Um mês depois
— Adorei seu vestido. - Elogiei Olívia quando nos esbarramos na faculdade. Desde que brigamos, nossa amizade nunca mais voltou a ser a mesma, mas aos poucos eu conseguia conquistar a confiança da minha melhor amiga de novo.
Nas primeiras semanas ela me ignorava completamente e eu, depois de tanto insistir, preferi dar um espaço para que ela pensasse melhor e para que a raiva fosse amenizada com o tempo. Aos poucos, depois de muitos esbarrões e olhares feios da parte dela, consegui conquistar um mísero aceno com careta, e assim fomos evoluindo até hoje, onde consigo fazer um elogio e ela sorri em agradecimento.
Meu próximo passo provavelmente será enviar algum meme por mensagem, algo engraçado e que a faça lembrar dos nossos antigos tempos como melhores amigas, mas hoje, mesmo tendo consciência de que provavelmente as coisas não voltarão a ser como antes, quero pelo menos seu perdão e a ter como uma amiga próxima, pois ela participou de uma fase muito difícil da minha vida para, hoje em dia, ser apenas uma conhecida.
— Obrigada... - Ela deu um sorriso tímido. — Como está o tratamento? - Ela questionou e acalentou meu coração com essa simples pergunta. Fazia tanto tempo que não tínhamos uma conversa que só de ter a chance de responder me deixava imensamente grata.
— Está progredindo um pouco, mas a passos lentos, como sempre. - Suspirei. — Eu estou fazendo umas sessões para retirar o ácido hialurônico que apliquei no meu nariz naquela época da recaída. - Emendei outro assunto rapidamente, na tentativa de prolongar aquela conversa ao máximo.
— Nossa, ainda bem que tem essa opção, pensei que ficaria assim para sempre.
— Não, é reversível, ainda bem. - Sorri e ela concordou com a cabeça.
— Ainda bem...
— Como está a tia Manu? - Perguntei de sua mãe, percebendo que minha amiga já estava perdendo a animação para conversar.
— Ela está bem. - Olívia sorriu. — Eu preciso ir para a aula... até depois. - Se afastou e eu suspirei, sentindo uma mistura de felicidade e tristeza.
Como minhas aulas do dia já tinham terminado, corri para meu carro e fui para o apartamento do Anthony para almoçarmos juntos. Quando cheguei, ele ainda não tinha voltado da empresa e tive que abrir a porta com minha chave. Agora que estávamos com um funcionário a menos – depois que a Jaqueline foi demitida, finalmente, a rotina ainda estava muito corrida, pois o "meu chefinho" ainda não conseguiu encontrar ninguém bacana para preencher a vaga ociosa.
Deitei em sua cama e resolvi tirar toda a roupa para fazer uma surpresa quando ele chegasse. Liguei o ar-condicionado e coloquei em uma temperatura agradável, deixei algumas peças de roupas espalhadas pelo chão e a calcinha preta que usava em cima da cama, perto dos meus pés. Meus cabelos estavam esparramados pelos travesseiros e os bicos dos meus peitos já estavam intumescidos com o vento frio que me atingia.
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Imperfeita
Romance"- Me diz que eu posso te beijar... - Assoprei no seu pescoço e depois dei uma leve mordiscada, atiçando-a. - Diz, bebê. Não quero ser acusado de coagir minha funcionária novamente. - Continuei distribuindo mordidas e beijos no seu pescoço e colo. A...