Entrelinhas

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Eu devia está furiosa cheia de ódio mas não estou.
Cheguei a sessão fotográfica da intimissima Brasil, recebi o convite para representar a marca e aqui estou.
- Tem certeza que consegue? - Valentina pergunta.
- Absoluta, só preciso de uma mágica a vadia me acertou.
- Kah eu te conheço, não está empurrando a dor lá para o fundo.
- Por incrível que pareça não, eu não sou de remoer, não sou de esperar e não sou de ficar discutindo pra mim ou é ou não é você me conhece, se ele não deu o basta azar o dele.
- Karol Sevilla que alegria você me deu, ao aceitar nosso convite.
- David não poderia recusar.
- Caramba você está maravilhosa, onde está o noivo fiquei sabendo do casório.
- Ainda não decidimos nada.
- Tenho certeza que ele vai correr com isso uma mulher como você não pode dar sopa por aí. - Dou risada e o maquiador entra fazendo sua mágica, arruma meu cabelo e retoca meu gloss e sai, procuro meu celular para poder ir fazer as fotos, estou com uma lingerie preta meia taça a calcinha é transparente fio dental com uma rosa vermelha na frente e no bojo também tem o mesmo desenho com uma meia calça três quartos e um faixa na coxa preta de cetim o que deixa super sexy e um salto preto.
Acho o celular e o pego festejando que achei quando me viro Ruggero esta na porta seus olhos estão nos meus pés e sobe por minhas pernas, para no meu centro e ele engole e vai subindo os olhos seu maxilar trava nos meus seios e então chega aos meus olhos.
- Onde vai assim? - Ele pergunta.
- Assim como?
- Assim, puta que pariu amor você está muito gostosa, mais onde vai assim? - Mordo o lábio segurando a risada.
- Estou representando a marca da intimissima, vou fazer umas fotos.
- Estou fodido, não pode por um roby aí.
- Não. - Ele se aproxima.
- Fique aí mesmo.
- Porque?
- Primeiro que não sei se resolveu seu problema, segundo você me desconcentra e terceiro ññnão temos tempo para rapidinha. - Ele rir e se aproxima do mesmo jeito me envolve em seus braços.
- O que eu faço com você Karol? é sim para os três tópicos. Franzo o cenho.
- Para o meu problema, para sua concentração e para nossa rapidinha.
- Karol te esperamos no set. - Alguém chama e dou risada com a careta que ele faz.
- Chegou tarde, preciso fazer as fotos depois conversamos.
- Tudo bem mais eu vou junto. - Não discuto e vou fazer as fotos, quando termino volto para a sala onde me arrumei e me troco, assim que saiu encontro Ruggero no corredor ele segura minha mão entrelaçando nossos dedos e vamos embora.
Ruggero me leva até reserva.
Entramos em silêncio e caminhamos até a cachoeira a lembrança do dia que ele me achou aqui me vem a mente, ele se senta e me puxa para sentar em seu colo.
- Eu amo você Karol, e preciso que nunca duvide disso, porque é a mais pura verdade. -Acaricio seu rosto.
- Quando disse que Fernanda era só sexo, era só isso, eu não tinha cabeça para me envolver quando ficamos, estava em treinamento e tinha que dar o meu melhor, não sei porque ela encarnou em mim, nunca tivemos sequer uma conversa. - Ele dar de ombros.
- Eu quero somente você garotinha e dessa vez ela entendeu e não vou permitir que mais nada fique entre a gente.
- Acho bom mesmo. - Falo e nos beijamos.
- Agora pode me explicar porque nosso casamento está marcado para o final de agosto ou seja daqui a dois meses.
- O que? - Ele parece surpreso.
- Recebi os papéis hoje, não foi você?
- Não, eu jamais faria isso sem você concordar.
Abro minha bolsa e pego os papéis que recebi hoje e entrego a Ruggero, um envelope pequeno cai de entre os papéis e ele pega, abre e ler.

Filhos sei que foi muito invadir esse momento, mas sou o único pai que os dois tem e como único responsável tomei a liberdade, então se preparem vocês casam no final de agosto aqui na Itália.
Rugge sua mãe ficaria feliz com esse lindo amor que encontrou, então a casa de Pescara vai ter a honra de festejar esse amor, amo vocês filhos e não fiquem bravos com papai, espero por vocês.
- Ruggero foi o seu pai.
- Eu sei, eu... Não sei o que dizer.. É estranho ele nunca me apoiou em nada e agora, Karol não precisamos fazer isso agora, eu sei o quanto sua carreira está tomando seu tempo não precisamos. - O calo pondo um dedo em seus lábios.
- Shiu, vamos fazer. - Ele arregala os olhos.
- Eu não poderia recusar um pedido de alguém que me abraçou como filha, coisa que nunca tive, e se ele vai ficar feliz porque não? De qualquer maneira iríamos nos casar eu estava pensando no ano que vem, mas.
- Tem certeza, não quero que faça as coisas correndo e fique sem o tempo que não tem.
- Não se preocupe, mas o que tem nessa casa de Pescara? -.Ele suspira
- Foi a casa em que minha mãe cresceu, meu avô deixou ela para mim, só que eu não coloco meus pés lá desde os meus quinze anos.
- Deve ser muito importante pra você. - Falo.
- Demais cheia de recordações, boas claro, mas ainda assim é um pouco difícil voltar, vou precisar reunir a família, e tenho que ajudar a Lina.
- Ainda não entendi porque vocês estão aqui e não com eles?
- Quando a Lina casou com Erick, a irmã do meu pai não aceitou porque pensavam só em dinheiro, então Lina se afastou deles e foi viver a vida dela longe de todos, e quando sair do exército depois do que aconteceu com Jorge meu pai queria que eu finalmente assumisse suas empresas, mas aquilo não era pra mim, um dia a Lina me ligou para saber como estava e me chamou para o Brasil.
- Então garoto rebelde, não é tão diferente assim.
- A quem diga que somos igualzinhos. - Ele fala.
- Talvez.
- Acho que é por isso que me apaixonei por você.
- Porque sou igual a você?
- Porque bateu de frente comigo desde o início e isso me deixou louco. - Dou risada e ele me aperta em seus braços.