O amor pode doer
Pode machucar, as vezesOlivia Jones
Me remexi na cama sentindo o corpo quente de Peter me abraçando, seus beijos que mais pareciam penas passando por minha pela deslizaram por meu ombro, braços e rosto. Virei-me ficando frente a frente com ele.
Lembrança
— Bom dia, minha ruivinha — sorri, envolvendo meus braços em seus ombros.
— Bom dia.
— Saiu os resultados da faculdade — arregalei os olhos me levantando — Calma, aí!
— Calma aí? Não, não podemos esperar mais — quase caí da cama quando me levantei.
— Está bem, apressadinha — corri para a mesinha onde estava o notebook.
Voltei em passos pequenos e precisos pulando na cama e me aconchegando no meu namorado de novo. Peter tomou o aparelho de minhas mãos abrindo-o e pesquisando o site da faculdade devagar. Me remexi, morrendo de ansiedade enquanto ele sorria.
Finalmente, estávamos na página onde estava o nome de todos os aceitos.
— Você não olhou no e-mail antes, né?
— Claro que não, prometemos que iríamos olhar juntos — garantiu beijando minha testa.
— E se um de nós não tiver passado? — a insegurança bateu, minhas notas nos últimos semestres não estavam tão boas.
— Vai ser um pouco difícil mas, vamos estar juntos mesmo assim e vamos dar um jeito de nos vermos em todos finais de semana e feriados. Não vamos desistir de estar juntos.
Sorri totalmente apaixonada e ele começou a descer até chegar na letra "O" e "P". Fechei meus olhos nervosa demais para poder enxergar alguma coisa.
O silêncio. Silêncio até demais para mim. Abri apenas um olho focando em Peter que olhava para a tela com uma expressão indecifrável. Mesmo com receio, olhei para a tela lendo todos os nomes.
— Peter... Passamos! — com o meu grito, ele saiu do transe e me olhou sorrindo.
— Passamos!
Nos abraçamos em meio a risos e lágrimas. Meu mundo parecia finalmente estar ganhando sentindo; foram tantas anos de tristeza e agora estava tudo dando certo parecia até um sonho.
Peter segurou meu rosto entre as mãos olhando nos meus olhos, seu sorriso iluminava seu rosto e eu podia jurar que ele estava tão feliz quanto eu.
— Vamos começar uma vida. Só nós dois. Eu e você, para sempre.
— Para sempre.
••••••
De mãos dadas caminhavamos em direção ao ateliê da mãe de Aline, a outra noiva. Peter apertava minha mão como se eu pudesse partir, ir embora e que aquela fosse a última vez que andariamos de mãos dadas por aí.
Aline que já estava do lado de fora abraçada com Daniela, sorriu quando nos viu.
Aline era alta, os cabelos pretos desciam como cascata por sua costas, os olhos eram azuis e tinha o rosto marcado com bochechas vermelhas naturalmente.
As duas nos abraçaram e Aline foi apresentada para Peter — pela segunda vez. Entramos no local que era repleto por vestidos e ternos de todas cores e modelos. A minha adolescente interna que tinha o sonho de se casar vestida como uma verdadeira princesa estava praticamente surtando ao ver aqueles vestidos brancos.
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Até você se lembrar. {Completa}
Roman d'amour"Quem é você?" Foram as três palavras que saíram da boca dele. As três palavras que ela não esperava ouvir depois de dois meses. Eles estavam prontos para iniciarem uma nova fase. Um novo passo em suas vidas. Um novo parágrafo na história de amor qu...