O som da porta se fechando fez os dois pararem com o ato num susto, Will se estalou para longe com o barulho e com o ato interrompido parecendo lembrar-se de onde estava.
Diper estava prestes a se levantar espantado mas sentiu um choque entrar-lhe na pele e o travar no lugar, ao olhar para entrada viu a figura magra e esguia de Fiddleford apontando a bengala com o olho envidrado em sua direção enquanto na outra ele desarmava o chicote com uma áurea branca.
- Você não vai a lugar nenhum, nenhum dos dois vão - diz enquanto desliza o bastão no ar arrastando Diper para longe do demônio, ele desce as escadas - eu vim achando que o Demônio estivesse tentando fugir, e francamente gostaria que fosse o caso. Mas isto - finalmente chega ao último degrau- isso é repugnante, e no mínimo ridículo.
- Você certamente vai mudar de ideia assim que ver os amuletos... - Mason retrucou, tentando sair do feitiço.
A frase fez Will franzir o olhar, sentiu-se envergonhado e completamente usado, a sala junto com seu visão singela pareceu escurecer com a realização de que mais uma vez estavam servindo-se dele como bem entendessem. Fiddleford por outro lado encarou-o menino com seu semblante queimando em curiosidade.
- Se não acredita em mim veja por si só - complementou a frase guiando o olhar do velho para os amuletos no fundo da sala.Nas próximas seguintes horas da madrugada o anfitrião da casa concentrou-se em interceptar e recanalizar a mana dos amuletos, e estupefato viu-lhes as palavras não conseguirem-lhe escapar da boca, é..., o moleque realmente conseguiu. O que mais o enfureceu não foi Diper descobrir antes dele, mas sim as implicações da descoberta. Pois se esse ato carnal foi o gatilho, Will de fato não teria conseguido sozinho, e como ele tinha a certeza de ter a consciência limpa nesse aspecto isso só poderia significar uma coisa:
- você não tem limites não é mesmo? - cuspiu as palavras ao demônio enquanto chutava-lhe bruscamente as costas, este apenas trancou a respiração de dor até Fiddleford puxar-lhe a raiz do cabelo - hein??
Mas não houve resposta, os olhos do velho arderam em ódio com o silêncio, então volto-se ao garoto que ainda tentava se livrar da magia, mas parou com o ato no momento seguinte com a fala louca do anfitrião:
- Você e Stan caíram junto com ele - rangeu os dentes puxando ainda mais o chumaço de cabelo do demônio - vocês parecem não se lembrar que ele - e forçou-o a erguer a cabeça- ele pode muito bem ser um Incubus, ele tá usando os dois! -gritou na direção do garoto, que, assustado tentou mais uma vez sair dali - mas eu vou te mostrar um segredo.... já que os dois se negam a me ouvir - a voz rouca e embanhada em cólera parecia perder a sanidade a cada palavra - eu vou lhe mostrar com o que você realmente está se engajando.
Dito isso ele larga a cabeça de Will empurrando-a para baixo, com a arma branca em mãos deu alguns passos para atrás, chacoalhando-a devagar deu-lhe primeiro estalo, a áurea branca que o golpe exalava atingiu a ilharga do corpo do ser, os ferimentos outrora curados viram-se romper com a vibração da magia, e um grito retirado do âmago do demônio inundou a sala. Diper sentiu seu coração apertar angustiado, tentou argumentar com o velho, mas nada consegui trazer-lhe razão, pelo contrário, a cada alegação Fiddleford parecia perder o controle ainda mais.
Após alguns minutos algo peculiar aconteceu, tanto Fiddleford quanto Will se viram vencidos pela dor e pelo cansaço, mas mesmo assim nenhum dos dois parecia querer perecer na mão do outro, Fiddleford lutava com cansaço de manusear a arma, e Will além da dor lutava contra seu próprio instinto destrutivo, que, no momento se via a flor da pele. Enquanto os dois se destruíram Diper já exausto de tentar convencer o velho contentou-se a assistir aquele cabo de guerra injusto.
-Vamos! Mostra-te! - gritou, limpando o suor amargo do rosto enquanto seu braço dolorido golpea demônio mais uma vez.
Mas ao invés de uma resposta ele teve uma interrupção, Stanford e Mabel invadiram o laboratório, e de imediato afastaram o torturador de Will exigindo uma explicação de todos presentes na sala.
Depois de muita discussão, brigas e gritos, Stanford decidiu se afastar de seu sócio, e como extensão disso os amuletos, os gêmeos e Will voltaram a mansão junto a ele. A briga entre Stan e Fiddle foi feia, mas pelo menos agora todos estavam em casa novamente.
É claro que trazer o demônio de volta a casa implicava trazer junto novas regras, já que agora Will precisaria do dobro de descanso e cuidado, por esse motivo os gêmeos foram instruídos a, por enquanto, não ultilizar-lhe os serviços, tanto mundanos quanto mágicos. Enquanto o ser estava indisponível Gideon e Pacífica foram obrigados novamente a suprir as vontades dos residentes.Mas é claro, não poder em muitos casos não significa não fazer: Mason durante as primeiras noites de volta a casa não conseguia parar de relembrar aqueles momentos diabolicamentes divinos que passara com William e juntamente disso a amarga interrupção que tiveram. E essa memória atormentava-o: conseguia sentir-lhe a viscosidade escorregar-lhe por entre os dedos, sentir sua mão afundar naquele pele tepente enquanto gemidos e afinco eram tudo o que ele ouvia e tudo o que queria ouvir.
Torturava-se em sua cama precisando saber qual o verdadeiro gosto desse mel, desse mel que estave tão perto de provar, desse doce que poderia até imaginar-lhe a textura porém seu gosto permanicia seu maior mistério. E foi alucinando com esses pensamentos que algumas semanas depois ele abriu a porta do quarto de Will e trancou-se ali.O olhar brilhante do demônio destacava-se na escuridão do quarto e da noite que os acompanhava, apesar de ter claramente notado o rapaz não fez questão de olha-lo ou se quer dirigir-lhe a palavra, alguns segundos constrangedores se formaram na sala até Diper se aproximar do ser, e toma-lhe pelos grilhões dos pulsos, que mesmo assim, não tomaram-lhe reação alguma, ele estava claramente infeliz com a visita. Foi então que o moreno conduziu-lhe a mão amarrada até seu abdômen já despido deixando-o palpear--lhe a área, o ato tomou suspiro singelo do acorrentado, Diper sorriu. Já Conhecia-lhe o temperamento, forte para desejar e fraco para resistir ao desejo.
E foi escancarando um sorriso perverso na face que ele debruçou-se sobre o demônio e colando-lhe tanto as tales quanto os rostos falou:-Eu ainda não terminei com você.
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Veneno azul - Reverse Falls
FanficSeu coração acelerou de modo que era possível sentir a pulsação no fundo da garganta, ofegava, suava, tremia e gemia suplicando por mais. Ao ouvir isso, o garoto sorriu de forma maliciosa. Espalhando beijos, chupões e mordidas ele roçou seus corpos...