- Aumento de salário -

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Breanna/Ah-ri

   Já havia passado alguns dias, desde que eu saí do apartamento de Jungkook. Infelizmente, o trabalho puxado não nos permitiu ter mais momentos de amor e grudinho, então a minha punição acabou sendo esquecida, o que me deixou tristinha e meio decepcionada. Não com Jeon, mas com a nossa falta de tempo. Semana passada, eu tive a ideia de fazer o marketing, através de redes sociais, ou seja, a volta da ideia com os influencer's, então, o diretor de marketing que o traria a ideia à público.

   — Nos chamou? — perguntei, assim que entrei na sala, junto ao meu superior.

   — Sim, depois de uma reunião com os acionistas, decidimos que você deveria falar com as pessoas que vão fazer a propaganda do nosso produto — avisou e eu deixei a cabeça pender para o lado, confusa. Não era ele que era tão maluco com protocolo?

   — Mas... o cargo maior é dele — falei, apontando para o homem ao meu lado e Jeon concordou, analisando, novamente, os papéis, até voltar a olhar para mim. — Por que eu estou aqui? — indaguei, confusa sobre o meu paradeiro e ele suspirou, guardando as folhas.

   — O cargo maior é dele, mas a ideia é toda sua — explicou, tirando um envelope de dentro das gavetas. — E eu gosto de trabalhar em cima de meritocracia. E o mérito é seu. — Ele apontou para a porta e nós dois fomos saindo da sala, mas ele me chamou, antes que eu fizesse isso.

   — O que aconteceu? — questionei, preocupada, mas ele, apenas, me entregou um envelope.

   — Esqueceu do seu pagamento ontem. — Arregalei os olhos, no susto, pegando o que me foi entregue, completamente, atordoada e o abri, franzindo o cenho, ao ver o dinheiro.

   — Junnie... meu salário é nove mil e trezentos — disse, quando terminei de contar as notas e ele concordou com a cabeça. — Por que tem quinze por cento a mais? — perguntei, desconfiada e ele olhou para cima, rindo da minha reação.

   — Se lembra de Paris? Fizemos uma aposta. Acelere a reunião e eu te dou um aumento. Foi isso que fiz. Ele só demorou, um pouco, pra chegar — contou e eu sorri, agradecendo. — Me desculpe por não conseguir te dar atenção esses dias. Eu tenho ficado ocupado, mas não esqueci da sua punição — revelou, sorrindo, malicioso e eu ri, concordando com a cabeça.

   — Estou ansiosa — disse, saindo do cômodo e voltando à minha sala. O dia se passou, tranquilo, então, continuei trabalhando, até voltar para casa, encontrando Cheddar pulando no colchão. — Como você está, menininho? — perguntei, me sentando ao seu lado, beijando seus pelinhos dourados. Sentia saudades de Jungkook. Nesses momentos, eu tinha inveja de Lisa, ela sempre o via, quando chegava em casa. Eu queria ter esse privilégio.

   Ouvi a campainha tocar e olhei para a porta, confusa. Não estava esperando ninguém. Eu me levantei da cama, indo até a madeira e a abrindo, me deparando com Jeon, parado ali, ofegante. Após o encarar, confusa, durante alguns segundos, deixei ele entrar em casa.

   — O que aconteceu? Por que você está assim? — questionei, preocupada, entregando à ele, um copo de água.

   — É que eu vim correndo.

   — Você tem carro, por que veio correndo? — perguntei, ainda, mais confusa e ele deu de ombros, enquanto tentava recuperar o fôlego. Eu esperei, pacientemente, por isso, até que ele, finalmente se recuperou.

   — Lisa disse que precisava dele, então, falei que ela podia levar, porquê eu ia ficar trabalhando, então, vim correndo pra cá. Eu queria te ver. — Após a sua explicação, eu deixei a cabeça pender para o lado, sem entender o seu estado.

   — Tá... por que não pediu um táxi? — indaguei, batendo em minha coxa e ele se levantou, deixando o copo na pia do único cômodo, além do banheiro.

   — Para de me dar soluções inteligentes que eu não tive — respondeu e eu concordei, rindo, sem me importar, realmente, com a bronca brincalhona. — Eu estava com saudades e... preciso punir a minha menininha. — Jungkook tinha a mania de me chamar de menina. Era um apelido que várias mulheres não gostariam, mas que me fazia derreter todinha.

