Destinos Roubados

Capítulo 52

   Aos poucos, Apolo descasa cada botão da minha camisola, me deixando despida sob seus olhos que me consomem feito brasa ardente. Seus lábios beijam cada centímetro de curva da minha pele, chegando em minha intimidade, me fazendo carícias levemente com a ponta da língua. Um sussurro, escapa da minha boca fazendo com que meus olhos se arregalam segundos depois de sentir novamente aquele toque que muito tempo eu não sentia. Me estremeço por completa, como uma corrente elétrica passando por cada artéria do meu corpo, como se correspondesse a todos os sentidos.

   Logo mais ele também tira a roupa e sou puxada pelos seus braços fortes e musculosos, fazendo com que eu me sente em seu colo, com as pernas de cada lado, abrindo espaço para que encaixe perfeitamente o seu membro dentro de mim. Fecho os olhos e abraço-o cravando as unhas e seus ombros, sentindo a pressão e ao mesmo tempo, uma queimação intensa que logo me faz ficar lubrificada. Apolo e eu, fazemos amor não como as outras vezes. É real e profundo. Como se realmente fôssemos feitos um para o outro. Seus lábios, tocam o meu pescoço me chupando com fúria e cada vez que sinto dor, tentando fazê-lo diminuir, mais ele me puxa me deixando completamente colada em seu corpo, penetrando mais fundo dentro de mim.

Na manhã seguinte...

   Apolo e eu, não pregamos os olhos a noite toda. Fizemos amor por várias vezes e estou exausta. Não sei que calor é esse que ele tem, mas admito que eu gosto. Acho que eu já gostava, antes mesmo de me apaixonar por ele mas eu não enxergava isso. Apesar do nosso casamento, ter sido por engano e mesmo sem me conhecer, Apolo sempre me desejou e nunca na minha vida, vi algo tão parecido. Mas sempre foi ele e sempre será ele, o único homem da minha vida.

   Eu o olho por cima ainda deitada sob seu peito e vejo que já me olhava. Faço-lhe um carinho com a ponta do dedo indicador em seu peito esquerdo e engulo em seco, quebrando o silêncio.

— Eu desejei isso por todos esses meses sem você. — Digo, baixinho penetrando meus olhos nos seus.

   Apolo apenas me analisa e me faz um carinho na cabeça, quebrando o silêncio.

— Bom, não sei se você estava mesmo ficar junto de mim... — Ele diz, fazendo uma breve pausa erguendo as sobrancelhas. — Estava pensando em se casar com outro... — Eu o interrompo, enquanto ele desvia o olhar para o teto.

   Bufo, revirando os olhos e me sento em seu colo em questão de segundos fazendo com que eu tenha novamente a sua atenção apenas para mim.

— Ok! Se você não acredita, então vou agora mesmo aceitar o pedido de casamento. — Retruco, debochando do meu marido.

   Apolo arregalada os olhos, mudando sua feição e franze o cenho como se não gostasse da piada e joga brutalmente para o seu corpo, me prendendo as suas garras.

— Nem por cima do meu cadáver, mocinha! Você é minha, Dna. Valentina. E vai se casar comigo, de novo, queira sim ou não! — Ele fala, irritado me fuzilando com os olhos.

   Sorrio por dentro, ao saber que acordei a fera dentro dele e concordo com a cabeça, aceitando os seus termos.

— Eu não preciso de duvidar dos seus sentimentos. Sei que você está falando a verdade, meu amor... — Apolo respira fundo e engole em seco, me fazendo carinho em minhas costas. — Eu estava louco pra ficar com você. Pra te ter de novo em meus braços. Te chamar de minha. Eu só queria ter você comigo, Valentina. Você e o nosso filho. — Ele acrescenta, aproximando seu rosto no meu tomando os meus lábios.

   Recuo segundos depois e ele afasta meu cabelo para trás me deixando mais confortável em cima do seu colo. Ponho as mãos em seu peito, enquanto sinto seus beijos sob meu pescoço e logo ergo a sua cabeça, para que me olhe.