Capítulo 11

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"Não devemos mostrar a nossa cólera ou o nosso ódio senão por meio de atos. Os animais de sangue frio são os únicos que têm veneno."

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Os cheiros

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Os cheiros...

Os gritos...

A agonia em seu rosto, os olhos abrindo e fechando arregalados quando o fogo aumenta e baixa; silenciosa e entrando sem querer chamar atenção de nenhum dos homens presentes no momento, vou me infiltrando como lodo nas árvores e observo tudo que o meu marido está fazendo. Prendendo a vontade de suspirar pela quantidade quente de ar que entra em meus pulmões, olho quase paralisada o corpo preso dentro de uma caixa de metal, com formato humano para que caiba uma pessoa dentro sem maiores problemas, e devaneio pensando e constatando o quanto aquela descarga fumegante deve estar o assolando e destruindo por dentro e por fora. O rosto assustadoramente desfigurado debata-se, a boca repleta de sangue se abre e, em uma ação involuntária do seu corpo chegando e voltando do limite que um corpo aguenta tamanha temperatura, solta saliva e soluços desesperados. A face deformada está inchada, quase irreconhecível e mesmo vendo que ele está preso e que de forma alguma serei aliciada por ele, uma sensação incomoda se aloja em meu rosto, onde desce para meu pescoço e que me faz cruzar os braços e praticamente me abraçar em uma busca por um conforto passional.

Um conforto de que está tudo bem...

Ele não vai mais me obrigar a nada...

Ele está ali... É ele que agora está imponente... É o meu abusador que está em uma situação humilhante e impossível de ser modificada.

A VINGANÇA DO CAPO- PARTE 2Onde histórias criam vida. Descubra agora