Capítulo 30

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Olhei para minha namorada – SIM, namorada, e sorri igual um adolescente apaixonado

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Olhei para minha namorada – SIM, namorada, e sorri igual um adolescente apaixonado. Depois de tanto tempo desejando a Kyra e a querendo inteira só para mim, finalmente poder chamá-la de "minha namorada" era excitante, no mínimo.

Ela mastigava o último pedaço do seu filé com fritas e percebi que estava enrolando bastante no horário do almoço e eu tenho um palpite do motivo. Combinamos de chegar de mãos dadas na empresa hoje, dessa forma, todos saberiam sem que estamos precisássemos fazer um anúncio. Eu me sentia igual um pinto no lixo, felicidade transbordava pelo meu organismo, mas minha bebê demonstrava nervosismo e eu entendia seu ponto de vista. As pessoas são cruéis e maldosas até mesmo com um olhar, elas não perdem a oportunidade de julgar e atirar pedras nos outros, e a Kyra, infelizmente, é um alvo fácil. Sendo mais nova, minha estagiária e minha ex cunhada, ela tinha tudo para ser criticada por grande parte da OP, mas eu prefiro acreditar que meus funcionários não vão ser tão péssimos.

Espero não estar enganado.

— Por que você está me encarando?

— Estou te admirando, só isso. - Sorri e passei o polegar por sua bochecha macia, sentindo vontade de dar uma leve mordida nessa região.

— Estamos no horário? - Ela sugou o canudo de papelão disponibilizado pelo restaurante e eu fiquei um pouco excitado com a cena.

— Não se preocupe com isso, hoje nós podemos extrapolar um pouco os horários.

— Eu não quero regalias por ser a namorada do chefe. - Ela resmungou e fez um bico. Até brava minha bebê conseguia ser adorável.

— Não são regalias, amor. Depois você compensa os minutos, se precisar.

— Sei. - Ela tomou o resto do suco que tinha em sua taça e me levantei para irmos para a empresa. — Temos que pagar a conta, loirinho. - Sorriu, brincalhona.

— Não precisa, eu tenho uma conta aqui. Depois acerto o valor do mês. - Ela suspirou e se levantou, provavelmente depois de ter desistido de brigar para pagar algo. Eu nunca deixaria, óbvio, apesar de eu saber que, provavelmente, ela recebia uma boa mesada do seu pai, eu tenho total conhecimento de quanto ela recebe como estagiária e preciso admitir que é um valor insignificante.

Peguei sua mão e a apertei entre meus dedos, percebendo que eles eram bem menores que os meus. Caminhamos em passos lentos até meu carro, como se quiséssemos que aquele momento não acabasse, pois finalmente voltaríamos a vida normal, e não seria tão fácil como no final de semana. Entramos no meu carro conversando amenidades e eu dirigi até a Optimus, de vez em quando, parando para encarar Kyra, que ficava envergonhada.

— É agora. - Kyra apertou minha mão, demonstrando sua insegurança, enquanto estávamos no elevador a caminho do andar da empresa. — Será que as pessoas vão comentar muito?

— Você se importa com o que elas falam? - A puxei para meus braços e beijei sua testa, tentando demonstrar um pouco de carinho e segurança para ela. — Eu só me importo com o que nós sentimos, bebê. Se eles quiserem falar, deixei-os para lá, não ligue, aos poucos o burburinho passará e nós seremos apenas mais um casal normal para os fofoqueiros.

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