- Voltaria pra ele? -

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Breanna/Ah-ri

   — Obrigada por me ouvir, vovó. Foi importante pra mim — disse, ainda, abraçada na mulher. — Você é tipo a minha vó, né? A minha vó de sangue morreu, um tempo atrás. Você é como se fosse minha vó. Espero que não seja estranho, já que eu namorei o seu neto, mas...

   — Não, querida. Não é estranho — contou, mexendo em meus cabelos e eu sorri. — Sua vó teria orgulho de você — falou, enquanto, eu, finalmente, a soltei, a olhando, sorrindo.

   — Espero que esteja certa, porquê... a última coisa que ela me disse, era que eu era desastre. — A mulher riu e empurrou meu ombro, então, eu acabei a acompanhando, me sentindo mais feliz, depois de conversar com ela.

   — Você, ainda... — Apontou para o pescoço, onde havia a minha coleira e eu sorri, concordando com a cabeça, encostando no acessório que estava ali.

   — Não consegui me desfazer dela. Não parece certo, entende? — indaguei, vendo ela concordar com a minha pergunta. A verdade era que eu não queria me desfazer daquela coleira.

   Logo após a minha conversa com a vovó, ela foi embora, feliz por perceber que eu continuava usando e limpando as minhas coleiras. Agradeci por ela não desconfiar que eu estava tentando jogá-las fora, alguns dias atrás. No dia seguinte, eu fui trabalhar, mas fui interrompida por uma batida na porta.

   — Pode entrar — falei, vendo a porta se abrir e a pessoa que eu menos queria ver, aparecer. — O que faz aqui? — questionei, confusa e ela se aproximou, pegando uma cadeira para sentar ao meu lado.

   — Conversar.

   — Lisa, eu não quero ouvir... — Fui interrompida pela mulher que segurava um envelope amarelo, então, o abriu, deixando minhas fotos com Jeon, em cima da mesa. — Vai esfregar na minha cara que sou uma vadia?

   — Não — respondeu, me entregando uma das fotos. — Olha só essa. Ele nunca me olhou desse jeito. Os olhos dele estão brilhando e eu... eu quero isso pra mim, então, preciso que fique com ele. Vocês ficam lindos juntos. Eu já dei entrada no divórcio, já que o pai dele não quer aceitar a quebra de contrato. Eu quero encontrar esse olhar pra mim. Fica com as fotos, elas são bonitas. — Ela se levantou e foi em direção da porta.

   — Ei... vamos continuar sendo amigas? — perguntei, esperançosa. Embora, eu fosse, por muito tempo, amante do seu marido , ela nunca o amou, verdadeiramente. Ela sorriu e concordou com a cabeça, Lisa sabia que o que tínhamos era verdadeiro.

   — Podemos. — Sorri, ao ouvir a sua resposta, mas esse sorriso sumiu, assim que ele saiu da sala. Haviam algumas coisas que me impediam de sair com Jeon. Uma delas era Ha-Jun. O cara do setor administrativo. Ele havia me chamado para sair e eu havia aceitado.

   Eu fui até a casa de Chun, ela saberia o que fazer... eu acho. Eu estava ali, sentada no sofá da casa dela com seu filho, tendo seus olhos fincados em mim, como a criança curiosa que é.

   — Chun, sua criança estranha está me encarando — reclamei para mulher que chegou, tirando seu filho da sala, me olhando, irritada. — Eu, realmente, não gosto de crianças — confessei, assim que ela voltou e se sentou do meu lado.

   — Era só não chamar ele de estranho. — Eu dei de ombros, sem me importar com aquele garoto. — Com certeza, você não veio aqui pra dizer que odeia a minha criança, então... comece a falar.

   — Essa foto é bonita — falei, mostrando a ela uma foto minha e do Jungkook que Lisa havia me entregando. Foi em um momento exato que ele me deu um selinho. — Lisa me deu, ela foi me ver no meu novo trabalho chato

   — Você está brincando que ela foi te ver? — questionou, surpresa e eu neguei com a cabeça, diversas vezes. — O que ela falou? — indagou, curiosa e eu coloquei todas as fotos na mesa dela.

   — Disse que conversou com Jeon e pediu o divórcio e que eu devia ficar com o Jungkook — expliquei, chateada, o que causou uma confusão por parte da mulher que franziu o cenho.

   — Devia estar animada, você gosta tanto desse cara. Por que está assim? — Sua animação foi maior que a minha e eu senti o meu coração pesar em uma dor estranha. Era um sentimento de culpa.

   — Chun, dói pensar que Jungkook estava se esforçando tanto por nós dois e eu... estava me jogando pra um cara qualquer em uma boate, achando que o cara que eu amo, não me amava. E esse tempo todo, ele estava... tentando fazer algo pela gente — expliquei, então, ela concordou, colocando a mão no meu ombro. — Eu não soube ser boa pra ele, como ele foi pra mim. E está doendo.

   — Eu sei, você está exalando perfume masculino, esses dias — falou, decepcionada e eu a olhei, incrédula, então, ela bateu na minha coxa, delicadamente. — Era pra eu fazer você se sentir melhor? — Concordei, agoniada e ela se aproximou, abraçando a minha cintura.

   — Agora, eu me sinto pior que antes. Você é horrível. — Jimin chegou, alguns minutos depois e me senti melhor, já que ele era a pessoa mais aceitável para fazer isso, então, fiquei abraçada com ele para tentar acalmar os meus surtos internos. — Eu sou um ser humano horrível — reclamei, escondendo meu rosto no corpo do meu amigo que me abraçou.

   — Você não é horrível, só... não imaginava que ele faria algo por vocês dois e estava tentando superar o que, um dia, você julgou especial — explicou, alisando o meu braço e eu suspirei, me sentindo acolhida. Jimin, realmente, era melhor em me dar conselhos, então, me senti acolhida em tudo isso.

   Ao chegar de tarde, eu me arrumei para sair com o garoto que havia me convidado. Após sair do banho, coloquei uma roupa bonita, deixando meu cabelo mais apresentável, até ousei fazer uma babyliss. Eu saí de casa, me preparando para ir, até, onde havíamos combinado. Quando cheguei no local, mandei mensagem, perguntando onde ele estava, então, ele avisou que chegaria em alguns minutos.

   Eu resolvi esperar e me sentei no meio-fio, sem me importar, se ia, ou não, sujar o vestido que eu usava. Eu mordi os meus lábios, nervosamente. Não sabia, exatamente, o que estava fazendo, mas queria gostar de outra pessoa, então, parecia certo, tentar sair com outro alguém para espairecer.

BOA MENINA || JJKOnde histórias criam vida. Descubra agora