Há obscuridade esta fluindo normalmente todo pôr do sol. A vida virou um grão de arroz em meio aos grãos de areia,pois o vento sopra e eles se vão, mas o arroz continua ali enfrentando chuva, sol, frio, calor ,solidão. Olhei o céu e estava lindo, estava magnífico,mas mudou e caiu o mundo em forma de água e assim como ele eu estava chovendo em meu travesseiro. Aquela sensação estava cada vez mais forte ,aquela vontade de correr aumentava ,a dor escorria pelos braços, pelos olhos , pelas mãos e principalmente pelo coração. Um certo dia falaram que o coração é um órgão, mas pensando bem temos dois coração: o órgão e o sentimental,mas sabe qual sofre mais ? O sentimental e eu o detesto ! As estrelas somem , aparecem, umas ficam juntas e outras sozinhas , mas a lua ? Ela sempre ta lá sozinha , brilhando como se nada houvesse acontecendo, mas está. Ela ta sangrando , ela ta ferida , ela ta cansada de sentir frio,cansou de esfregar os olhos enxugando aquele sal que sai deles. Ela cansou !! Talvez um dia vão olhar pro céu e questionar " cadê a lua" e vão perceber que enquanto não admiravam, enquanto machuva-a , enquanto usava ela, enquanto fazia tudo menos olhar pra ela verdadeiramente, ela se foi e foi para nunca mais voltar. A escuridão tomou conta , as estrelas não brilhavam tanto e o que sobrou foi um questionamento e a saudade daquela lua, daquele arroz e daquela chuva.