Capítulo Trinta e Nove: Respostas

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 Narrador

Quando Camila acordou, achou que tudo o que tinha presenciado no dia anterior era fruto da sua imaginação, mas quando virou seu rosto encontrou Lauren dormindo completamente desajeitada com Tiana e Íris ao seu lado, a bancária deu um sorrisinho enquanto observava a pequena garotinha ao lado da sua esposa, ela estava com bracinhos envolta de Íris e a sua filha dormia desajeitada igual a Lauren.

Foi para cozinha preparar o desjejum das suas garotas, Tiana tinha uma dieta mais restrita, leu os papeis e percebeu que podia adaptar igualmente para Íris também, sua pequena adorava tomar leite com morangos pela manha. Tiana ainda era pequena, e Íris deixou sua nova amiga se sentar na sua cadeira de alimentação, contanto que ela ficasse no colo da sua mãe. E Camila estava um pouco agitada enquanto separava algumas papeis do serviço, teria que entrar mais cedo, e Lauren parecia um pouco morgada e sonolenta enquanto olhava para seu copo com suco verde.

- porque elas podem tomar leite com morango e eu tenho que tomar essa gororoba? – Lauren se queixou e Camila lhe lançou um olhar desafiador.

- é porque Tiana tem dois anos, Íris tem três, e você já passou dos trinta. – debochou enquanto passava uma escova por seus cabelos, pensou internamente que Lauren também estava grávida, mas ainda não tinha contado para ela, pretendia fazer isso a noite depois de passar numa loja e comprar um sapatinho de recém nascido super fofo. – você vai levar Íris hoje para escola, tem que arrumar a lancheira dela, e....

- sim seu sei... e conferir se o material está na mochila.

- se não tiver?

- eu tenho que deixar uma fortuna na papelaria de novo. – revirou os olhos, sua pequena Íris gostava de distribuir seus lápis coloridos entre os colegas, por mais que suas mães achassem adorável, estavam tentando fazer a pequena compreender que cada um de seus amigos já possuíam seus próprios lápis.

- certo me deseje sorte. – Camila curvou um pouco deixando um beijo nos lábios da esposa, e Lauren retribuiu o carinho, sabia que Íris sempre fazia careta, e Tiana estava alheia ao afeto entre as mulheres.

Depois do café da manhã, quando as crianças já estavam limpas e com a roupa trocada, Lauren teria que levar a mais velha para a escolinha, e que já estava em cima da hora. Ainda levou mais um tempo até que adaptasse outra cadeirinha para Tiana e quando já estava tudo pronto ela seguiu viagem.

Íris sempre ficava animada quando ia para a escolinha, mas naquele dia em especial a diretora pediu para conversar com a Jauregui, e a advogada pegou Tiana no colo e seguiu para dentro do lugar, uma monitora começou a brincar com a menina que parecia alegre também em participar da brincadeira.

- ELA É A MINHA NOVA IRMAZINHAAAA, TIANA! QUE NEM A PRINCESA E O SAPO! A MAMAE CAMZ COMPROU UM MONTE DE BRINQUEDO PRA GENTI! – Íris falou gritando e Lauren soltou uma gargalhada enquanto a professora olhava para Tiana que estava agora se escondendo atrás de Lauren.

- pode deixar ela com a gente. – a menina ainda olhava com um pouco de receio para a mulher, mas acabou cedendo pois também queria brincar no castelinho que tinha um escorregador. Enquanto isso Lauren perdeu alguns minutos apenas para observar as duas meninas brincando juntas.

Depois Lauren seguiu até a sala da diretora e a mulher apenas lhe entregou duas caixas de sapato com todos os materiais que Íris tinha perdido, ela deum risada alta enquanto olhava o montante.

- acho que vou ter que guardar isso e ir dando aos poucos para ela. – disse e a diretora que deveria ter uns sessenta anos, conversou com ela sobre algumas atividades de apoio que a escola oferecia e que Íris já tinha comentado sobre seu interesse em participar das aulas de capoeira, e a advogada não queria ainda inserir Tiana numa escolinha, elas tinham matriculado Íris depois que ela fez três anos, e aqueles primeiros meses Tiana se adaptaria a família primeiro. Lauren estava até se esquecendo da sua inseminação artificial, a diretora lhe ofereceu um desconto por irmãs, e a advogada ficou contente dando apenas a entender que ainda estava no processo de família solidária e que ainda não tinha todas as respostas.

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