Capítulo 104

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- Devo seguir para a boate, senhor?

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- Devo seguir para a boate, senhor?

- Não! Leve-me à fábrica primeiro. - Falo em um tom rígido, sentando-me no banco do carro, repuxando o sinto impacientemente.

Meu soldado e motorista me olha pelo retrovisor, percebendo de imediato o meu descontentamento e a irritação que eu consegui controlar na frente da Louise para que ela não ficasse tentando amansar algo que não deve ser deixado de lado. E a minha fúria apenas aumentou quando a Laura disse à mesa que ficou com medo do Lorenzo e, para completar, ainda ressaltou que ele também deixou meus filhos assustados, fazendo um deles chorar de medo por causa dos gritos do filho da puta.

Assim que ele dá a partida, pego o celular do bolso e ligo para um dos meus soldados.

- Sim, senhor?

- Localize o Lorenzo e mande-o me encontrar daqui há duas horas, no local que ele ainda reside! - Mando quase em um esbravejar e o meu soldado, ao qual deneguei esse cargo de confiança, responde de pronto:

- Irei rastreá-lo imediatamente, senhor!

Desligo a chamada e solto um suspiro pesado, colocando o celular no bolso.

Virando a cabeça para o lado da janela, observo o caminho cercado pela mata densa se amenizando até que entramos na estrada, rumo a minha fábrica que um dia irá pertencer a um dos meus filhos e caberá a ele tomar conta dela; os negócios firmados com a distribuição e venda de substâncias com grau teor de entorpecentes é um mercado lucrativo e me tem obtido quase que a maior parte dos lucros. Administrar, organizar e entender as variações dos mercados é um dos cuidados que se precisa ter para sempre permanecer no Hall de produtores especializados e procurados pelos dependentes, e, pelos vendedores, dessas drogas, que buscam sempre as melhores e com ação psicotrópica em alto nível.

A VINGANÇA DO CAPO- PARTE 2Onde histórias criam vida. Descubra agora