Capítulo 8

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- Ele é um galinha mesmo né? - Nate diz olhando pra Luke, me tirando do meu transe e depois volta o olhar para mim. Eu rio concordando - Pelo menos você deu um fora nele no armário. Tenho certeza que ele é o tipo de cara que se gaba de cada garota que fica - ele fala e agora eu rio de nervoso ao lembrar do quanto eu queria beija-lo no armário e o que poderia ter acontecido se não tivéssemos sido interrompidos.

O filme termina e senhora Smith vai para o centro da sala pedindo o silêncio e a atenção de todos.

- Bom, eu queria passar esse filme para vocês por que ele fala de uma coisa que fazemos todos os dias. Julgar. Então, não é por que alguém se parece ou é de tal jeito que não tem problemas. Todos nós temos problemas, sejam eles pequenos ou grandes. E só nós podemos realmente resolvê-los.

Senhora Smith dá boa noite para todos e começamos a sair da sala. Por causa do tumulto, eu acabo perdendo Nate de vista e acabo nem falando com ele. Vou para o quarto.

Quando chego em meu quarto, Luke já está sentado em sua cama, mexendo no celular. Quando ele me vê, ele levanta com um sorrisinho no rosto e se encosta numa cômoda perto de sua cama.

- E aí Megs, o que achou do filme? – Ele pergunta

- É um dos meus filmes favoritos - eu digo sentando na ponta da minha cama para ficar de frente pra ele.

- Sério? Você não parecia muito entretida - ele fala se aproximando da minha cama.

- Err..é..que eu já vi aquele filme mil vezes - eu digo tentando soar firme

- Então foi por isso que preferiu ficar olhando pra mim? - Ele pergunta parando na minha frente e eu agora preciso olhar pra cima para encara-lo.

- N...não sei do que você tá f...falando - eu digo envergonhada desviando o olhar.

- Não precisa ficar assim - ele diz pegando meu queixo e me fazendo focar em seu olhar novamente - Sabe que...eu até que gostei de ser.... observado por você - ele diz passando o polegar em meu lábio inferior e eu automaticamente fecho meus olhos e dou um longo suspiro - Não fecha os olhos.... - ele diz e eu os abro -  não atiça a minha imaginação Megan - ele diz e eu me levanto, ficando ainda mais próxima de seu corpo.

- Tenha uma boa noite – eu digo lentamente olhando em seus olhos, o afasto e vou para o banheiro botar meu pijama. Ouço sua risada.

Assim que saio do banheiro, percebo que ele não está no quarto. Aposto que está com alguma garota. Deito em minha cama e mando umas fotos que tirei da natureza pro meu pai, ele ama fotografia também. Graças a ele, eu tenho fotos de toda a minha infância. Assim que verifico meus alarmes, eu deixo o celular na cômoda que fica ao lado da minha cama e faço a mesma coisa de toda noite, paro para refletir sobre o que acabou de acontecer. Por mais que ele seja meio babaca, confesso que por um segundo quase me deixei levar pelos meus hormônios, mas meu lado racional falou mais alto, e eu espero continuar assim. Acabo pegando no sono.

Ouço um barulho vindo do corredor e acabo acordando. Quando olho no despertador, vejo que são quatro da manhã. Ouço o barulho de alguém abrindo a porta e imediatamente eu finjo que estou dormindo. Luke entra no quarto. Com os olhos quase totalmente fechados eu ainda consigo vê-lo, ele está sem blusa. Vejo que olha pra mim e dá uma risadinha mexendo a cabeça. Antes que eu possa imaginar do que ele está rindo, ele tira a calça e eu não consigo evitar dar uma olhadinha. Ele deita e eu decido voltar a dormir.

Quando acordo de manhã, sinto falta da luz do sol batendo no meu rosto. Me espreguiço e sento na cama. Assim que olho pra janela, percebo que o céu está muito nublado. Luke ainda está dormindo. Pego minhas coisas e me troco no banheiro, como está meio frio, eu boto uma roupa mais confortável e quente. Assim que acabo, saio do quarto e vou direto para o refeitório.

Eu odeio não te odiar Onde histórias criam vida. Descubra agora