Mel, a mais doce tortura

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William... -o moreno disse enfim se aproximando dele-

- Me-Mestre...- respondeu de forma instintiva virando sutilmente a orelha pontuda em direção ao som dos passos e da voz, assim que realizou com quem estava falando e aonde estava sua cara ruborizou de maneira exagerada- mestre! - repetiu, e desajeitado  tentou se levantar mas as correntes o empurraram de volta a cama, ele se contorceu dessesperadamente para tentar sair dali, quase nem ligando para a dor imensa que sentia nas costas, sentiu seu estômago embrulhar enquanto a ansiedade o atingiu como um trem.

Mas as mão gélidas do garoto repousaram sobre sua nuca, coisa que acalmou aos poucos o demônio. O impacto da pele quente da criatura em sua mão fez o garoto parar por um momento e aproveitar a sensação, acariciou a pele pálida e procurou sentir toda sua extensão, o toque daquele pele macia e judiada deixava o moreno louco, mas precisava se conter, respirou fundo e ergueu a cabeça do demônio cruzando seus olhos azuis, desceu até o nível dele e sussurrou em sua orelha:

- Vou cuidar dos seus ferimentos agora, vai doer, mas te ajudar também....

Ao ouvir as palavras abafadas do moreno um arrepio percorreu-lhe a espinha, relaxou as paupebras, sorriu timidamente e voltou sua cabeça para frente, um sentimento quente e alegre preencheu seu peito, mas infelizmente esse sentimento durou pouco pois assim que o pano úmido de água e sal pousou em sua pele cortada seu olhar relaxado virou um de dor, mordeu os lábios para evitar gritar, suas costas imediatamente se arquearam em repúdio ao remédio, Deuses como aquilo ardia!
Diper continuou a tratar as feridas, e para tentar acalmar os gritos ele diminuiu o ritmo do toque, mas precisava admitir que ver aquele corpo  retorcer-se ao seu toque era extremamente prazeroso, queria brincar com ele, experimentar com ele. Uma vez que terminou de cauterizar a última ferida o moreno queria uma desculpa para manter o demônio naquele estado, então ele teve uma ideia:

Foi até a cozinha juntou os cacos do amuleto de Mabel, pegou um pote de mel e voltou ao seu quarto, demorou um pouco para entrar pois queria observar o demônio, depois de ter curados seus ferimentos o corpo de Will estava mais relaxado. Ao entrar no quarto notou o demônio quase adormecido.

- Mestre, por favor me solte, assim poderei seguir para meu quarto e não o pertubarei mais - pediu em um tom manhoso, sonolento e extremamente cansado.

Porém Mason negou com a cabeça e encostou a mão em sua bochecha, a acariciando de leve, Will fecha os olhos de maneira meiga com o carinho, não estava acostumado a isso.  - eu ainda não terminei com você...- abre o olho confuso- não posso deixar que você saia daqui sem o procedimento completo.... - Dito isso deslizou a mão para o queixo do rapaz, o forçando a encara-lo ele coloca seu dedão no lábio inferior dele, a cara de Will passava uma inocência única, uma pureza inimaginável...... sem um aviso prévio o moreno colocou dois dedos dentro da boca dele, explorando e brincando com a língua bifurcada do demônio

- Você precisa se alimentar, mel é um reagente  cicatrizante, lamba - ordenou com um sorriso

Will extremamente corado e confuso obedece , iniciou divagar, mas no momento que sentiu um gosto deliciosamente doce do mel começou a sugar, chupar e lamber os dedos de seu mestre com uma velocidade apurada.

Aquela sensação por mais estranha que seja, era boa, era úmido, aconchegante e extremamente envolvente, a face de Will ruborizada e as caras manhosas de prazer que fazia ao sentir o doce eram extremamente atraentes, por um momento o garoto desejou que estivesse colocando outra coisa alí. Mas novamente, precisava se controlar. Repetiu o ato umas duas ou três vezes sempre dando mel ao ser. Na última vez não aguentou se segurar e arrancou um beijo do demônio, um beijo violento, mas ao mesmo tempo delicado, sobrepôs suas línguas invadindo a boca do acorrentado, fazendo o mesmo se retrair em espanto e timidez, mas novamente não conseguiu ir muito longe, uma vez que as amarras o impediam.
Durante todo o ato o coração de Will parecia que iria explodir para fora, a brutalidade de Mason era diferente, não o feria tanto, era algo suave, mas extremamente intenso. Sentia seu corpo arder em fervura enquanto sua espinha o mandava calafrios gelados percorrerem seu corpo, ele se concentrou para tentar não gemer, mas eventualmente falhou na tarefa, seu corpo exposto tremia demandando e implorando por toques, involuntariamente começou a roçar os quadris contra a cama, e por mais que tentasse não conseguia parar, a face dele corou em excitação mas principalmente em vergonha. As suas línguas trocando saliva e mel era demais para o demônio aguentar.

