Capítulo 34

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Horas antes...

Apolo

   Tomo mais um gole de whisky e trago um charuto que parece não ter fim. Olho de relance para o garçom, que serve outros clientes a minha volta e novamente desvio os olhos para cinzeiro. Me pego em meus devaneios e percebo que as cinzas que estão queimando naquele recipiente prata, é como foi o meu casamento antes. E como está o meu casamento agora. Fiz tudo pela minha esposa, tudo que estava ao meu alcance, mas o que recebi em troca, foi a sua deslealdade. E está acontecendo tudo de novo. A mulher que amo, apaixonada pelo meu primo. 

   Dessa vez, Romanos não vai tirá-la de mim! A Valentina já está casada comigo e espera um filho meu. Nem que um de nós, tenha que morrer! — Penso, em silêncio firmando as vistas sob as prateleiras de bebidas a minha frente, quando alguém se senta ao meu lado, me fazendo inalar o mesmo perfume que conheço há anos.

— Como é difícil de te encontrar, Apolo! Sorte minha, que eu tenho uns contatos. — Catrina fala, com malícia erguendo as sobrancelhas.

   Tomo mais um gole da bebida que desce queimando pela garganta e desvio o olhar para ela erguendo o cenho.

— Está perdendo o seu tempo, Catrina! Procure alguém que te quer! Mas vou te dar um conselho, que não seja casado... — Ela me interrompe, gargalhando como se fosse uma piada.

— Eu não dispenso homens casados. Principalmente, quando se trata de você, querido! — Ela afirma, mordendo o canto do lábio.

   Bufo, impaciente e pago o valor que gastei em cima do balcão.

— Não estou afim! — Digo, apenas e dou de ombros a deixando falar sozinha.

   Sigo em direção ao corredor, me esbarrando com algumas pessoas e ando mais um pouco, ao ver um quarto vazio. Abro a porta e adentro, fechando a mesma. Eu preciso de pelo menos um tempo sozinho antes de voltar pra casa. Preciso pensar no que fazer, antes de agir. 

   Me deito na cama exausto, descasando os botões da camisa, quando a porta se abre. Olho de soslaio, percebendo que Catrina entra no quarto e fecha a porta em questão de segundos. Esfrego os olhos, pensando em como expulsá-la daqui e ela quebra o silêncio.

— Acha mesmo que vou te deixar em paz? — Ela questiona, se aproximando tirando a roupa ficando toda despida a minha frente. Catrina senta no meu colo e me acaricia. Sinto o meu membro que não está tão disposto hoje, querendo acordar. Não posso fazer isso, porque eu estaria pecando perante a Deus e a minha esposa. — Você pode estar casado, Apolo. Mas eu farei de tudo para que você seja meu. Mesmo que eu tenha que destruir o seu casamento.

   Eu a pego pelos braços e me sento na cama, tentando controlar a vontade que tenho de não fazer o que todo homem quer e a empurro para trás, fazendo com que ela saia de perto de mim . Catrina é bonita e tem um belo corpo, mas a rejeitando, não quer dizer que eu seja menos homem.

— Vai embora, Catrina! Agora! — Digo, em voz alta a fuzilando com os olhos.

   Meus olhos acompanham cada centímetro do seu corpo. Estou perdendo o meu controle aos poucos. A tentação é grande, mas eu tenho que resistir.

— Não vou! Sabe porque? Porque eu sei que você me quer... — Ela fala, fazendo uma breve pausa se aproximando novamente de mim, acariciando o meu peitoral, fazendo com que a minha camisa caia no chão. Catrina abre a boca e se abaixa com um pouco, lambendo o meu abdômen. — Eu vejo em seus olhos, Apolo! E eu sou sua a hora que quiser, querido!

   Fecho os olhos por um tempo e novamente abro, ao olhar para ela. Pego pelos seus cabelos para tirá-la mais uma vez de perto de mim e Catrina abre as minhas calças e põe o meu membro para fora, colocando-o todo em sua boca. Em questão de segundos, ela fica completamente duro feito uma pedra, mas pará-la, logo agora que começou, é como tirar o doce de uma criança.

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