🧡Caixinhas de perguntas

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JEONGGUK


Não sei como, mas ela aceitou de primeira sair comigo sem nem perguntar minhas intenções para tal convite, achei que negaria e simplesmente iria para o quarto me deixando sozinho na sala.

Levo Nina para o único lugar que frequento com o Hoseok e Jimin quando não quero curtir até altas horas, é uma choperia ao ar livre e que tem a melhor combinação: Cerveja e frango frito apimentado.

O garçom nos coloca na mesa localizada no point onde temos a vista de um rio bem grande que está sendo iluminado por luzes coloridas, ela não fala nada então acho que gostou da localização.

— Por que quis sair comigo? — Pergunta assim que sento em sua frente.

— Sei lá, seria legal se nos conhecêssemos já que moramos juntos.

— Por que?

— Porque parece que você não gosta de mim. — Seus olhos piscam algumas vezes me encarando.

— Não é isso, é só... — Passa a mão pelo curativo na testa. — Tem alguns pontos que eu não gosto em você.

— Também tenho alguns pontos que não gosto em você.

— E quais são? — Por um segundo penso em responder, mas lembrei do motivo de tê-la trazido até aqui. Apenas sorrio e balanço a cabeça negando.

— Agora não.

— Jeongguk, querido. — Abro um sorriso maior ao ver a senhora Park em nossa mesa. Ela é a dona da choperia. 

Abriu o estabelecimento depois que seu filho acabou se suicidando. Contou na carta de despedida que deixou para a mãe o quanto sofria bullying de alguns garotos por nunca ter consigo beijar uma garota depois de ter entrado no ensino médio. Acontece que ele era bastante tímido e até quando saia com alguma menina não conseguia desenvolver uma conversa, e isso resultava em um péssimo encontro.

É por causa disso que essa choperia tem um toque peculiar que atrai bastante adolescentes, jovens e alguns adultos aqui também. Uma caixa com várias perguntas.

— Olá, ajumma.

— Vejo que trouxe uma garota.

— Essa é a Nina. — Sorriem uma para outra como cumprimento.

— Amizade ou namoro? — Pergunta na lata.

— Amizade. — Respondo tendo os olhos castanhos da minha acompanhante em mim.

— Isso é bom, ter amigos é como uma nova família. O que vão querer?

— Duas jarras de cerveja e frango frito.

— Meio apimentado e meio comum? — Olho para Nina que assente sorrindo para a senhora Park. — Vão querer a caixa?

— Com toda a certeza.

— O que é esse negócio de caixa? — Pergunta depois que ajumma saiu após anotar nosso pedido.

— Você vai ver. — Revira os olhos e balança a cabeça.

— Então... Você quer ser meu amigo?

— Melhor que ser inimigo. — Ela finge que vai jogar o celular em mim e dou uma risada.

— Já te contaram que você parece um coelho?

— Por causa dos dentes? Sim, principalmente quando faço isso. — Franzo o nariz e Nina dá risada, me deixando surpreso. — Não sabia que você sabia dar risadas e sorrir?

Eu, você e o nosso apêOnde histórias criam vida. Descubra agora