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De volta a mansão já desço e entro na casa, Valentina está aflita e corre em minha direção.
- Eles voltaram com as ameças Ruggero. - Ela entrega um envelope.
- Encontraram no portão.
- Ok, fique calma, vou cuidar disso.
- Como vou ficar calma eles estão me ameaçando.
- Analu. - Chamo.
- Me chamaram.
- Fique com Valentina um pouco, faça um chá, água algo que possa acalma-la.
- Eu volto logo. Saiu com o papel na mão e entro na nossa central.
- Gás, quero todos as imagens das últimas horas seja quem for vamos pegá-lo.
- Onde está o bilhete? Michel pergunta e o entrego, ele põe em um aparelho e verifica as impressões digitais.
Ficamos por horas revendo todas as imagens, até que um garotinho aparece na tela jogando o bilhete pelas grades e vai embora.
- Porra eles usaram uma criança. - Gaston resmunga, pego o celular e ligo pra Agustin.
- Oi Ruggero.
- Cara, acabei de ver as câmeras, eles usaram uma criança.
- Droga assim fica difícil, eu estou seguindo o sinalizador do Gaston mando notícias em breve.
- Tudo bem.
- E Ruggero...
- Sim.
- Cuide delas.
- Pode deixar. - Desligo.
- Como andam as coisas aqui? - Mike pergunta.
- A garota?
- A patricinha está no quarto.
- Ótimo que ela fique lá pelo resto do dia.
- Acho difícil, mais não custa sonhar.
Meu celular toca no início da noite.
- Ruggero.
- Alguma novidade?
- Sim, encontramos os destroços do avião, e o corpo de Roberto.
- Então ele morreu na queda. - Digo.
- Não ele morreu assassinado atiraram nele.
- Merda.
- Sim, não diga nada as garotas até eu chegar.
- Tudo bem vou mantê-las em casa.
- Faça isso. - Ele desliga.
Bem falar é fácil, vamos lá enfrentar a ferinha.
- Ruggero algum problema? - Valentina pergunta assim que entro ela está com uma pilha de livros na mesinha de centro.
- Vou falar com a Karol, preciso manter vocês em casa hoje até a volta de Agustin.
- Aconteceu algo?
- Não, é só prudência. - Ela assente.
- Bom eu tenho prova amanhã, e esses livros me esperam a noite inteira. - Assinto.
- Ver com a Karol se ela vai sair. - Subo as escadas e escuto um som alto e quando vou bater na porta ela abre.
- Algum problema?
- Você não pode sair hoje. - Falo e ela me dar aquele sorriso presunçoso.
- Ah sim e você é quem mesmo? Ah esqueci a babá. - Passa por mim e desce as escadas
- Kah, que linda você vai sair? - Valentina pergunta.
- Sim, vou ao open bar.
- Ela não pode sair da casa. - falo atrás dela e Valentina faz um gesto com a mão para que a deixem sozinhas.
- Então falou com a patricinha, podemos dar o fora, Lionel e Pedro chegaram os outros seguranças já estão aqui.
- Então quem vai comigo?
- Você não pode sair. - Aviso.
- Não perguntei se posso, estou dizendo que vou sair. - Vejo um dos motoristas parando o carro engulo um palavrão.
- Deixa comigo João. - Falo e faço sinal para os caras seguirem.
- Para onde a madame deseja ir? - Falo para irrita-la já que ela me deixou irritado.
- Open bar.
- Porque isso não me surpreende. - Resmungo.
- O que é o Open bar. - Michael pergunta
- Um local onde jovens vão para se divertir beber e ouvir música, sim esse é o Open bar, mas pelo visto não é a praia do velhote aí. - Ela tem a audácia de me chamar de que....
Freio o carro bruscamente, quero dar dar uma lição a essa patricinha do caralho por me chamar de velhote.
- Tá maluco. - Ela grita.
- Você me chamou de que? - Rosno
- Caralho Rugge... - Michael resmunga.
- De velhote é isso que você é idiota agora quer andar ou pego um táxi.
- Garota, velhote... - Michael tampa minha boca e me lança um olhar.
- Open bar vamos agora. - Mike fala e respiro fundo.
Ela entra no bar e nos dividimos, entro com Mike.
- Não acredito que iria dar uma lição na garota.
- Ela me tira do sério, onde já se viu me chamar de velho.
- Talvez seja velho pra isso aqui.
- Você também?
- Não, também não é mais a minha praia e venhamos e convenhamos isso é a idade ela não mentiu.
- Isso não diminui a minha vontade de dar umas palmadas nela.
- Cuidado isso pode ser amor.
- Cale a boca. - Ele rir e vai para o outro lado, observo o lugar e as pessoas que frequentam, vejo que ela chama atenção o que dificulta nosso julgamento.
Ela dança com as amigas e depois volta para mesa, pede mais alguma coisa e vejo se despedir, Mike se aproxima e ela vem na direção da saída escrevendo algo no celular, destravo o carro e ela entra sem falar nada milagre. Assim que entro na avenida que de dia é movimentada agora está vazia, Michel esta logo atrás e atrás dele vejo um carro preto.
O celular de Mike acende ele lê a mensagem e pergunta.
- Você viu? Michael pergunta.
- Sim. - Ele faz um sinal com a cabeça e olho no retrovisor o olhar de Karol está em mim.
- Coloca o cinto Karol.
- O que está acontecendo?
- Só coloca o cinto. - Falo sério esperando que pelo meu tom de voz ela obedeça e mesmo bufando de raiva ela o faz, então acelero.
- Porque estamos correndo. - Não respondo e nem Mike, acelero mais e Mike põe a mão pra fora fazendo sinal para os caras atrás, pressiono os freios e giro o volante para o lado enquanto Michel faz para o lado contrário posicionando o carro na frente do meu e já descem atirando.
- Puta que pariu. - Escuto ela gritar.
- Fique abaixada. - Abro a porta do carro e tiro a arma que está embaixo do banco.
Conseguimos acertar um e outro continua atirando, um outro carro aparece dando cobertura e eles fogem.
- Vocês estão bem? - Pergunto para os caras e eles riem.
- Está brincando, sabe quanto tempo temos que não pegamos nessa belezinha. Michel fala rindo.
- Você é doente cara. - Lionel resmunga.
- Mas confesso que estava com saudade, seria legal se tivesse estourado a cabeça do filho da puta.
- Já entendi que estão ótimos, vamos sair daqui. Falo e eles entram no carro e quando vou pra entrar vejo Karol encolhida no banco de trás, Mike olha pra mim sem saber o que fazer, faço uma careta e indico para que ele dirija, abro a porta do carona sento e puxo o corpo dela pra mim que está tremendo e não reclama em momento algum.

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