"- Me diz que eu posso te beijar... - Assoprei no seu pescoço e depois dei uma leve mordiscada, atiçando-a. - Diz, bebê. Não quero ser acusado de coagir minha funcionária novamente. - Continuei distribuindo mordidas e beijos no seu pescoço e colo. A...
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Kyra dormia feito uma pedra na cama kingsize enquanto eu velava seu sono, jogado no sofá com a camisa social aberta. Ela estava deitada de lado, com as pernas dobradas quase encostando na sua barriga. Imaginei que ela provavelmente estava desconfortável com aquela calça jeans, mas depois de três horas dormindo sem nem se mexer conclui que as roupas não devem estar interferindo em seu "cochilo".
Fui ao banheiro tomar um banho e quando saí, ela ainda estava na mesma posição. Ponderei sobre acordá-la ou não, mas meus pensamentos foram interrompidos quando uma batida na porta chamou minha atenção e acabou acordando Kyra, que levantou em um pulo e quase caiu da cama de susto.
— Bom dia, dorminhoca. - Eu ri e ela arregalou os olhos.
— Já é de manhã?
— Não, são quase 16 horas.
— Nossa, eu dormi demais. - Ela se espreguiçou e uma parte da sua barriga ficou a mostra quando os braços levantaram. Senti vontade de beijar a região exposta, mas me contive, até por que ouvi outra batida e me lembrei que alguém esperava no lado de fora.
Abri a porta e sorri ao ver meu amigo Jean, vestido como um fazendeiro, calça jeans, blusa de flanela, cinto de couro e botinas, me esperando com um sorriso enorme estampado no rosto.
— Anthony! - Ele exclamou e nós nos cumprimentamos com um abraço e tapinhas nas costas. Kyra espichou o corpo na cama para nos espionar e eu a convidei para mais perto e a apresentei como minha estagiária para Jean. Meu amigo, com certeza, estranhou eu estar no mesmo quarto que minha estagiária, mas fingi normalidade e preferi não comentar o problema ocorrido com os quartos, pois entendi que tudo foi resultado da falta de caráter da Jaqueline.
Aos poucos eu conseguia me decepcionar mais ainda com essa mulher, tanto profissional como pessoal, e me questionava se deveria manter ela no meu time. Jaque é uma pessoa difícil de trabalhar e pior ainda de conviver, mas a ideia de afastá-la deve ser ponderada com mais tranquilidade, algo que farei depois que voltar dessa viagem.
— Vocês almoçaram por onde? - Jean perguntou.
— Ainda nem comemos nada, irmão. Fiquei enrolado com alguns a fazeres e Kyra estava cansada, acabou de acordar.
— Não acredito! Então vamos comer um peixe assado no restaurante aqui da fazenda. É a especialidade da casa. - Nos convidou e eu olhei para Kyra, esperando sua resposta.
— Vou adorar. Só preciso trocar de roupa.
— Nós te esperamos. - Sorri e ela concordou com a cabeça. Observei enquanto Kyra se afastava e mexia na sua bagagem para tirar algumas peças de roupa lá de dentro. Por um tempo, não ouvi o que saia da boca de Jean, que estava empolgado me contando dos seus cavalos e de novos projetos para o hotel. Prestei atenção em cada passo dado pela minha bebê. E que saudades de a chamar assim. Tudo que eu mais queria era que ela fosse minha.
