15|

635 44 16
                                    

Não prestei muita atenção no que elas falavam no carro a ligação de Lina arrasada porque o tratamento não estava progredindo me deixou com a cabeça longe muito longe, só percebi isso quando Mike me deu um tapa na cabeça para que eu acordasse.
- Onde está com a cabeça? Traz ela de volta aqui. Ele rosnou pra mim.
E me forcei a prestar atenção nas garotas.
E agora estamos aqui na sala de um almofadinha.

- Você parece confiar nele. - falo e ela tira os olhos dos papéis e me encara.
- Quem o Jônatas?
- Sim.
- Meu... o Roberto criou ele, o Jonatas é mais filho dele do que eu.
- Mas é você que vai herdar tudo.
- Em partes sim, mas ele tem a sua parte e como eu odeia isso aqui. - Assinto e ela volta a olhar os papéis, observo seus traços, Karol tem rosto de boneca e expressões de menina.
- Isso é ridículo. - Ela murmura e joga os papéis na mesa.
- O que é ridículo?
- Isso. - Ela aponta para o papel.
- Me desculpe não entendo nada jurídico, pode explicar claro se quiser.
Ela pega o papel e me entrega.
- Não precisa ter formação para entender essa porra.
- Fio quantos zeros - ela revira os olhos.
- Pense que agora você é a garotinha mais rica da América do sul.
- Preferia ser pobre a ter esse dinheiro.
- Tem certeza disso?
- Você não me conhece ainda Ruggero.  Ela fala mas seu tom de voz é leve.
É a primeira vez que ela me chama pelo meu nome.
- Você me chamou pelo nome.
- É o seu nome não é, apesar que gosto de marrentinho combina bem com você.
- Não sou marrento você que é mimada demais.
- Ah sim eu sou e o que pretende fazer a respeito. Merda essa garota está me testando é isso.
- Você merecia umas palmadas garota.
- É você que vai me dar?
Eu estou escostando ao lado da porta e ela já está diante de mim, com os olhos no meu ela segura minha mão e fecha na sua bunda.
- Vai me bater aqui, posso gostar disso.  Ela diz com a voz rouca e seus olhos brilham de desejo, engulo em seco.
- Isso pode ser considerado abuso de poder mocinha.
- Ah sim, eu adoro abusar dele, é uma pena que esteja fora do regimento.
- Não brinque com fogo Karol.
- Porque vou me queimar?
Sabe o que é controle sobre humano, eu tentei juro que tentei, ela segurou minha nuca e puxou meu rosto de encontro a ela e devorou minha boca, não foi um beijinho não, ela sugou meus lábios e quando abri a boca ela enfiou a língua atrevida tomando todo o meu ar, um beijo tão gostoso, tão quente que foi difícil colocar o cérebro para funcionar e afasta-la.
Seu peito subia e descia e ela me encarava como se estivesse surpresa com aquele beijo e eu também estava mas não podia, ela é só uma garota mas beija como uma mulher, mesmo assim você tem que ficar longe.
- Karol vamos? - Valentina abre a porta chamando, e ela ainda está atordoada com o beijo seus olhos nos meus.
- A Valentina está te chamando.
Consigo falar com a voz baixa ela olha para a porta então pega a bolsa e sai, respiro fundo e saiu atrás, mas Mike percebeu que tem algo errado.
Elas entram na sala e peço que Sebastian entre e fico ao lado de fora.
Carolina me liga e peço um segundo a Michel e vou atender.
- Oi Li.
- Rugge, eles enceram a primeira quimio, ela tem que esperar mais uma semana vamos fazer exames e depois partimos para a segunda.
- Então porque não vem pra casa?
- Não queria ficar gastando dinheiro assim Ruggero.
- Lina venha pra casa, quero vê-las ainda não consegui ir até vocês, então venha por favor?
- O que eu não faço por você não é?
- Eu sei você me ama.
- Amo mesmo, quero saber as novidades todas elas?
- Pode deixar dona Carolina, beijo me avisa quando estiver chegando vou buscá-las no aeroporto.
- Tudo bem, um beijo Rugge.
- Outro pra você e para meu raio de sol.
Ela sorrir e desliga.
Volto para onde estava antes, Michel me encara preocupado.
- O que houve?
- Onde está a senhorita?
- Que senhorita? - Olho para a sala e não vejo Karol.
- Onde ela foi?
- Atrás de você, eu não a segui porque ela perguntou por você eu falei onde estava e ela pediu para não segui-la que queria conversar com você, não a viu?
- Droga... - Bato no vidro e chamo Sebastian.
- Fique aqui vamos atrás da Karol. - Ele assente e Mike me encara alarmado.
Me divido com Michel e vamos a procura de Karol, aciono os seguranças no carro e ninguém a viu.
- Onde você se meteu garota.
Procuramos por todo o lado, chamei a segurança do prédio eles vasculharam tudo e não encontramos, pedi para que eles verificassem as câmeras de segurança, e merda Karol entra em um carro e não conseguimos ver direito que carro é.
Que porra o que ela está aprontando caralho.
Avisto Valentina e o tal almofadinha eles se aproximam.

- Eles não tem que aceitar Valu, vocês são as donas e pronto não estão aqui para fazer o que eles querem.
- Eu sei, mas é que as coisas que eles disseram foi difícil de aguentar você viu a Karol preferiu sair a ter que discutir com aqueles velhos idiotas.
- Eu sei, mas ela vai ter que enfrenta-los. Ela faz uma careta.
- Eu vou cuidar para que assumam o mais rápido possível, te chamo apenas tenho tudo.
- Obrigado Jô.
- De nada meu bem, sabe que amo vocês. Ele beija a testa dela e volta a entrar no prédio, Valentina entra no carro e quando me sento.
- Onde está Karol?
- É isso que vamos descobrir, ela entrou em um carro e sumiu.
- Como ela entrou em um carro Ruggero?
- Entrou, ela pediu...
- Eu não acredito que vocês a perderam de vista, como assim? - Ela está desesperada.
- Valentina olha pra mim. - Seus olhos chorosos me encaram.
- Você confia em mim? - Ela faz que sim.
- Então ela vai voltar pra casa.
- Por favor traz ela de volta.
- Eu vou, isso é uma promessa.

EntrelinhasOnde histórias criam vida. Descubra agora