Valentina
Eu já não sinto mais medo de ser beijada, ou melhor dizendo, desejada pelo Apolo. Ele é o meu marido e devo isso a ele como a sua esposa. E quero fazê-lo feliz. Pra mim, nada mais me importa, a não ser estar ao lado dele e ser a mãe do filho que carrego em meu ventre. - Penso, em silêncio sentindo os seus beijos pela água que escorre em nossos corpos do chuveiro.
Apolo acaricia as minhas costas, descendo as mãos na minha bunda ao me suspender para cima. Por alguns segundos, fecho os olhos, percebendo que a minha pele arrepia, ao sentir os seus beijos em meu pescoço. É tão bom, sentir novamente esse prazer, que não sei o que eu sentia quando Apolo me forçava. Se era o desejo da carne falando mais alto. Ou, quando eu queria muito mais daquilo, que eu não deixava me envolver.
Eu trago o seu rosto para mais perto do meu e o beijo, com fúria procurando desesperadamente a sua língua que faz movimentos a todo custo, querendo achar a minha. Sinto a sua ereção em minhas partes íntimas e Apolo penetra aos poucos, me fazendo gemer baixinho, onde eu puxo os seus cabelos molhados, levando-os para trás.
- Você é minha, Valentina! Só minha! - Ele cochicha, em meu ouvido e depois me olha nos olhos, analisando o prazer que ele me dá cada vez que penetra mais forte.
- Só sua, Apolo! - Digo, baixinho totalmente séria olhando em seus olhos.
Apolo não perde o jeito de me fazer mulher, mas confesso que mesmo fazendo amor devagar, sinto um prazer enorme, que às vezes penso que vou ter orgasmos. E só de pensar nessas coisas, me coro de vergonha e sem querer, deixo ele perceber, que me olha inquieto.
- Fala pra mim, no que está pensando meu amor? - Ele pergunta, afastando uma madeixa do cabelo para trás.
- Você nunca vai saber. - Respondo, escondendo um sorrisinho que me resta. Mas é em vão.
- Valentina?
Apolo chama pelo meu nome, me repreendendo com os olhos e logo mais, me faz olhar para ele com total seriedade.
- Me diz? Eu quero ouvir da sua boca... - Sua frase é interrompida, pelos meus gemidos que se tornam cada vez mais altos.
- A-Apolo... Estou tendo orgasmos... - Gaguejo, fechando os olhos arqueando o meu corpo para trás.
Apolo me traz de volta para ele, quando sinto uma sensação prazerosa, desfrutar do meu subconsciente, que me faz morder em seu ombro, tentando parar, mesmo que eu queria mais um pouco disso.
- Que delícia sentir ela toda molhadinha, amor! Já estava com saudades. - Apolo diz, descaradamente aquelas palavras sujas, percebendo que me fez sentir prazer. Mas não me importo. Quero ter toda intimidade com o meu marido. - Você é toda minha, Valentina!
Não demorou muito e depois de ficarmos um tempo fazendo amor, Apolo me fez sentir o seu líquido dentro de mim. Ele me põe no chão e gruda as suas mãos em meu rosto me prensando contra a parede gélida e molhada e toma os meus lábios, como se não houvesse fim, sentindo o seu corpo quente colado ao meu, pela fumaça esbranquiçada que percorre pelo box de vidro.
Olho para a janela depois de despertar de um sono bom e vejo que está amanhecendo. Me viro para o outro lado da cama e vejo Apolo dormir. Sorrio, lembrando da noite passada que tivemos e aí percebo que deixei uma mordida em seu ombro. Eu não queria, mas a minha vontade foi maior do que qualquer coisa.
Apolo por fim, desperta aos poucos do seu sono e os nossos olhares se cruzam lentamente. Ele acaricia o meu rosto e me beija apenas para sentir os meus lábios. Um sorriso brota em meu rosto e ele faz o mesmo, retribuindo o carinho.
- Bom dia!
Sua voz rouca e grossa, soa em meus ouvidos que sinto uma corrente de eletricidade percorrer por todo o meu corpo.
- Bom dia, Apolo. - Digo, apenas molhando os lábios.
Ele acaricia a minha mão e depois a posiciona sob minha barriga, me fazendo um leve carinho, recuando logo depois, beijando o meu ventre.
