três

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AVISO: as coisas podem acontecer em ordens que não são exatamente canon. sabe, é uma fic. eu tbm acho que é importante dizer aq que eu amo o Neville. o fato de eu demonstrar o bullying (e o preconceito) que o Draco faz não sou eu glorificando essas ações dele e sim eu me preparando para no futuro o Draco sofrer consequências e crescer. tudo bem? tudo bem.




Haviam muitas poucas coisas, Draco achava, que lhe traziam tanta diversão quanto fazer alguém chorar.

Era algo Malfoy, algo que ele tinha sido ensinado desde pequeninho, se escondendo atrás da porta do escritório de Lucius e vendo seu pai lá dentro, segurando uma taça de vinho, sorrindo amigavelmente, ameaçando homens o dobro do tamanho dele até eles estarem encolhidos e tremendo e concordando com qualquer coisa que Lucius falasse, só para poderem sair ainda intactos, só para não acabarem sumindo como a maioria dos inimigos de Lucius sumia.

Era algo Black também, algo que ele percebia enquanto sua mãe tomava chá com as amigas dela, segurando sua xícara com graça e sussurrando mentiras e fofocas que jogavam todas as mulheres da sociedade bruxa umas contra as outras, mas que deixavam Narcisa por cima, a confidente de todas, a que nunca se envolvia em brigas ou era parte de um escândalo.

Se Narcisa o pegasse a espiando, ela iria piscar para Draco. Draco iria sair correndo rindo.

Se Lucius o pegasse, ele iria fazer Draco entrar no seu escritório e o apresentar para o seu colega, dizendo: "olha para ele, ainda uma criança, mas com mais neurônios do que você jamais vai ter", e Draco iria sorrir muito arrogante para o homem, estufando seu peito.

Ele tinha passado anos sonhando em poder fazer o mesmo que os dois. Tinha observado e guardado cada frase que conseguia entreouvir e aprendido até conseguir repetir aquelas frases com naturalidade, sentindo o veneno na sua língua como se fosse a coisa mais doce de todo mundo.

E agora ele estava aqui.

E ele conseguia fazer isso.

Muitas poucas coisas o deixavam se sentindo tão poderoso.

Draco estava se reajustando a Hogwarts muito rápido e muito bem. Diferente de Greg e Vincent, ele amava as aulas, amava prestar atenção e fazer anotações na sua letra mais pomposa e responder perguntas quando era chamado. É claro, ele não era Granger, não era um nerd sabe tudo que ficava levantando a sua mão o tempo todo. Mas Draco era inteligente.

Ele era um Malfoy e um Black e ele tinha uma mente afiada. Ele gostava de aprender coisas. Gostava de guardar vários conhecimentos diferentes e importantes dentro de si, para poder os usar mais tarde, seja para o bem ou para o mal.

Seu tempo livre também estava indo bem. Seu caminho não tinha se encontrado com Potter muito, não ainda, mas ele tinha muitas outras coisas com a qual se preocupar. Ele tinha muitos amigos, muitas coisas que podia fazer para se divertir.

Draco estava se reajustando maravilhosamente bem.

Quando ele jogou um braço por cima do ombro de Longbottom, o menino arregalou os olhos, surpreso e morrendo de medo, e estava claro que ele não estava se divertindo tanto quanto Draco.

O sorriso de Draco cresceu.

"Então," ele começou, "como foram as suas férias? Deixa eu adivinhar, você não recebeu nenhuma carta, não viu nenhum amigo. Que pena."

As bochechas de Longbottom queimaram, seus olhos se arregalando e se enchendo de vergonha e lágrimas. Draco considerava isso não só uma confirmação das suas suspeitas, mas também uma vitória, e ele riu um pouquinho.

but we are brave,   DRARRYOnde histórias criam vida. Descubra agora