dezoito

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"O que você acha que tem lá dentro?"

Draco olhou para Pansy, se segurando com força no ombro bom dele e o olhando com olhos arregalados e animados, e então Draco olho de volta para o velho, nojento armário que havia no fundo da sala dos professores. Parado em frente a ele, aquele lobisomem sujo parecia muito calmo apesar do olhar de grande julgamento que ele estava recebendo de todos os sonserinos. Draco não entendia como ninguém tinha vomitado olhando para as cicatrizes no rosto dele.

Draco revirou os olhos.

"Algo ridículo, disso eu tenho certeza."

"Ao menos Professor Lupin é melhor do que Lockhart," Daphne disse.

Blaise revirou os olhos, cruzando os braços onde estava do lado de Greg. "Como se isso tivesse algum valor. Lockhart era o bruxo mais incompetente e insuportável de toda a história bruxa. Até me surpreende que Professor Binns não tenha uma aula só sobre ele."

"Por isso que você era o aluno favorito dele?" perguntou Draco, os lábios se retorcendo em um sorriso cheio de malícia.

Blaise o lançou um olhar muito frio, mas Greg e Vincent sorriram para Draco, e até Pansy soltou uma tossida que bem que parecia estar escondendo uma risadinha, então Draco só estufou o peito, arrogante e feliz por ser uma das pessoas mais engraçadas em todo o mundo.

Antes que eles pudessem fazer mais especulações, Lupin deu um passo para frente, se aproximando do armário. O próprio armário começou a se mexer e pular como se houvesse algum monstro bem violento tentando escapar lá de dentro. A maioria dos alunos pulou para trás também e, tão discretamente quanto possível, Draco se escondeu atrás de Vincent, só um pouquinho.

"Não se preocupem," Lupin disse, se apoiando no lado do armário e os lançando um sorriso ridiculamente sereno. "Só tem um Bicho Papão aqui dentro."

Ele não tinha neurônios. Agora estava explicado porque ele foi contratado. Todo mundo sabia que esse era o tipo favorito de Dumbledore.

Os Sonserinos se entreolharam com apreensão, alguns conseguindo esconder o medo deles completamente – Blaise, por exemplo, e aquela cara de pôquer perfeita dele – e outros não conseguindo esconder tão bem assim – como Greg, que nunca foi muito bom com esse tipo de coisa, Salazar que o abençoe. Draco supunha que Bichos Papões pudessem revelar as maiores fraquezas dos outros alunos, o que sempre podia ser usado no futuro, mas ele não estava tão animado com a ideia de si mesmo sendo chamado para ir lá na frente.

Merlin. Draco observou Lupin, os olhos cerrados e cheios de fúria, mas o coração acelerado e a mão não machucada começando a tremer.

Ele achava que sabia qual era o seu maior medo. Todo mundo saber disso também – todo mundo ver o rosto de Tom, ouvir os sussurros que Draco ouvia toda noite – o aterrorizava e o deixava muito irritado.

"Primeiro," Lupin disse, alheio a criança tentando o matar só com encaradas, "a gente tem que saber o que é um Bicho Papão. Alguém quer falar?"

Lá na frente, a mão de Granger foi para o ar antes de Lupin sequer acabar a pergunta, tão rápido que Draco não entendia como ela não tinha quebrado o braço. Um segundo depois, Theodore levantou a mão também, bem mais calmamente. Lupin olhou entre eles.

"Não é só uma história pra criança?" Kaluuya perguntou sem pedir permissão falar, as sobrancelhas cerradas.

"No Mundo Trouxa, sim," Lupin disse, delicado apesar da estupidez de nascida Trouxa de Kaluuya. "Mas aqui é um pouco mais real. Sra. Granger, por que você não explica o que é verdade e o que é conto para a sua colega?"

but we are brave,   DRARRYOnde histórias criam vida. Descubra agora