- Minha safeword -

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Breanna/Ah-ri

   — Um presente? Pra mim? O que vai ser? — perguntei, me sentando no colo dele, esse que riu e negou com a cabeça, dizendo que não iria me contar. — Por favor, eu quero muito saber. Sabe que eu não gosto, quando me deixa curiosa — implorei, mas ele negou com a cabeça, mais uma vez.

   — Você vai saber amanhã. Não vai demorar muito. Vamos tomar banho — falou, batendo na minha coxa, levemente e eu reclamei, mas concordei, me levantando, à contragosto. — Não faça isso, ou eu bato na sua bunda, até você voltar a ser obediente. — Arqueou a sobrancelha e eu concordei com a cabeça, abraçando seu pescoço.

   — Tudo bem — disse, convencida de que ele não daria uma resposta para a minha dúvida que, embora temporária, iria me corroer, até o fim. — Me abraça? — perguntei, quando acabamos o banho, me deitando na cama, então, ele sorriu, assentindo ao meu pedido, quase, desesperado.

   — Meu bebê bonitinho — falou, obedecendo ao meu pedido, deixando que eu me aninhasse em seus braços.

   — Nem uma diquinha? — citei, tentando insistir uma última vez, recebendo um olhar irritado, em resposta. — Tá bom — murmurei, fechando meus olhos, adormecendo com a pergunta na minha cabeça, mas que não me impediu de pegar no sono, rapidamente.

   No dia seguinte, eu acordei, mas não tive coragem de abrir os olhos, muito menos checar o que era o barulho na porta, quando ela se abriu. Na verdade, eu queria que não tivesse que me mexer, mas fui obrigada, quando senti beijos serem espalhados na minha bochecha. Abri meus olhos e vi Junnie, sorrindo para mim. Eu demorei, até lembrar que meu presente chegaria hoje.

   — Bom dia — falei, me sentando na cama, ainda, de olhos fechados, não tendo coragem de fazer qualquer coisa, então, senti ele passar as mãos pelas minhas costas. — O que trouxe pra mim? — perguntei, mas ele riu, não respondendo à minha questão.

   — Seria melhor, se você abrisse os olhos — aconselhou, então, obedeci, vendo uma cesta de café da manhã na minha frente, em cima da cama. — Você gosta de comer, então... pedi café pra você, mas eu tenho outra coisa — falou, se levantando e eu o encarei, curiosa.

   — Outro? O que é? — indaguei, animada, vendo, ele sorrir, pegando algo de dentro de sua mochila. Era uma caixinha média e fina. Ele a abriu e eu arregalei, levemente, os olhos, ao ver uma pulseira brilhante. — Junnie... Isso é lindo, eu amei. Quer dizer, é pra mim, mesmo? — Ele, riu, concordando com a cabeça, tirando o acessório dali, o fechando em meu punho.

   — Combina com você — contou, beijando as minhas mãos e eu sorri, observando a pulseira, animada. — Você podia ir pra minha casa hoje — pediu, manhoso, então, eu assenti, abraçando seu pescoço e beijando sua bochecha, já que eu, jamais, o beijaria com o bafo matinal.

   — Eu vou escovar os dentes, depois, a gente vai tomar café, aí pegamos o Cheddar e vamos pra sua casa — avisei, não esperando uma resposta, correndo, até o banheiro. Quando eu saí, me joguei na cama, pegando um brioche de dentro da cesta. — Eu, com certeza, adoro comer — confessei, mastigando, ouvindo uma risada, em resposta.

   Algum tempo depois, fomos a casa dele, como o combinado, subindo as escadas. Ele me parou no corredor, segurando meus braços, então, me mostrou uma chave. Eu fiquei confusa, até que ele me entregou o pedacinho de metal e apontou para uma porta, como um pedido para que eu abrisse. Eu fui, até a porta e a destranquei, entrando na sala, observando um cômodo... peculiar.

   — O que é esse lugar? — perguntei, curiosa, olhando em volta. Aquele cômodo vermelho, me causava muitos arrepios. Eu suspirei, vendo algumas correntes, penduradas na parede, então, mordi os lábios, nervosamente. — Que lugar é esse, Junnie? — questionei, olhando as paredes e o homem, sorriu, se aproximando de meu corpo para me abraçar.

