— Eu posso ir sim! - Escutei o berro da Jaqueline pelo telefone de Anthony, que estava na nossa sala e andava de um lado para o outro, inquieto. Pelo que eu entendi, eles tinham um compromisso de trabalho nesse final de semana, mas ontem Jaque foi caminhar, tropeçou e acabou fraturando o osso da fíbula.
Por recomendações médicas, ela teria que passar alguns dias em casa descansando, mas Jaque insistia em dizer que queria ir com Anthony a todo custo.
— Não, você vai ficar em casa seguindo todas as recomendações do seu ortopedista. Não tem discussão. - Ele bufou, estressado com as atitudes dela.
— Tony, por favor. Eu juro que vou me cuidar. - Ela choramingava e eu escutava toda a conversa, sem me importar em parecer bisbilhoteira. — Além disso, você precisa de alguém para te ajudar lá.
— Eu levo alguém comigo, não se preocupe com isso. Agora, por favor, para de me ligar e me deixa resolver essa situação. Você só vai voltar ao trabalho quando acabar seu atestado. Boa tarde e melhoras. - Ele não deu nem opção para que ela respondesse, desligando a ligação com rapidez.
— Diego, você vai comigo. É um hotel fazenda, nós tiramos algumas fotos, planejamos algumas postagens e fazemos uma reunião com o dono.
— Eu não posso, Tony. Esse final de semana eu preciso cuidar da minha mãe com Alzheimer. - Olhei para Anthony, que coçou a cabeça, nervoso. Os fios castanhos claros se moviam com naturalidade enquanto ele mordia o cantinho das unhas.
— Levi?
— Eu queria muito poder, mas eu tenho que cuidar da minha filha. A mãe dela viajou esse final de semana. Desculpa, chefe! - Levi respondeu e todas as atenções e olhares foram para mim. Merda.
— Que foi? - Questionei, já sentindo minhas mãos trêmulas.
— Você pode ir? - Diego perguntou enquanto Anthony me encarava em expectativa. Eles sabiam que eu não tinha nada de importante para fazer. Meus pais e irmãos são perfeitamente saudáveis, não tenho filhos nem marido, a minha única obrigação é a faculdade e o estágio.
— Posso sim. - Respondi, hesitante, depois de alguns minutos de um silêncio perturbador. Eu tinha que aceitar, seria extremamente deselegante não participar de um trabalho por puro capricho. Tony sorriu e eu estranhei sua felicidade. Imaginei que ele ficaria chateado de perder um final de semana romântico com Jaqueline, mas pelo visto eu não conheço nem um pouco meu chefe.
— Ótimo! Nós sairemos amanhã as oito. - Ele me olhava enquanto eu acenava com a cabeça. — Não precisa se preocupar que esse final de semana vai ser contado como hora extra e você receberá tudo certinho no fim do mês.
— Obrigada. - Sem ter muito o que falar, olhei para a tela do computador, dispersa. Não tinha planejado nada para o fim de semana, mas imaginar uma viagem com meu chefe, ex cunhado e ex ficante não é nada animador. Na verdade, é um pouco desesperador.
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Imperfeita
Romansa"- Me diz que eu posso te beijar... - Assoprei no seu pescoço e depois dei uma leve mordiscada, atiçando-a. - Diz, bebê. Não quero ser acusado de coagir minha funcionária novamente. - Continuei distribuindo mordidas e beijos no seu pescoço e colo. A...