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Me sentir em casa é tê-la em meus braços, sentir seu cheiro e seu corpo quente no meu.
Estamos embolados na cama depois de uma sequência louca de sexo.
- Nem acredito que voltou pra mim. - Ela sussurra sonolenta e aperto mais em meus braços, e não tenho coragem de dizer que preciso voltar, talvez eu consiga reverter.
- Minha turnê na Europa começa semana que vem, quero você comigo e isso não é um pedido.
- Sim senhora, que tal se formos a Itália antes da turnê. - Ela levanta e me encara.
- É sério?
- Sim, podemos ficar um tempo juntos só nós dois.
- Eu adoraria. - Ela diz sorrindo e beijo seus lábios, Karol volta a deitar em meu peito, um tempo depois sinto sua respiração mas leve e desligo o abajur, quando fecho os olhos já adormecendo escuto um barulho de vidro quebrando e isso me faz ficar em alerta, deito Karol na cama e levanto abro a gaveta do criado mudo e pego minha pistola, chego próximo a janela e observo lá fora, não vejo os seguranças daqui, abro a porta do quarto e sigo o corredor até a sala afasto devagar a cortina e não vejo ninguém, mais o barulho do trinco sendo forçado me chama atenção me posiciono e tudo acontece muito rápido.
- Rugge porque não está na cama? - Oh não merda, merda, merda um disparo, tento correr me jogando em cima dela mas já é tarde demais.
- Karooool. - Grito atirando e ele cai um outro entra e disparo nele também.
- Amor fica comigo, Karol, aguenta firme amor não me deixe agora.
- R-u-gge... Eu amo você.
- Eu também amo você.
- Am-or E-e-eu frio, R-u-gge.
- Eu sei linda, fica acordada, fica comigo. - As lágrimas caem dos meus olhos ela levanta a mão e enxuga minha bochecha.
- Aconteça o que acontecer... - Suspira. - Eu sempre vou te amar.
- Karol por favor, Karol não dorme amor Karoooollllll -.grito quando ela fecha os olhos, e escuto um disparo, quando levanto a cabeça o homem cai na minha frente e vejo Sebastian ele arregala os olhos e grita, ele salvou minha vida.
- Liga o carro Michel.
Entra me ajudando a carregar Karol, entro com ela no banco de trás e Michel sai em disparada para o hospital.

Estamos aqui aguardando notícias de Karol, quando Agustín entra com Valentina e Michael.
- Vocês precisam ir, precisam sair daqui agora.
- Não vou a lugar algum, minha mulher está lá dentro porra.
O médico se aproxima com uma cara nada boa.
- Ela perdeu muito sangue, estamos fazendo tudo que podemos, mais ela já teve duas paradas cardíacas não sei se vai sobreviver. - Ficamos todos mudos e uma dor que dilacera o meu peito me faz quase perder o equilíbrio seguro na parede.
- Ruggero. - Valentina me chama segurando o choro.
- Vai com eles, eu vou ficar aqui com o Agustín, o Gaston ligou por favor não quero que nada de ruim aconteça a nenhum por favor pela Karol ela iria querer que estivesse bem.
- Você tem que me prometer que vai me mandar notícias dela, Valentina por favor você tem que prometer. - Ela me abraça forte chorando.
- Eu prometo.
Entro no carro e Mike coloca na rádio, estranho e logo depois a voz de Gaston soa.
- Estão todos bem? - Ele pergunta.
- Que porra está acontecendo?
- Eu não tenho muito tempo, eles vão vim atrás de mim.
- Gás você tem que sair daí.
- Eu vou, estou recolhendo informações e vou sair, não usem o celular, vão para a reserva, Agustín falou que lá é seguro e não conseguem rastrear, encontro vocês.
- Gás o que está acontecendo? - Pergunto de novo.
- Queima de arquivo Ruggero é isso que está acontecendo, tenho que ir. - Ele desliga e olho para Mike que dirigi.
- Eles tentaram entrar na mansão, mas Agustín estava na portaria e disparou contra eles.
- Saímos para comer e eles fecharam o carro.
- Eu não fui rápido o suficiente e ela está morrendo.
- A culpa não é sua Ruggero, não tinha como prevê.
- Eu poderia tê-la acordado eu....
- Chega, não vou deixar você se culpar assim, e ela não está morrendo ouviu porra não está, segure sua onda, vamos pegar esses filhos da puta e você poderá voltar para Karol. - Mike grita.
Chegamos a reserva e seguimos para o local que foi indicado por Agustín, é um mini apartamento.
Ficamos esperando alguns minutos e Gaston chega.
- Ok já está aqui, fala o que tá pegando porque minha mulher está no hospital por uma bala que não era pra ela?
- Salim. - Ele diz.
- Que? Esse filho da puta tá morto o Ruggero matou ele.
- Sim ele está, mas o que ele foi buscar não, ele tira uma pasta com fotos e coloca em cima da mesa.
- Esse não é o coronel Alencar? - Mike pergunta.
- E o senador Basílio, é italiano. - Falo.
- O que eles tem com o Salim?
- Estavam todos juntos com Salim nas reservas de petróleo, na casa do Sevilla o Agustín me falou que ele guardava documentos que eram comprometedores e que Karol falou que o Salim queria porque se não sua cabeça iria rodar.
Quando Salim morreu eles trataram de manter nossa equipe ocupada para que não tivéssemos tempo de revelar.
- Mas isso não estava em nossas mãos, nem mesmo sabíamos dessa informação.
- Mais eles não.
- O problema foi nosso pedido para sair da operação e agora querem eliminar a gente.
- Precisamos encontrar alguém que não esteja comprometido e entregar essas provas.
- Mas onde estão as provas?
- Com a Karol, mas Valentina falou que está no cofre da mansão.
A rádio começa a tocar e Gaston liga.
- Liguem a tv. - Sebas liga a tv no noticiário e que merda é essa.
Comodante do exército foi assassinado por um grupo do batalhão, no qual estão foragidos, Michael Ronda, Ruggero Pasquarelli, Michel Velasquez, Sebastian Villas Lobo e Gaston Vietto.
- Que merda estão falando, mataram o comandante e estão jogando na nossa conta. - Sebastian fala indignado.
- Foca aqui, precisamos da cabeça fria pra sair dessa.
- Agus vamos precisar sair do país pode nos ajudar?
- Claro estou com vocês.
- Agustín tem notícias?
- Ainda não Ruggero fique calmo ela vai sair dessa, precisa se concentrar agora. - Assinto mesmo que ele não possa ver.
- Gás preciso que ligue para o coronel Luis.
- Ele está aposentado, foi ele quem treinou a gente. - Mike fala.
- É o único que conhece a gente e sabe que não faríamos algo assim.
- Na linha.
- Coronel. - Falo e ele fica em silêncio.
- Foi você? - Ele reconhece minha voz e já vai perguntando.
- Sabe que não faria isso.
- Sei, só perguntei para que me confirmasse, já esperava sua chamada.
- Tenho as provas, e preciso entregar para a diretoria do exército, mais tem que ser alguém de confiança.
- Tudo bem vou providenciar, mais sabe que eles vão vim com tudo, vocês tem que está preparado.
- Estamos pronto.
- Ótimo te espero no México.
- Tudo bem.
- Pronto sabemos para onde ir, vamos pegar as provas e levar até ele e tentar não morrer.

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