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Dahra Guerilla x

Acordei com o som irritante de alguém batendo na porta sem parar. Olhei para Billie que dormia nua ao meu lado e me levantei devagar, para não fazer movimentos bruscos e acordá-la.

Eu nem ao menos percebi quando tínhamos caído no sono. Passamos a noite aproveitando uma da outra, provavelmente deixamos que o cansaço nos ganhasse depois de algumas rodadas de sexo.

Coloquei a primeira roupa que eu vi, indo até a porta e encontrando minha mãe ali.

— Mãe? O que houve? — ela parecia nervosa.

— Você não viu minhas ligações ou minhas mensagens? — ela perguntou um pouco alto. Neguei — Venha comigo, precisamos conversar —

Ela não deixou que eu respondesse e saiu. Segui ela, indo até à sala de reuniões, encontrando toda a família reunida ali. Fazia tempos que não nos reunimos, para falar sobre a gangue, sobre assaltos e outras coisas importantes. Agora era como se fosse cada um por si.

Pela seriedade do meu tio e pelo nervosismo da minha mãe, eu percebi que o assunto era sério.

Me sentei, ignorando o fato de eu estar apenas com uma blusa grande e um shorts minúsculos, esperando para ouvir o que minha mãe tinha a dizer.

— Eu falei com o policial Jonathan ontem, ele disse que a polícia tinha algo grave que poderia ser usado contra a gente — minha mãe parecia muito nervosa, para uma situação que não era comum.

Todo o país sabia da existência da gangue dos Guerilla's, mesmo assim, a polícia nunca conseguiu provar que a gente fazia roubos ou sequestros, então nunca ficamos encrencados. O problema, era que eles sempre procuravam provas de que a nossa família cometia crimes contra o governo e pareciam não desistir nunca.

Eles não podem nos prender só porque temos dinheiro suficiente para nos manter e ainda ajudar instituições de caridade. Porque se pudessem, já teriam feito.

— Tia Elena, mas isso não é novidade. Eles sempre procuram, e quando acham, nunca são provas concretas, apenas suposições e informantes que nós logo descobrimos quem são e matamos — minha prima, Dina, disse. Ela ajeitou os óculos, olhando para minha mãe, que suspirou.

Elena olhou para o tio Austin, com um olhar diferente.

— Eu pensei a mesma coisa. Eles sempre tentam, mas nunca conseguem. Então, não dei ideia as palavras do Jonathan — mamãe deu uma pausa, se sentando na cadeira — Hoje pela manhã, o Jonathan ligou, ele disse que eles falaram que: "finalmente tinham contra a gente" —

— E o que é? — Silvia perguntou, percebendo que a pausa que minha mãe fez era longa demais.

— A polícia achou o bunker que a Kiana prendeu a Billie, a Dahra e eu — Elena finalmente revelou, me fazendo arregalar os olhos — Eles cercaram o lugar e estão agora mesmo fazendo a perícia —

— E como isso pode ser ruim? A Kiana quem sequestrou vocês — Silvia retrucou mais uma vez.

— Kiana está morta. Quero ver tentarmos explicar à polícia que foi ela quem nos prendeu e depois se matou, eles nunca acreditariam nisso — mamãe explicou.

— O que vamos fazer? — Isaac perguntou.

Ele também estava no bunker, então, qualquer coisa que acontecesse em relação a polícia, ele estaria incluído.

— Vamos esperar —

— O quê? — Isaac exclamou, se levantando — As minhas digitais estão lá, as digitais do Elijah estão lá, da Billie, da Dahra. Não podemos ficar aqui parados... Precisamos... —

Holding the gun •Billie Eilish• |✅Onde histórias criam vida. Descubra agora