Capítulo 24

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Mikhail não me fez perguntas quando eu saí e não consegui me despedir ou falar qualquer coisa para as meninas que me aguardavam na sala

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Mikhail não me fez perguntas quando eu saí e não consegui me despedir ou falar qualquer coisa para as meninas que me aguardavam na sala. E isso foi extremamente importante, pois se eu ouvisse sua voz em uma indagação do meu estado com certeza eu me destruiria ali, na frente de tantas garotas que precisam de mim e do meu apoio emocional. No entanto, depois de ouvir o que a Terrie disse eu não consegui manter o controle, aquilo foi demais para mim. Ela ainda não tem noção do quanto o que aconteceu pode piorar dentro de sua mente, e por isso também fiquei extremamente angustiada, abalada... Ela ainda é tão nova... Mas já passou por tantas coisas. Foi submetida a homens que precisam pagar com a vida por tudo que fez não só a ela, como a todas as outras meninas.

Para não desabar, para não explodir no extremo que a minha capacidade mental chegou ouvindo-a, precisei ir daquela forma e como eu falei, tentei segurar durante o caminho que saímos dessa rua e entramos na estrada comum. Ao mesmo tempo que eu me segurava, que eu apertava as mãos umas nas outras, sentia o meu corpo esquentar, meus olhos arderem e lacrimejarem. Perdi as contas de quantas vezes engoli o grito de raiva, nojo, ódio daquele verme que ainda reside no mesmo teto em que eu, a Arabella, a minha menininha e tantas outras mulheres vivem. Por mais que eu saiba que ele não vai escapar, ainda assim é impossível não pensar no se. E se ele escapasse? E se ele tocasse nas outras? E se...

Pensar na realidade dos acontecimentos, pensar nas suposições, foram suficientes para piorar o meu estado e o sufocamento crescente que se instalava rapidamente pelo meu sistema nervoso, por todas as partículas que consumiam a minha mente e corpo. Sentada no canto, eu olhava pela janela e respirava com dificuldade, esperando que o carro se aproximasse de algum desvio para que eu pudesse pedir ao meu marido que pedisse para o carro ser parado, pois a cada movimento, a cada pensamento, a cada sopro vocálico do que a Terrie me falou, sentia que o meu corpo entrava em curto, o meu coração acelerava dolorosamente e a minha respiração – tão comprometida – comprimia os meus órgãos e me faziam sentir como se estivesse realmente passando mal.

Uma taquicardia, uma sensação de parada, seguida pelo coração disparando e bombeando com um alto ritmo descontrolado. O bolo na garganta me estrangulava pelo pescoço, os pensamentos de entendimento do que o Luigi fez com a própria filha, me fez sentir o estômago revirar dolorosamente, deixando-me enjoada, abismada, desacreditada e ainda mais arrasada.

A VINGANÇA DO CAPO- PARTE 2Onde histórias criam vida. Descubra agora