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Entro no meu quarto arrancando o biquíni molhado, tomo banho e visto um moletom e uma calcinha.
Pego o celular e entro no Instagram e coloco para gravar abro a capa do meu violão e dedilho a canção.

Escuto palmas e vejo Valentina secando as lágrimas, apoio o violão em cima da cama e abro os braços ela corre e me abraça forte.
- Desculpa por mas cedo. - Falo.
- Eu não te reconheci você o tratou muito mal.
- Ele me tirou do sério.
- Percebi, mas lembre que ele estava fazendo o trabalho dele, Kah você tem que me ajudar, está correndo perigo, o titio ficaria maluco se algo acontecesse..
- Ele não se importa Valu, nunca se importou com nada, eu só queria poder viver a minha vida sabe que não tenho o mínimo interesse naquela empresa podem pegar tudo e enfiar no cu tô nem aí.
- Você sabe que não é assim, tudo vai cair para você e para mim, somos as únicas herdeiras dos Sevilla.
- Que legal agora vou poder usar meu sobrenome, muito obrigado mas passo, quero terminar esse inferno de faculdade e poder assinar com a gravadora, esse foi o acordo para minha liberdade.
- A propósito que música linda foi essa, aí Kah está cada vez melhor. - Sorrio.
- Estou tentando, você sabe é o meu sonho.
- E se depender de mim vai conseguir, eu vou ajudar em tudo.
- Ótimo vou precisar de um agente e quem melhor que você mocinha.
- Ótimo porque também não pretendo ficar enfurnada em escritórios.
Batemos a mão uma na outra.
- Qual é a dos seguranças novos?
- São todos muito experientes e estão aqui para nos proteger então seja agradável.
- Tudo bem vou fazer um esforço, mas aqui entre nós selecionou bem o currículo heim, fez alguma exigência porque oh bando de macho gostoso é esse meu pai vou ter que rezar dez pai nosso e dez ave Maria por pecar tanto.
- Nem todos os pai nosso e ave Maria serão suficientes, minha querida eles são um arraso mesmo.
- Onde está o Agustin não o vi hoje?
- Ele está empenhado em encontrar o titio.
- Que droga Agus quem disse que ele faz falta.
- Não seja tão dura Kah. - Reviro os olhos.
- Vou dormir, e você prometeu se comportar por favor, consegui o Ruggero foi bem difícil.
- O marrento? - Ela rir.
- O Major.
- Isso é sério?
- Sim, acho que todos eles eram oficiais.
- Imagina esses homens sem camisa ui deu até calor, acho que vou exigir amanhã quero todos trabalhando sem camisa ao meu redor, sou uma pobre menina indefesa.
- Coitados eles é que tem que tomar cuidado com você, o perigo está bem aqui dentro de casa. Jogo uma almofada nela que rir.
- Preciso de um banho.
- Tem razão precisa mesmo, bem que eu sentir daqui.
- Bobona. - Ela me dar língua e sai do meu quarto, volto ao meu violão e tento repassar uma canção. Mais paro e abro as portas do terraço no meu quarto e me apoio no murinho olhando as estrelas, antes de entrar percebo que a quantidade de seguranças é bem maior e que em uma das casas para empregados tem uma concentração maior deles.
Só espero que Roberto apareça logo, para esse inferno acabar. Só isso.

Na manhã seguinte levanto as seis, tomo meu banho pego uma calça branca rasgada um top em tricô preto frente única e blazer listrado calço meus saltos nude, pego minha bolsa grande e coloco meu material da faculdade reúno meus objetos pessoais, ponho o violão na capa, faça uma maquiagem básica para o dia arrumo meu cabelo solto em ondas, e pego meus óculos escuros a e os fones de ouvido, abro minha agenda no telefone, ok primeira aula direito civil.
Desço as escadas apoio minhas coisas no sofá e vou até a cozinha escuto vozes e uma risada e quando entro vejo o marrento, um outro e Ana tomando café e rindo, eles param de falar assim que me vêem.
- Bom dia. - Falo e entro na cozinha.
- Bom dia meu amor, o que você quer para o café da manhã hoje?
- Não quero nada Aninha estou bem assim.
- Não senhora vai comer alguma coisa. - Ela se aproxima de mim e segura meu rosto.
- Nem faça bico não vou deixar você sair sem comer.
- Tá certo você venceu, um suco está ótimo, satisfeita?
- Já é um começo. - Ela beija minha testa e observo os dois pelo canto de olho.
Pego meu suco e bebo.
- Ana pede para João tirar meu carro vou fazer uma ligação e depois já vou sair.
Um pigarreio alto me chama atenção pra ele.
- Senhorita Sevilla não pode sair no seu carro. Reviro os olhos e o outro cara rir.
- Primeiro não. Não me chama de Sevilla. - Faço uma careta. - E segundo qual o problema com meu carro?
- Você vai com motorista. - Arqueio uma sobrancelha.
- Karol... - Valentina me chama e bufo.
- Já entendi tenho babá agora tudo bem, senhor...
- Pasquarelli. - O cara ao lado fala.
- Senhor Pasquarelli avise a quem vai dirigir que saiu em cinco minutos obrigada.
- Satisfeita? - Pergunto a Valentina quando chego na porta e ela rir.
- Ainda não sorria. -  planto um sorriso falso na boca. E ela gargalha.
- Palhaça. - Resmunga e vou pegar minhas coisas, ligo para Malena e falamos sobre a aula e o trabalho que temos juntas quando saiu de casa a bolsa no ombro e o violão meu tablet e o celular na orelha, entrego tudo a João que coloca no carro pra mim, entro e os dois entram no carro o moreno na frente e o marrento ao meu lado, continuo no telefone e quando desligo vejo que ele está me o observando.
- Quer uma foto bebê? - Vejo um pequeno sorriso em seus lábios mais ele disfarça, não vejo seus olhos por conta dos óculos escuros.
- Pode me dar seu telefone? - Ele pede.
- Nem perguntou meu nome ainda e já pede meu telefone, como as coisas são rápidas entre vocês oficiais. - Ele fica sério mais o cara da frente rir.
- Preciso do seu aparelho Karol. Ele fala meu nome com um sotaque forte. - Reviro os olhos e entrego o aparelho a ele que abre a tampa colocando algo dentro e me devolve.

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