Eu olhava para tudo aquilo, incrédula, chocada para dizer a verdade, tentando procurar uma lógica para tudo aquilo. Eram B , O-, das bolsas que estavam viradas com as etiquetas para cima, indicando o grupo sanguíneo. Aquilo era um assalto a um banco de sangue? Por que era muito estranho alguém manter um refrigerador lotado de bolsas de sangue assim, e a única lógica que me via a mente eram informações que eu havia visto em filmes e seriados.
Sorri nervosamente, balançando a cabeça para os lados.
- Isso é loucura – murmurei comigo mesma, fechando o refrigerador e percebendo só agora que minhas mãos tremiam.
Meu coração estava acelerado quando a resposta martelava em minha mente, e recusava-me a acreditar naquilo. Isso não era verdade, esse tipo de coisa não existe. É só uma lenda que foi originada por um romancista Irlandês. É só uma ficção.
Resolvi não brincar com a sorte e acabar sendo pega no flagra e logo saí daquele cômodo, fechando a porta atrás de mim. Desisti de procurar algo que pudesse abrir a porta do quarto, iria dormir no chão mesmo e amanhã cedo entraria pela minha janela. Só o fato de dormir naquele corredor frio e escuro já me causava um desconforto no estômago, principalmente quando as imagens do refrigerador não saíam da minha cabeça.
- O que faz ainda acordada no corredor?
Soltei um grito de susto quando escutei uma voz atrás de mim. Virei meu corpo dando de cara com a última pessoa que eu queria ver naquela noite. Meu coração parecia que sairia a qualquer momento pela minha boca, e eu tinha quase certeza de que podia escutá-lo bater dentro de mim. Meu corpo todo tremia e os olhos do senhor Uchiha avaliando-me naquele corredor escuro não ajudava em nada.
- Se-senhor Uchiha. – Minha voz saiu entrecortada, não conseguia controlar o nervosismo que sentia naquele momento, e eu sabia que metade daquele nervosismo não era por conta do que havia visto a alguns segundos atrás e sim pelo que aconteceu com a gente a algum tempo antes.
- Desculpe por assustá-la – seu tom era cortes. – Mas o que faz pela casa ainda?
- Eu... – estava ofegante, tentava controlar minha respiração. – Eu...
- Está nervosa. Aconteceu alguma coisa?
- Não! – Minha voz saiu um pouco mais alto que o normal, e odiei-me por isso. Estava levantando suspeitas, pois via com a pouca iluminação seu cenho franzir. – Quer dizer... não aconteceu nada. – Umedeci os lábios, dando um passo para trás. – Eu não estava tentando fugir caso o senhor esteja pensando isso.
Ele ergueu as sobrancelhas enquanto me fitava com aqueles olhos negros como um mar de trevas.
- Eu não estava pensando isso, miere, mas você acabou de me dar o questionamento da dúvida.
- Eu não estava tentando fugir, juro.
Droga, eu tinha que me controlar, mas estava difícil com ele por perto. Estava nervosa o suficiente para formular alguma coisa coerente na minha cabeça, principalmente quando meu corpo se arrepiava toda vez que o som de sua voz cantava em meus ouvidos. Meu corpo idiota reagia a cada movimento que ele fazia, mesmo que meu interior gritasse para ficar longe dele.
- E então?
- A minha porta do quarto está trancada do lado de dentro... eu fui a cozinha encontrar algo que possa abrir.
- Por que não me chamou?
- Não quero incomodá-lo.
Principalmente quando nos agarramos a algum tempo atrás e ainda mais depois que descobri seu segredinho nada conveniente para uma pessoa normal.
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The Secret
FanfictionDepois de um acidente misterioso que fez perder dois anos de suas memórias, Sakura Haruno tentou voltar a sua vida normal, mas algo estava errado. Com a superproteção de seus pais, e a ignorância de suas amigas, fez Sakura tomar uma decisão drástic...