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Depois da minha turnê consegui a folga, agora teria que focar em algo, meu casamento, a palavra chega pesa sabe casar eu vou me casar caralho.
Estou experimentando o vestido de noiva com ajuda de Valentina, Malena, Carolina e minha querida Analu que não para de chorar.
- Eu vou fazer isso mesmo gente?
- Vai, e para de perguntar já estou ficando nervosa. - Valentina resmunga.
Meu telefone toca e Male me entrega.
- Amor onde você está?
- Enfiada em um vestido extremamente sufocante graças a você.
- Não reclame, nunca pensei em casar e agora que vou quero tudo que tenho direito.
- O que você tem direito é a noiva, e o corpo dela e a... - Analu pigarreia e dou risada.
- Amor, onde você está?
- Ficou duro não foi?
- Você sabe que sim, a Karol vou te dar uma surra garota.
- Sinto muito, vai ficar assim, daqui que eu consiga sair desse troço já é nosso casamento.
- Dramática.
- Porque quer saber onde estou?
- Porque quero te ver, passei o dia inteiro trabalhando e não nos falamos estou com saudades.
- Cachorro consegue me ganhar facinho. - Ele rir.
- Mas vai ter que esperar, não é você que quer tudo, então o noivo não pode ver esse treco aqui antes do casamento dar azar. - Faço uma careta.
- Tenho que desligar preciso tirar o treco, graças a Deus acho que vou sair pelada depois disso o calor dos infernos.
- Karol Sevilla espero que esteja brincando. - Começo a rir.
- Vou cogitar a hipótese só para ver sua cara.
- Eu já disse que você merece uma surra.
- Já, fui amor até mais.
- Ei espere nada de tirar a roupa...
Desligo revirando os olhos.
- Você vai enlouquecer esse homem escute o que estou falando. - Analu adverti.
- Ele já enlouqueceu Lu, não tem como ser normal perto da Karol. - Valentina fala fazendo todo mundo rir menos eu, dou o dedo do meio pra ela que rir mais ainda.

As semanas passam rápido e o dia do meu casamento se aproxima, hoje estamos viajando para Pescara, estou sonolenta com a cabeça apoiada no peito de Ruggero.
- está acordada?
- Humrum. - Ele rir.
- Você já pensou em ter filhos? - Meu corpo inteiro fica duro.
- Calma, não estou dizendo agora. - Relaxei um pouco.
- Porque está perguntando isso?
- Só me responda. - Bufo.
- Não, nunca pensei em ter filhos, na verdade nunca pensei que fosse me casar e olha só pra onde estamos indo. - Ele rir e me aperta em seus braços.
- Eu também não, quando a Lete nasceu era tão pequena e frágil eu não sabia nem como pega-la no colo com medo de machuca-la. - Sorrio e levanto a cabeça procurando por ela, que está dormindo do outro lado com Agustin na poltrona.
- Agus tirou a sorte grande. - Falo.
- Fico feliz que eles tenham se encontrado, Lina precisava de alguém que a amasse.
- Espero que a família de vocês não faça caso porque ela veio.
- Não acredito, deixei bem claro que se não a tratassem bem, nem precisariam vir, então..
- Ótimo não vou precisar expulsar ninguém.
- Que pena, você adoraria chutar a bunda de alguém.
- Depois a terrível sou eu. - Ele rir.
- Mas você quer ter filhos? Me afasto o encarando.
- Onde quer chegar?
- Quero filhos, não é óbvio.
- Ruggero eu não sei cuidar de mim,vou cuidar de uma criança, seria uma péssima mãe.
- Não diga isso, você é maravilhosa.
- Podemos só casar primeiro, depois a gente vê.
- Do que tem tanto medo?
- Não tenho medo, só não me vejo como mãe, ao menos não agora, sou muito nova e minha carreira acabou de começar, não posso colocar um bebê no meio agora, sinto muito.
Encolho os ombros e ele se afasta um pouco.
Que maravilha ainda nem casamos e já estamos discutindo sobre a vinda de filhos, eu sempre fiz aquilo que me vinha em mente, nunca deixei que a opinião dos outros condicionasse a minha, meu medo era sempre de me arrepender por não ter feito, Ruggero mudou algo em mim, algo que eu não abri para ninguém por medo do que podia me proporcionar, me casar não estava nos meus planos e ainda assim ele ultrapassou essa barreira mas um bebê, aí já é demais eu não estou pronta pra isso, sei que ele ficou chateado, mas não posso ir contra o que quero, então fico quieta o restante da viajem.
Chegamos a casa de Pescara e eu só quero dormir, estou quebrada e meu corpo só pedi cama, por isso pedir que me mostrassem o quarto, já que Ruggero entrou na casa e sumiu sem falar comigo.
Tiro os tênis e me jogo na cama apagando.
- Titia... Titia acoda vai titia o moço tá xamando tem que se rumar eu sou sua daminha titia tenho que ficar igual vuxe vai acoda. - Desperto com Lete falando e olho ao redor o sol está batendo dentro do quarto, minha nossa, chegamos a noite e já é de manhã, não vejo vestígios que Ruggero esteve no quarto, ótimo bom sinal começamos bem.
- A titia só precisa de um banho está bem. - Ela faz que sim e pego um conjunto de moletom e vou para o banheiro.
Quando saiu Lete está sentada do mesmo jeito que deixei.
- Onde está a mamãe? - Pergunto.
- ela está aumando tudo com a titia Valu.
Abro a porta e vejo movimentação no outro quarto, chamo Lete e vou até lá, estão arrumando tudo para me maquiar aqui mesmo.
Entro e me sento com Letícia e começam a arrumar meus cabelos e os dela, depois de prontas, nos trazem o almoço e comemos, Lete é um doce de menina tão meiga e carinhosa penso que se tivesse um filho queria que ele fosse exatamente assim. Para quem não queria filhos, a falta de notícias de Ruggero começa a me deixar nervosa e quando fico assim tenho ataque de ansiedade e entro em choque a última vez....
Por isso saiu do quarto e vou até o meu e tranco a porta entro no banheiro e respiro fundo várias vezes, isso não está certo não era pra gente se casar, não dá eu não estou pronta pra esse compromisso e ele também não já que nem se deu ao trabalho de dormir comigo ou ao menos perguntar como estou, saiu do banheiro e pego minha bolsinha com o celular, desço as escadas correndo e não vejo ninguém na sala, saiu da casa e sigo direto para entrada onde tem um carro parado com segurança.
- Boa tarde senhorita Sevilla.
- Boa tarde, pode me dar a chave do carro?
- Senhorita tenho ordens para acompanhá-la.
- Não quero sua companhia, quero a chave do carro.
- Mas...
- Da a porra da chave agora. - Ele se assusta com meu tom de voz e me entrega as chaves.
- Desculpe não é nada pessoal. Tiro um cartão da bolsa.
- Tome, se caso perder o emprego tem como me encontrar não vou deixá-lo na mão.
- O-obrigado. - Entro logo no carro e saiu dirigindo sem destino, só preciso pensar e por a cabeça no lugar.

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