- Descoberta inesperada -

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Breanna/Ah-ri

   Depois de comer, a manhã se passou rápida, até Jungkook querer me levar para andar pela Paris. Estranho dizer que ele era tão carinhoso comigo, me entregando diversos presentes. Era bom conversar com ele, apenas, pelas palavras. Ao chegar da noite, me deitei em seu peitoral e ele alisou os meus cabelos.

   Ao passar de alguns dias, voltamos ao nosso país. Eu me sentia livre. Me sentia feliz por estar com Jungkook. Ele, de alguma forma, fazia eu me sentir bem. Ao chegar no meu apartamento, sorri, em êxtase. Estava feliz, como nunca estive antes. Quando fui trabalhar, cheguei na minha sala radiante.

   — Como está? Sua viagem foi boa? — perguntou, Chun, me fazendo concordar, repetidas vezes, com a cabeça. — Pelo visto, Paris te rendeu muito sexo — falou, levando seu copo de café, até a boca, o goleando.

   — Foi... — confessei, me sentando em minha mesa, ligando meu computador. Eu não poderia deixar que o sexo me atrapalhasse e distraísse. Embora, seja difícil, principalmente, quando Jeon entrou na sala. Não demorei a começar a sentir meu rosto queimar e desviei o olhar. Não percebi que estava segurando o ar, até soltá-lo, completamente, quando ele deixou a sala.

   No horário do almoço, saímos do prédio, indo até uma lanchonete qualquer para comer. A conversa estava boa, eu me sentia bem em conversar. Jimin e Chun eram boas pessoas para socializar. Apesar do papo estar bom, eu me surpreendi e me senti péssima, após ouvir uma das declarações.

   — Jungkook está ansioso. A esposa dele está chegando hoje. — Após ouvir as palavras de Jimin, a água que estava tomando, foi para fora da minha boca, acabando por encharcar a mesa e o rosto do que havia dado a notícia.

   — Impossível ele ser casado — disse, sem me importar em pedir desculpas, então, limpei minha boca com a manga da minha blusa. — Ele me beijou, quando ficamos presos no elevador. Ele não pode ser casado, porquê a gente... Ah, meu Deus! Eu coloquei chifres na esposa do Jungkook! — Coloquei a mão na boca, surpresa.

   — Relaxa. Não é a primeira vez que o Jeon trai a esposa dele — disse, Chun, tentando me confortar e a olhei, incrédula. — Fala sério, a cada semana, ele tem outra amante. O casamento deles, nem foi por amor. Foi por união de empresas, mas... Lisa parece gostar dele.

   A descoberta do casamento dele, me deixou, no mínimo, assustada. Independente de como foi o casamento dele, ele era casado, deveria ter respeito pela mulher a quem se uniu em matrimônio.

   — Você é um cretino! — gritei, assim que abri a porta do escritório do Jungkook que me olhou, assustado.

   — Bom dia, Jungkook. Entrei aqui, depois de bater na porta e esperei você dizer que eu podia entrar — disse, o que eu deveria fazer e eu arqueei a sobrancelha. — O que foi? — questionou, confuso, então, se levantou, vindo, até onde eu estava.

   — Você é casado. Você me beijou. A gente transou. Você me levou pra sair. Está traindo sua esposa. Eu nem sabia disso — confessei e ele se aproximou, ainda mais, segurando em minha cintura. — Não, não, mocinho. Eu não vou assumir o papel da amante. Eu não sou assim.

   — Olha só...

   — Não! Você esqueceu de me avisar que quando citou o... caso de Paris, era, realmente, um caso — relembrei, vendo ele colocar o mão no rosto, suspirando forte em maneira de demonstrar que estava agoniado e, possivelmente, desconfortável com a situação.

   — Nosso casamento não seguiu uma forma convencional. Pelo visto, ainda, arranjam casamentos por interesses, como... junção de empresas — explicou, então, eu bati o pé, como um criança birrenta.

   — Por que não me contou? — perguntei, olhando em seus olhos. — Você podia ter evitado muitas coisas, inclusive, contar várias mentiras pra mim — falei, me largando de seus toques, saindo da sala. Após deixar o cômodo, me encostei na parede, derrubando algumas lágrimas. 

   Não poderia me dar ao luxo de chorar por ele, afinal... ele não merecia. Ele mentiu para mim e para a esposa. Eu voltei, até a minha sala, me sentando em minha mesa, completamente, sem rumo. Saber que o que havíamos tido, não foi real, fazia eu me sentir... usada. Insuficiente. Eu me sentia quebrada por inteiro.

   Apesar disso, eu tinha coisas mais importantes para lidar, eu precisava trabalhar. Eu não podia deixar que essa situação me abalasse daquela maneira, eu não deixaria isso me atingir tão facilmente. Embora, isso seja impossível. Descobrir que Jeon era casado, fazia eu me sentir... desconfortável. 

   — Você, ainda, está pensando no que descobriu no almoço? — perguntou, Jimin, se sentando ao meu lado, então, eu concordei com a cabeça, suspirando. — Deveria parar de pensar sobre isso. Devíamos sair. Amanhã, nós vamos ao shopping. Não aceito não, como resposta. Para de trabalhar — ordenou, o que me fez rir, assentindo com a ideia. Talvez, eu devesse.

   — Tudo bem. Eu acho que preciso disso, de verdade — confessei, estralando as minhas costas, ao me espreguiçar. Eu precisava me distrair. Essas verdades sobre meus, possíveis, relacionamentos que, claramente, falharam, absurdamente. — Eu vou trabalhar, um pouco. Preciso pensar em outra coisa.

   Na hora de ir embora, saí do prédio, começando a andar de volta para casa, no entanto, senti uma mão segurar em meu braço e me virei, vendo que era Jeon que me segurava. Em um impulso de raiva, puxei meu braço, me soltando dele. O homem suspirou, olhando para o chão.

    — Me deixa em paz, eu não quero te ouvir — falei, respirando fundo, tentando não derrubar nenhuma lágrima na frente dele. Eu não queria admitir o quanto que eu estava devastada com a notícia recebida hoje.

   — Só preciso que me escute por cinco minutos — pediu, então, concordei com a cabeça, cruzando os braços. — Eu sei. Eu não devia ter feito o que fiz. Só quero que saiba que gosto muito da sua companhia, não gosto de ver você irritada comigo. Eu... quero continuar com o que temos, então, se quiser também. Vai pra minha casa. — Concordei com a cabeça, pegando o papel que ele havia me entregado.

   — Você ama ela? — questionei, me virando, quando ele continuou a andar, então ele fez o mesmo. — Você ama a sua esposa? Ou seu casamento foi só... questão de trabalho? — Eu queria ter certeza sobre o que eu estava lidando.

   — Foi contrato. Eu nunca a amei, Ah-ri. Ela também não — respondeu, se virando, entrando em seu carro e eu olhei para o papel em minhas mãos, confusa. O que será que eu deveria fazer? Eu deveria me submeter a isso? Bati o pé no chão, completamente, frustrada. O que eu devo fazer?

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Lembrando que não apoio qualquer tipo de traição. Isso é apenas uma fanfic. Não traiam seus cônjuges.

BOA MENINA || JJKOnde histórias criam vida. Descubra agora