   — Você quer me punir? — questionei, abraçando seu pescoço e ele sorriu, perverso. — Que bonitinho. Chega a ser tão fofinho — resmunguei, rente aos seus lábios, o que irritou o meu dominador.

   Ele me fez soltá-lo, então, andou pelo kitnet, enquanto abria o seu palitó e tirou a sua gravata, quando se livrou da outra peça social. Ele foi até a sua mochila e tirou dali um chicote. Aquilo me causou arrepios em lugares que eu nem sabia que existiam.

   — Talvez, eu deva começar a ser mais severo com você, sua vadia suja — falou com o chicote em mãos e eu mordi os lábios, ansiosa. — Você deve se achar uma puta esperta, mas não passa de uma masoquista imunda. — Eu suspirei, atordoada com as suas palavras, deixando que a minha cabeça pendesse para trás, quando ele puxou meus cabelos com força.

   — Me perdoa, Junnie...

   — Cala a boca. Não te dei permissão pra falar — respondeu, então, engoli seco, olhando para baixo. Odiava admitir o quanto gostava, quando ele me xingava. — Deita na cama que eu vou bater nessa bunda, até você começar a me respeitar. — Concordei com a cabeça, movendo meus pés, timidamente, até a cama do lugar.

   O observei, se aproximar de mim com o olhar ameaçador. As roupas sociais que ele usava, o deixavam, mais intimidador, enquanto ele caminhava de um lado ao outro, batendo o chicote em suas mãos, como forma de provocação, quase, gemi em antecipação pela forma que ele me dominava tão bem.

   — Fica de quatro aqui, vadia — mandou, apontando para as suas coxas, quando se sentou na cama e eu obedeci, engatinhando, até ele, como um gato manhoso, atrás de carinho. — Vou te adestrar e te ensinar, como a cachorra que você é — contou, assim que coloquei minhas mãos de um lado do seu quadril, deixando os meus joelhos em suas coxas, quase, me deitando em seu corpo.

   — Ensina sua putinha, senhor — resmunguei, rebolando em sua mão que estava apoiada em minha bunda. — Sua vadia precisa ser punida — pedi, ouvindo um rugido escapar de seu lábios, não demorei a sentir um tapa ser estalado em mim, tendo os seus dedos, quase, entrando em minha buceta.

   — Seja uma boa puta e fica com essa boca imunda, calada — sussurrou em meu ouvido e eu concordei com a cabeça, sem conseguir responder mais nada.

   E a cada tapa, parecia o que o meu tesão aumentava, tanto, quanto o dele. Ele abaixou a minha calcinha, enfiando seus dedos longos, dentro de mim, me deixando anestesiada. Eu gemi, prazerosamente, enquanto agarrava os lençóis da minha cama.

   — Vou te dar dez segundos pra gozar, se não fizer isso, dentro desse tempo, não vai ter um orgasmo. Dez, nove... — Naquele momento, eu fechei os meus olhos, sentindo o meu tesão aumentar e urrei, ao atingir o meu ápice, assim que ele disse: um. — Boa menina. Aproveitou até o fim — parabenizou, beijando as minhas costas, enquanto eu, ainda, estava atordoada com o orgasmo recente.

   — Me abraça, estou com saudade — pedi e ele se deitou ao meu lado, beijando a minha cabeça, enquanto apertava mais o abraço. — Te amo um tantão assim. — Abri os braços para demonstrar meu amor por ele, o que fez rir.

   — E eu te amo o dobro — retrucou, brincalhão e eu neguei, enquanto ele buscava um cobertor para nos proteger do frio da noite.

   — Então, eu te amo o dobro do dobro. — Ele bateu no meu braço e eu sorri, sabendo que ele não estava, verdadeiramente, irritado com isso. — Precisamos de um tempinho pra gente.

   — A gente podia viajar, podemos ver o mar.

   — Eu nunca vi o mar — confessei e ele me encarou, surpreso e, aparentemente, incrédulo com a minha declaração sobre a praia.

   — Nunca foi pra praia? — questionou, assustado e eu neguei com a cabeça. — Semana que vem, nós vamos pra praia, então. — Eu sorri, animada, sem me importar em como ele iria conseguir me levar à essa viagem.

BOA MENINA || JJKOnde histórias criam vida. Descubra agora