"- Me diz que eu posso te beijar... - Assoprei no seu pescoço e depois dei uma leve mordiscada, atiçando-a. - Diz, bebê. Não quero ser acusado de coagir minha funcionária novamente. - Continuei distribuindo mordidas e beijos no seu pescoço e colo. A...
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Tirei o termômetro da minha axila quando ouvi o apito e constatei que a temperatura mais alta do meu corpo era uma febre de 38,1 graus. Suspirei, sabendo que teria que faltar aula e até mesmo o trabalho. Senti raiva, sabendo que essa febre que não cedia com remédio era emocional. Já tive esses quadros algumas vezes na adolescência. Sempre que alguma situação afetava diretamente meu psicológico a febre insistia em permanecer no meu organismo.
Enviei uma mensagem para uma colega da minha sala, pedindo que anotasse as informações da aula de hoje para que eu pegasse amanhã. Aproveitei e enviei uma mensagem para o RH e para o Diego, avisando que teria que faltar hoje por motivo de doença.
Provavelmente essa falta seria descontada do meu salário no final do mês, levando em consideração que eu não tenho um atestado para comprovar minha doença repentina. Mas honestamente, pouco me importo com isso agora, a única coisa que eu consigo pensar é em me enfiar de baixo da coberta e dormir o dia inteiro.
É claro que meus planos foram frustrados quando minha irmã mais velha entrou no meu quarto sem pedir licença.
— Bater à porta as vezes faz bem. - Resmunguei e cobri meu rosto com o lençol.
— Esse quarto era meu antes de ser seu. - Ágatha deitou ao meu lado, ocupando a parte vazia do meu colchão.
— Mas agora eu sou única e exclusiva para ele.
— E eu continuo sendo a dona mais antiga. - Ela acariciou meu cabelo e tocou na minha testa, possivelmente para constatar que eu estava com febre mesmo.
— Eu quero dormir, Ágatha.
— O que te deixou assim, gatinha?
— Acho que é só um resfriado, nada demais.
— Você não tá resfriada.
— Estou sim! - Tirei o lençol que cobria meu rosto e olhei para a audaciosa gravidinha que estava ao meu lado me acusando.
— Então cadê a coriza, a rinorreia, os espirros e a cefaleia? - Ela arqueou as sobrancelhas, demonstrando seu ponto de vista corretíssimo. Mas eu não queria admitir para ninguém que minha febre era emocional, poxa.
— Onde você aprende essas coisas? - Questionei, pois minha irmã sempre tem esses termos e frases médicas para falar.
— Desembucha Kyra, o que aconteceu? Ou vou ter que descobrir sozinha?
— Você nunca acertaria. - Respondi, pensando em concordar com o primeiro motivo fajuto que viesse na cabeça da minha irmã. Assim, eu me livraria de todos os seus questionamentos e ela me deixaria em paz para curtir meu momento de angústia.
— Tem tanta certeza assim que não?
— Tenta!
— Você brigou com o Anthony depois de algumas semanas se agarrando as escondidas e agora está enfiada nessa cama na fossa sem querer encontrar com ele. - Ela cuspiu as palavras e eu pulei da cama, surpresa com sua astúcia.