Louise adormeceu tempos depois que retornamos ao quarto e eu a fiz chegar ao seu limite, percebendo que não adiantava persistir ou manter o meu ritmo insano– que ela desperta–, pois o seu cansaço físico era óbvio e é muito mais excitante quando ela está na mesma intensidade e vontade que a minha. Dessa forma, deixei que ela desabasse em meu peito e por ali ficasse até quando quisesse ir para um lugar mais confortável. Embora minha mente duelasse entre querer deixá-la onde está e, também, afastá-la, acabei por aceitando e admitindo para mim que tê-la em cima de mim é completamente delicioso ao mesmo tempo que caoticamente estranho.
Enquanto ela acomodava-se apenas esperei com os braços flexionados e um pouco abertos, com as nossas respirações ainda em um processo lento de controle. Meu pau permaneceu rijo e sedento por ela, e foi aos poucos que consegui controlar esse lado insaciável que essa mulher desperta dessa maneira incompreensível.
Diante da situação, tendo-a tempo demais em cima de mim, não consegui adormecer e por isso fiquei a observando por um tempo considerável sem me mover ou tocá-la. Olhando-a fixamente, observei seu rosto relaxado e sem pretender acabei lembrando do dia em que esse mesmo rosto me viu pela primeira vez; tão diferente do que a primeira, naquele dia ela me observava com medo e não tinha como ser o oposto daquilo. Naquele dia só havia em mim a ânsia de acabar com a única coisa que faltava para eu tomar o poder e ser cordial era o mínimo que eu estava disposto a ser.
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A VINGANÇA DO CAPO- PARTE 2
RomanceQuando uma teia é desfeita, nem sempre significa ser o fim dela. Mikhail e Louise iniciam sua nova jornada aqui, mesmo sendo difícil para ele, nosso Anti-herói tentará ser um homem melhor para ela. O que não significa que se alguém tentar entrar no...