Acordei depois de uma noite de poucas horas de sono. Minha mente trabalhava com todos os seus neurônios buscando uma explicação racional para o sumiço da Kyra. Como uma mulher conseguiu despedaçar meus sentimentos dessa forma é o que eu me questionava a cada quinze minutos, mas até agora não encontrei nenhuma resposta, talvez nunca encontre.
Resolvi iniciar o dia e focar no trabalho. Como acordei cedo, corri um pouco antes de me arrumar para ir para a empresa. Ainda não sei se Kyra poderá ir para o estágio hoje e a dúvida me consome, mas, de qualquer forma, irei vê-la hoje. Se não for no trabalho, será na sua casa.
Depois da minha corrida e de me arrumar, segui para a OP com uma ansiedade que nunca tinha experimentado, mas tentei a todo custo minimizá-la.
— Bom dia! - Cumprimentei Joana e respondeu com um aceno de mão, concentrada demais na tela do seu computador. — Alguma notícia da Kyra?
— Sim... ela está melhor da febre, já enviou uma mensagem avisando que entregará um atestado pela falta de ontem.
— Certo! Obrigada por avisar, Jô.
Entrei em minha sala me sentindo muito mais aliviado, tanto por Kyra estar melhor de saúde como pela oportunidade de conversar com ela e colocar tudo em pratos limpos.
A boa notícia me deu ânimo até para passar a manhã mais feliz e produtivo. Consegui finalizar uma campanha publicitária e fechei dois contratos com clientes muito importantes. Tudo se encaminhando para ser um ótimo dia.
Aproveitei para entrar nas redes sociais e enviei uma mensagem para um amigo, perguntando sobre algum restaurante romântico para indicar. Pensando nas semanas passadas, percebi que todo o contato que tive com a Kyra fora na empresa, no trabalho ou em eventos da Ágatha. Nunca saímos juntos para jantar ou curtir a companhia um do outro e eu pretendo mudar isso hoje.
Depois de alguns minutos de pesquisa escolhi um japonês, um restaurante bem tradicional aqui em São Paulo, reservado, com o ambiente mais escuro e, pelas fotos, extremamente bem decorado. Ela vai amar, eu espero.
Com tantas conjecturas a manhã passou em um piscar de olhos e com o estômago um pouco nervoso, resolvi sair para almoçar apenas uma salada, esperando que na volta Kyra já esteja aqui para podermos conversar.
Por algum motivo desconhecido e estranho o restaurante estava vazio quando cheguei. Pedi minha salada e praticamente engoli sem nem ao menos mastigar. Kyra sempre chega na OP alguns minutos antes do expediente iniciar e pretendo usar esse tempo extra para resolvermos nossas pendências.
Corri para chegar a minha empresa o mais rápido possível e quando estava entrando no prédio, a vi descer de um carro e fiquei parado observando. Após sair do assento do passageiro, o vidro do motorista desceu e Arthur, o ex dela, apareceu. Ela deu um beijo na boca dele e eu senti meu coração ser pisoteado. Eu estava paralisado analisando toda aquela cena nojenta, pelo menos para mim.
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Imperfeita
Romance"- Me diz que eu posso te beijar... - Assoprei no seu pescoço e depois dei uma leve mordiscada, atiçando-a. - Diz, bebê. Não quero ser acusado de coagir minha funcionária novamente. - Continuei distribuindo mordidas e beijos no seu pescoço e colo. A...