Uma noite de dores e prazeres

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Os dois foram arrastados para dentro da sala e a magia em volta deles só foi desfeita quando  foram amarrados. O homem segurando o bastão se virou para os intrusos apontou o olho envidrado para eles, e com os olhos queimando indagou:
- O que vocês ouviram e a quanto tempo estão aqui?

Os dois amigos se trocaram olhares mas permaneceram calados, Fiddleford cerrou os dedos em torno do bastão e o ergueu pronto para dar uma paulada nas duas crianças, que ao verem o gesto do homem se encolheram, porém antes de realizar a ação uma mão grossa e ensanguentada o para.
- Fiddleford não precisamos disso, já conseguimos o que queríamos - Ford disse apontando para o demônio amarrado que foi arrastado para o canto da sala, demônio que quase silenciosamente choramingava - aliás - ele voltou o semblante as crianças- tenho certeza que elas serão boazinhas, não é mesmo?
Eles assentaram com a cabeça várias vezes, Pacífica tinha um sorriso forçado escancarado no rosto.
- ótimo! -Fiddleford exclamou com um sorriso gentil, parecendo esquecer da raiva que sentira a poucos segundos atrás- como vocês se chamam?
- Pacífica.
- Gideon....
- e por quanto tempo estão aqui? -Mabel perguntou examinando minisiosamente os dois.
- não foi tanto tempo assim! Heh... Ja estávamos de saída mesmo! Não precisa matar a gente por favor!!! - Gideon respondeu trêmulo, estava claramente nervoso e suando frio.
- eu deveria matar ela só por se vestir assim - Mabel disse apontando uma das suas facas para Pacífica- quem escolhe suas roupas? Sua avó?
- QUE RUDE! -Pacifica gritou ofendida
- Mabel não vamos matar ninguém, bem a não ser que tenham visto o  que o William fez... - Ford disse lembrando a menina que tudo aquilo só aconteceu por que ela havia matado um fã.
- hora por favor, aquele imprestável conseguiu chamar mais atenção do que o Mason achando que usar colan no show era uma boa ideia.... É óbvio que eles viram ele! Não sei se você notou mas ele Lançou um feitiço na cidade inteira! Ele é o único que tem uma aparência horrenda e que tá a um fio de morrer! É preciso ser cego pra não notar ele! -gritou cínica, apontando para o ser azulado, que por sua vez abaixou a cabeça e baixinho fungou.
- bem então o que fazemos com eles? - Diper  interrompeu retomando o assunto e se aproximando dos dois amigos.
- eu tenho uma ideia.... - a figura alta e esguia disse esboçando um sorriso se debruçando sobre o bordão.

~ Uma semana depois~

O quarto estava escuro e a noite calma, porém o barulho da janela se abrindo fez o moreno acordar, um presságio vindo de um sentido ruim o fez ficar alerta, com cuidado olhou em volta mas não encontrou nada, então com receio ele se desfaz dos cobertores de ceda e lentamente caminha até a janela,  uma brisa gelada entra no quarto sem um aviso prévio fazendo o garoto abraçar os próprios braços, depois de uns minutos olhando o quintal pensativo. Bek. Ele fecha a janela, e assim que vira toma um susto, como se estivesse vendo um fastasma ele arregala os olhos, mas assim que reconhece a figura se acalma e suspira aliviado colocando uma das mãos no peito.

- O que faz aqui? -perguntou fitando o ser, mas não obteve resposta, intrigado com a aparição ele se aproxima lentamente com as mãos amostra, demonstrando não ter nada nelas - você não tá bravo comigo? por.... Bem... Ter te tortu....Ah você sabe.... - perguntou com um sorriso amarelo estampado no rosto, mas novamente não obteve resposta, a única coisa que ele teve foi o olhar azul, agora morto, de Will o encarando com uma expressão branca. Um olho que sempre expressava um medo enorme agora não demonstrava nada, a pupila fina estava vidrada nos olhos do moreno, aquele olhar inexpressivo focado nele e o silêncio da sala o causou tamanho desconforto- Eu Ordeno que me responda!.

Gritou, apontando o dedo para o demônio sentado em sua cama, Will apenas tombou a cabeça levemente para o lado e se levantou de forma brusca, o tintilar das correntes pesadas que o mesmo carregava ecoaram com o movimento, Diper por puro reflexo se encolheu para trás, pela primeira vez era evidente que ele estava com medo, seu olhar escuro tremeu ao ver o movimento da criatura, sua respiração acelerou, e tudo o que ele conseguia enxergar era aquele olhar azul opaco o encarando, olhar que em um piscar se tomou extremamente próximo, quando viu estava cara a cara com o mesmo, Mason desajeitado e com medo se inclina para trás procurando se afastar do demônio, mas é barrado pela parede assim que bate as costas na janela.

Veneno azul - Reverse FallsOnde histórias criam vida. Descubra agora