- Bom dia, meu filho! Sabia que a sua mãe, me fez o homem mais realizado mundo? Eu devo tudo a ela. - Apolo cochicha, voltando a beijar a minha barriga enquanto eu acaricio os seus cabelos. - Ela é a mulher da minha vida. E muito importante pra mim.
Não sei se é drama de mulher grávida, mas confesso que as palavras de Apolo me deixaram emocionada e não consigo me conter, deixando algumas lágrimas rolarem pelo rosto.
- Tenho certeza, que você vai ser o melhor pai do mundo! - Exclamo, olhando para o meu marido.
Apolo inclina a cabeça para me olhar melhor e quebra o silêncio.
- Eu te amo, Valentina!
Apolo é um homem bom. Diferente de tudo que um dia eu poderia imaginar que ele fosse. Como fui tola esse tempo todo, meu Deus! E achar que ele só queria fazer de mim o que quisesse. Mas me enganei. Me enganei, por eu não ter dado ouvido em tudo que ele diz. Eu espero que um dia, ele me perdoe. - Penso, em silêncio pegando em meus devaneios.
Depois de tomarmos o café da manhã juntos, decidi levá-lo até a porta principal da mansão. Ele beija os meus lábios e recua em seguida, mas logo quebro o silêncio.
- Apolo, antes que você vá, eu quero te dizer uma coisa: Eu quero trabalhar na vinícola. - Digo, apenas na esperança de ouvir um sim.
Ele me olha inquieto e franze o cenho, engolindo em seco.
- Valentina, você tem tudo que quiser na nossa casa. E pode sair a hora que quiser. Sozinha com os seguranças e na companhia da Bruna. Eu não permito que você trabalhe. O meu dever, é trabalhar e ser o homem da casa. E dar tudo o que você quiser, meu amor. - Ele diz, calmamente me olhando nos olhos.
- Eu não estou pedindo a sua permissão, Apolo... - Digo, fazendo uma breve pausa e me aproximo apoiando as minhas mãos em seu peito. - Eu passo muito tempo sozinha nessa casa. E a Rosa tem os seus próprios deveres. E eu também, não quero incomodar a Bruna ou a sua tia... - Ele me interrompe, enlaçando os seus braços em minha cintura.
- E quanto ao nosso filho? Valentina, não é bom que você saia de casa. E agora não é só você, mas também o nosso bebê. Como eu vou ficar a par de tudo que acontece... - Eu o interrompo, grudando as minhas mãos em seu rosto.
- Apolo, nós dois estamos muito bem. O Phillip mesmo que me deu a notícia e disse que não corremos risco de nada. O importante, é eu começar o meu pré-natal. Eu posso trabalhar e depois me consultar com o médico. E você vai ficar a par de tudo. - Explico, calmamente sorrindo de lado.
Apolo revira os olhos e bufa. Mas logo depois, assente com a cabeça e quebra o silêncio.
- Tudo bem, Valentina. Desde que você fique na minha sala, trabalhando comigo. Não quero você longe, ainda mais na vinícola que há tantas pessoas trabalhando. - Apolo fala, como se fosse o meu pai, me dando ordens.
- Apolo! Não é bom que ficamos juntos na mesma sala. E não é bom, que misturamos a nossa vida pessoal com os assuntos da vinícola. Você vai me ver pelos corredores. - Digo, sorrindo de lado.
- Tem razão, meu amor. É melhor que você comece amanhã mesmo, Valentina. Chame a Bruna e a minha tia para irem com você, marcar uma consulta. Quero me certificar, que o nosso filho esteja bem. - Apolo diz, em um tom autoritário erguendo as sobrancelhas.
Assinto, com a cabeça e reviro os olhos, ao mesmo tempo.
- Fique tranquilo. Tudo correrá bem, Apolo. - Digo, convicta e lhe dou um beijo de despedida para que assim, possa ir para o trabalho.
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Destinos Roubados
RomanceFinalmente, o grande dia chegou. Valentina Bianchi se casará com o homem da sua vida. Mas após realizar o seu desejo, a vida que planejou, se transformará em um verdadeiro circo de horrores, tendo Apolo Carmona, como o seu marido. Destemido, inte...