Capítulo 68

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Abro a porta, vagarosamente, vendo Luke de costas pra mim, enquanto caça algo em suas gavetas.

- Achou alguma coisa? - Digo no tom mais inocente que consigo.

- Acho que... - Ele fecha as portas do armário, ainda de costas. - Você pode fi... - Ele perde a fala quando se vira e me olha, quase hipnotizado.

Gosto do jeito que ele me observa. De como seu olhar passa por cada parte do meu corpo. Mas ainda assim, alguma coisa em meu subconsciente me alerta de que algo está errado.

Disfarçadamente, olho um pouco pra baixo, me parabenizando por estar vestindo uma lingerie preta até que decente. Até que... Merda. Como eu me esqueci disso?

- Desculpa... Eu não... - Me embolo nas palavras, me cobrindo rapidamente com as roupas que estavam antes no meu corpo.

Luke me olha confuso e a vergonha toma conta de mim.

- A médica disse que elas vão sumir com o tempo - Digo, evitando o olhar de Luke.

- Não, Megan. Eu nunca... - Luke atravessa por cima da cama, parando em minha frente. - Olha... - Ele repousa, firmemente suas mãos em cada lado do meu rosto.- Eu não me importo se elas não sumirem. Elas são lindas. - Sinto tanta verdade em sua voz. No jeito que ele me olha. Mas ainda assim, me sinto um pouco hesitante.

- Eu...

- Olha... - Luke tira sua camisa, exibindo seu peitoral. - Foi da primeira vez que eu briguei - Ele expõe uma cicatriz no lado direito de sua costela. - Eu entrei numa briga de um amigo na escola. No final, o irmão mais velho do garoto que eu tava brigando quebrou o óculos do meu amigo e me cortou com o vidro - Eu passo o dedo por sua cicatriz. - Pelo menos meu band-aid era do homem-aranha - Eu sorrio de seu tom orgulhoso. - Não sei se ajuda, mas... - Eu passo os braços por seu pescoço.

- Ajudou um pouco - Eu admito, o beijando. Empurro seu corpo, fazendo Luke se sentar na cama, onde eu coloco as pernas em cada lado de seu quadril, me posicionando em seu colo. Sua pele é quente sobre a minha. E agora sem a camada de tecido para nos atrapalhar, sentir suas mãos deslizando lentamente por todo meu corpo, faz minha pele esquentar.

Luke nos arrasta pela cama, acomodando suas costas no amontoado de travesseiros. Minhas mãos arranham levemente sua nuca, enquanto seus lábios trabalham em meu pescoço.

Tá,essa noite não tá sendo nenhum pouco como eu imaginei. Mas não estou reclamando, até porque, ouvir cada respiração acelerada de Luke é simplesmente mágico. A forma como seus lábios pressionam os meus, a forma como sua língua se encontra com a minha. Suas mãos em mim são a única coisa que me fazem ter certeza de que não estou caindo.

- Luke... Eu acho que não tô pronta pra... aquilo, sabe? - Luke para seus beijos, soltando um suspiro ofegante em meu pescoço.

- Claro, amor - Ele dá um selinho em meu pescoço, antes de me encarar. - A gente pode... - Ele começa mas eu interrompo.

- Mas... - Deslizo um dedo por seu peitoral - Não quer dizer que eu não queira fazer nada além daquilo - Digo tímida sentido o corpo de Luke ficar rígido. O encaro, vendo sua expressão surpresa se tornar um sorrisinho, enquanto seus olhos queimam meu rosto.

- E o que você quer fazer exatamente, Megan? - Suas mão deslizam novamente por minha cintura, enquanto sua boca deixa beijos molhados em meu maxilar, minha boca, meu queixo, nunca desviando o olhar do meu. A ideia inicial era eu proporcionar algo à ele, mas a lembrança do seu presente de aniversário pra mim e de como eu me senti, fazem o meu lado um pouco egoísta falar mais alto.

- Eu quero o que você me prometeu na carta - Sinto um arrepio pelo corpo, me lembrando que a reli algumas centenas de vezes.

- O que eu fiz você se tornar? - Um sorriso repuxa o canto de sua boca antes de nossos lábios se colarem novamente.

Eu odeio não te odiar Onde histórias criam vida. Descubra agora