   — É um quarto que eu guardo todos as minhas coisas. Esse quarto estava, sempre, trancado, já que eu nunca usava. Agora, eu quero usá-lo com você. O que me diz? — perguntou, encarando a minha face e levada pelo desejo, eu segurei seu rosto com as minhas duas mãos. Eu estava certo do que queria. Eu queria ele, por inteiro.

   — Usa tudo o que quiser comigo. Eu quero você — respondi, vendo um sorriso aparecer no rosto do meu namorado, enquanto ele me empurrava, até um X em madeira que estava preso na parede. Ele tirou todas as minhas roupas. O que me fez respirar, ansiosa, enquanto, esperava uma ação, vinda dele. O homem, levantou meus braços, os prendendo na parte superior, onde havia as algemas. Na parte de baixo, também, havia. Acho que era para prender os meus pés.

   — Você está curiosa, boneca? — questionou, não esperando uma resposta, se agachando para deixar as minhas pernas algemadas. — Você vai ter tempo pra descobrir. Acredite em mim — contou, levando sua mão para a minha virilha, me arrancando suspiros. O vi sorrir, ironicamente, enquanto, começava a me masturbar.

   — Jungkook, eu... — Ele mandou que eu me calasse, então, concordei com a cabeça, fechando os olhos para relaxar. Meu corpo estava tenso, mas ansiava por cada toque que ele me oferecia. Meu corpo cedia. Arrepiava a cada palavra e cada contato. Eu sabia que eu queria o corpo dele, contra o meu. 

   Suas mãos deslizaram pelo meu corpo, parando nos meus seios para apertá-los com vigor. Eu fechei os olhos com força e sorri, sentindo o prazer invadir o meu corpo, seguido de um arrepio, pelo vento que batia da janela. Ele percebeu isso e sorriu, indo fechar a janela, voltando com um chicote em mãos. Eu observei o objeto de couro, fechando os olhos, determinada.

   — Você é uma vadia, meu bem — falou, batendo na minha perna e por reflexo, movi minha cintura para o lado, mordendo os lábios. Era um misto de prazer e dor. Aquilo que eu tanto amava. — Eu sei o quanto você adora apanhar, como uma boa cadelinha, não é? Minha putinha — disse, rente aos meus lábios, apertando a minha mandíbula.

   Uma sequência de batidas no meu corpo, foram feitas e eu gemia com o meu corpo latejando, naquele momento de pura êxtase. Como eu amava apanhar! A dor era excitante. Claro que Jeon, sabia disso e batia com cada vez mais força. Uma força que começou a me incomodar. Começou a dor e parou de ser prazeroso, assim que eu o percebi, falei a única coisa que nunca imaginei que sairia dos meus lábios.

   — Paris — pedi com a voz embargada e Jungkook parou no mesmo momento, olhando para o meu rosto com compaixão. Ele viu o meus olhos lacrimejando e tirou as algemas dos meus pulsos e pernas, me abraçando com um carinho que eu estava acostumada a receber, fora das nossas sessões. O abracei, buscando conforto e ele beijou o topo da minha cabeça, me segurando no colo para me levar, até a cama do quarto. — Me desculpa...

   — Não, meu bem... Você não tem com o que pedir desculpas — contou, se deitando ao meu lado, deixando que eu me aninhasse no meio de seus braços, me passando seguranças. — Eu que devo pedir desculpas. Não percebi que você queria parar. Você pediu, no mesmo momento que percebeu que não estava gostando mais? — A sua pergunta, feita com tanta preocupação, me fez sorrir.

   — Sim, eu pedi pra parar, no mesmo momento. Eu juro — prometi, levantando minha mãos, então, ele concordou, me abraçando, como se eu fosse feita de papel e suspirou, parecia chateado consigo mesmo, mas eu não queria que ele se sentisse assim. — Junnie, eu te amo, um tantão, assim.

   — Eu também te amo, minha bonequinha.

   — Eu quero te dar uma sessão de BDSM, mais pesada, do que, normalmente, fazemos. É só... muito difícil — confessei, junto a um biquinho no rosto e ele sorriu, negando com a cabeça. 

   — Não se preocupe com isso. Vamos, apenas, respeitar os seus limites.

BOA MENINA || JJKOnde histórias criam vida. Descubra agora