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Acordo, mais desejaria não ter feito tudo meu dói, sinto uma mão acaricia meu rosto.
- Abra a boca precisa beber um pouco de água vamos. - ela enche a mão e põe na minha boca.
Vejo que os raios de sol começam a aparecer a porta se abre e o homem entra furioso.
- Você chegou aqui com um táxi? - Ele pergunta e eu assinto.
- Eu te falei que ninguém poderia saber sua imbecil. - Me encolhi com seus gritos e Valentina me aperta em seus braços, mais não estou com medo é a dor na minha cabeça agora já não me importa mais nada quer me matar que mate.
Ele me segura pelos cabelos e Valentina tenta me defender, com a outra mão ele dar um soco que ela cai da cama desmaiada no chão. Lágrimas escorrem por meu rosto.
- Deixe-a ir você já tem a mim. - Falo com dificuldade.
- Ela não vai a lugar algum nenhuma das duas vão ele aperta meu pescoço, e o ar que já era pouco começa a faltar.
Ele me solta na cama.
- Levante-se vamos dar um passeio.
Não consigo me mover, respirar ou falar ele é doente. - Ele percebe que não me movo e agarra meus cabelos e me arrasta bato o corpo em vários lugares minha pernas não funcionam e peço a Deus que me tire a vida porque não consigo respirar, um dos seus capangas vendo que não consigo mesmo, apoia meu corpo e ele larga meu cabelo e começo a me arrastar a dor na minha perna e costela é fora do comum.
Ele me leva até a cantina da casa, assim que descemos umas escadas sou jogada de volta no chão e um soluço estrangulado escapa dos meus lábios, não sei como ainda tenho forças.
Ele vira meu rosto bruscamente e desfere um tapa, e o sangue no meu nariz volta a escorrer.
- Sabe porque tenho prazer em machuca-la? Porque você não tem medo de mim como sua priminha, seus olhos me desafiam e isso eu não posso permitir nem que tenha que mata-la. Cuspo em sua cara. - Ele desfere um soco tão forte que minha cabeça é jogada pra traz.
- Quero os códigos? - Ele segura meu rosto. - Me dê a porra do código. - Começo a tossir mas consigo falar.
- Que código você está falando.
- O acesso aquele cofre, não consigo abri-lo sem danificar o que tem dentro.
- E não era mais fácil me pedir os códigos ao invés de fazer tudo isso?
- E você me daria assim de bom grado.
- Depende do que fosse, iria tirar a vida de alguém?
- Não, são as provas que seu pai tem contra mim, e pessoas perigosas podem ficar sabendo e isso seria meu fim.
- Se era para prejudicar meu pai eu lhe entregaria de bom grado. - Ele me encara espantado.
- Deveria saber que eu o odeio já que conhece tanto sobre mim.
- Ora, ora essa informação me escapou. Abra o cofre.
- Eu não tenho código algum, ele não me deixou nada sobre isso.
- Não é possível.
Explico tudo que ele deixou até em números mais não tenho código algum.
Ele entra em desespero, chuta as coisas e aponta a arma pra mim, só o encaro o que tenho a perder.
Ele se irrita mais ainda agarra meus cabelos e me leva até o cofre, bate minha cabeça ali e sinto o sangue escorre.
- Abra a porra do cofre. - Ordena e passo as mãos pelos números mais não sei o que digitar então me vem a mente a data de aniversário da minha mãe, era a única data importante pra ele e quando vou digitar escutamos barulho de tiros. Ele grita para alguem  e ver e só vemos o corpo do homem cair das escadas.
- Abra a porra do cofre. - Ele grita e bate minha cabeça mais uma vez e fico zonza não consigo enxergar direito.
- Solte a garota. - Escuto aquela voz que conheço bem.
- Então voce me encontrou. Ele aperta a mão no meu cabelo. - resmungos de dor ainda saem dos meus lábios.
- Karol. - Ruggero me chama mas não consigo responder.
- O que fez com ela?
- Só um corretivo, mas você deveria ficar feliz.
- Porque eu ficaria feliz? Seu desgraçado eu vou acabar com você.
- É mesmo, deveria então acabar com ela, foi o papai dela que ordenou o massacre a emboscada em que seu querido amigo morreu para te salvar. - Meu rosto está banhado de sangue e lágrimas.
- Você é um verme e merece morrer. - Ele bate minha cabeça de novo e dessa vez caiu com tudo no chão, escuto as vozes muito longe consigo destinguir três disparos e logo depois um peso cai sobre mim.
- Fica comigo Karol, fica comigo. - Ele chama e meus olhos pesam.
- Fica comigo Karol, por favor.. - Ele me pede baixinho e segura minha mão, aperto com o pouco de força que me resta mas não consigo permanecer aqui aos poucos as forças vão me deixando.

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