Capítulo 30

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Nate dirige até a nossa lanchonete preferida, que por acaso, é temática. Não posso negar que amamos coisas dos anos 80. Quando entramos, percebo que o lugar parece vazio, mas não é estranho, considerando o horário.

Nós nos sentamos um de cada lado da mesa. O sofá de couro vermelho é uma das coisas que mais gosto aqui. Sem demora, uma senhora com cabelos grisalhos vêm nos atender de patins. O que me deixa um pouco preocupada. Nem sei o que eu faço se ela cair.

- Boa noite, o casal já está pronto para fazer o pedido? – a senhora pergunta sorridente

- Ah não, não somos um casal – Eu digo rindo pra ela.

- Ainda – Nate fala piscando pra mim, me deixando tímida e a senhora sorri.

- E então... – ela diz depois de alguns segundos de silêncio

- Eu quero um Milk Shake de morango e um hambúrguer, por favor – Eu falo educadamente pra ela, que anota o pedido

- Eu quero o mesmo mas com fritas – Nate diz.

A senhora anota o pedido e recolhe os cardápios, indo embora logo em seguida.
Ficamos uns minutos em silêncio. Me sinto um pouco estranha, e como Nate e eu somos sempre sinceros um com o outro, decido quebrar o silêncio.

Olho para Nate, que aparentemente já estava olhando pra mim.

- Nate, você sabe que... - Eu tento dizer mas ele me interrompe.

- Eu sei que você tá estranha, mas eu só queria dizer que eu não me arrependo de nada. Mas se você se arrependeu eu... - Nate não termina de falar, pois o silencio com um beijo.

Nate se surpreende de primeira, mas logo aprofunda o beijo, que dura apenas mais alguns segundos antes de eu afastar nossas bocas.

- Eu nunca vou me arrepender daquilo - eu digo vendo o sorrisinho no rosto de Nate.

- Então não fica estranha. A gente já fez isso antes, e eu só quero que as coisas sejam como sempre foram. Então, não pensa muito. Só vive o que você tá sentindo agora - ele diz e eu concordo ficando mais tranquila.

- Você tá certo - eu digo.

- Eu sei, eu sempre estou - ele diz convencido e eu reviro os olhos sorrindo - Sabe sobre o que mais eu estou certo? - Ele pergunta se aproximando.

- O quê? - Eu pergunto.

- Que a gente deveria se beijar de novo agorinha mesmo - ele diz com um sorrisinho, olhando pra minha boca.

- Sabe que eu acho que você tem razão - eu digo brincando e em seguida Nate me beija.

O beijo é um pouco mais intenso que o outro. Nate coloca uma mão em meu pescoço, enquanto a outra aperta minha cintura, mas nada além disso. Afinal de contas, estamos em um lugar público. Ficamos nos beijando por mais alguns minutos, mas paramos assim que ouvimos uma tossida perto de nós. Nos separamos constrangidos enquanto a senhora coloca nosso pedido na mesa.

- Não são um casal né?! – a senhora diz com um sorrisinho antes de se retirar e nós rimos.

Como meu hambúrguer mas não posso deixar de notar o quanto as fritas de Nate parecem boas

- Ah não – Nate fala percebendo meu olhar sobre as batatas

- Por favorzinho – Eu falo fazendo a cara do gato de botas, Nate nunca consegue dizer não

- Não é justo, você sabe que eu não posso negar nada quando você faz isso – Ele diz e logo me dá algumas batatas

- Obrigada – eu falo sorrindo

Eu odeio não te odiar Onde histórias criam vida. Descubra agora