Assim que o garoto notou toda a excitação e tensão sexual apresentada pelo demônio, sentiu uma enorme satisfação, ver Will naquele estado era algo que não sabia que precisava ver. Aquele corpo suado mexendo-se de maneira limitada de um lado para o outro totalmente a mercê de seus atos, era bom demais, mas melhor ainda era se aproveitar dessa situação tão prazerosa, transformar a cura oferecida em seu próprio meio de 'egoismo e abusos'.
E foi com esse pensamento exitante em mente que separou suas línguas, ouvindo um belíssimo gemido como resposta.o rapaz de afastou e observou Will vermelho de tanta vergonha, tentar retomar controle sobre seu corpo, e aos poucos o movimentos foram cessando. O olhar triste do demônio estavam envoltos por lágrimas da mais pura vergonha, a coisa que ele mais queria era sumir dali.
Depois de uns segundos constrangedores de silêncio, Diper dessamarrou o demônio pegou a camiseta do mesmo o e tacou em cima dele.

- se vista e dê o fora daqui - ordenou desviando o olhar do rapaz, que permaneceu parado, estava digerindo o que acabará de acontecer - Vamos! Suma desgraça! -apressou num tom bravo vendo Will pular da cama em um susto, e de maneira dessastrosa deixar o quarto.

O tempo que passou sendo curado consumiu metade de seu dia, porém valeu a pena, e como valeu, caminhava pelos corredores com um sorriso tímido no rosto relembrando dos beijos que trocou. Seus pensamentos alegres voltaram a realidade quando ouviu saltos esbravejantes ecoarem pelos corredores, e lembrou da bronca que Mabel deveria estar recebendo, bem isso até agora. Seus joelhos fraquejaram ao pensar na raiva que a dama deveria estar sentindo dele, sabia na pele que a maioria das broncas dadas por Senhor Gleefull eram longe de ser apenas verbais, e sabendo que Mabel não é o tipo de pessoa que aceita desaforo, a briga deve ter sido feia.
A medida que os passos foram se aproximando Will sentiu a necessidade de se esconder, apesar de seu raciocínio ser rápido não foi o suficiente para se esconder a tempo,  pois poucos metros de distância a menina de cabelos marrom escuro apareceu, sua maquiagem borrada e postura arqueada demonstrava dor e raiva, Will nem precisou olhar para saber que Mabel o fuzilava com o olhar, intimidado ele começou a andar para trás.

-Ma- Mabel, digo, Jovem Dama por favor.. não precisa fazer isso... - implorou não tirando o olho da figura, que se aproximava com uma adaga em mãos-

Você tem ideia do que ele fez comigo???? -ela indagou trincan
do os dentes, finalmente encurralando o demônio na parede.

Agora que ela estava mais perto era possível ver marcas da mão grossa de Sr Gleefull pelo seu rosto e pescoço. Com uma das mãos ela alcança a corrente do demônio e a puxa, porém sem a força obtida de seu amuleto Will permaneceu acoado no canto do corredor, ela trinca os dentes com força:

- isso é culpa sua! - berrou estalando o pé no chão- quebrou meu amuleto!!!

- não, não, não foi eu quem o quebrou - William se defendeu ainda com medo expresso no rosto - você excedeu o limite do poder que a pedra absorvia de mim... Por isso que ela quebrou... -explicou de maneira chorosa-
Porém a garota enfurecida com a resposta ergue a mão com a adaga pronta para esquartejar Will, este por puro reflexo e medo ergue as mãos tentando se defender do ataque.... mas o que aconteceu a seguir surpreendeu a todos.....

Notas finais:
Yolo notas finais aq, ent eu só vou estar postando mais capítulos em finais de semana...
E não quero que ninguém se sinta obrigada a comentar, mas as chances de eu perder a motivação durante a semana são grandes, contudo quando leio comentários que vocês fazem em relação a história a vontade de continuar escrevendo cresce. Novamente não quero ninguém se sentido obrigado a comentar um feedback, faça apenas se você se sentir a vontade fazendo. Só queria apontar que alegra meu coração quando o fazem, bjos e até a próxima...

Veneno azul - Reverse FallsOnde histórias criam vida. Descubra agora