha mão até o seu membro e timidamente comecei a masturba-lo com movimentos de sobe e desce. Percebi que estava indo bem, quando ele sufocou um gemido. Quase um minuto depois ele lambuzou minha mão e dedos.
— estou ficando completamente viciado em você.
ele disse ofegante.
— acho que eu deveria dizer isso.
sorrimos e depois nos beijamos.
Terminamos o nosso banho. Gustavo me emprestou uma camiseta sua e eu a vesti. Sentei-me na cama e vi Gustavo sair do banheiro com uma toalha envolta do pescoço secando o cabelo. Eu acho que aquele era um bom momento para fazer algumas perguntas.
— Gustavo...precisamos conversar.

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