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Kiana Santana x
— Você não vai me falar nada? — eu perguntei mais uma vez ao meu namorado, sentado à minha frente com as pernas cruzadas.
Estávamos assim há mais de trinta minutos, ele evitava responder a minha pergunta e isso já estava me dando raiva.
— Eu já disse que não tenho nada a dizer — ele respondeu me fazendo rir.
— Eu saí por UM minuto e quando eu voltei aquelas duas.... — suspirei não terminando de falar aquelas palavras — Quero saber o que as duas falaram com você. Acho melhor você me dizer e agora —
— Onde está a Claudia? — Finneas fez outra pergunta por cima da minha.
Se ele soubesse o quanto eu odiava aquilo.
— Eu quero uma resposta! — falei um pouco mais alto, batendo as mãos na mesa.
— Eu também! — Finneas respondeu na mesma altura que eu.
— Finneas O'Connell, não me teste. Vou perguntar mais uma vez e quero que me fale com sinceridade. O que aquelas duas lésbicas queriam com você? —
Finneas ficou olhando para o meu rosto por alguns minutos e depois suspirou.
— Elas queriam saber onde Claudia está e disseram que você já deve ter matado ela —
Franzi o cenho, mas internamente eu estava tentando segurar meu sorriso.
— Por que eu mataria a Claudia, Finneas? — perguntei.
— Eu... E-er... — ele se embolou.
— Finneas, você sabe o quanto eu lutei, quantas pessoas eu tive que matar desde que eu aprendi a andar por causa dessa gangue? Meu pai... Ele se matou na minha frente, tudo por causa desse maldita gangue, tudo para que ela não fosse destruída pelos Guerilla's e eu não vou deixar que sua irmã lésbica e a namorada patética dela destruam com tudo isso — falei pausadamente.
Finneas me olhou por um tempo, e eu sorri, me sentindo mal por ter falado com ele daquele jeito.
— Meu amor, eu te amo. Eu amo a Billie, amo sua família. Mas eu odeio os Guerilla's, eu não acho certo meu pai ter morrido enquanto a Elena... — parei a fala na metade, percebendo que Finneas não podia saber de toda a história.
Meu namorado me olhava confuso, esperando que eu terminasse.
Eu tinha certeza que eles me viam como uma pessoa má. Como a psicopata que mata quem aparece no meu caminho.
Eu não era uma pessoa má, ele tinha que entender isso. Tudo que eu fazia era por ele, por ele e por meu falecido pai.
