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Tem uma semana que Karol está em casa e não a vejo, sei que fui duro quando ela tentou se explicar e porra ainda estou remoendo o fato dela ter transado com aquele boiola.
- Chefe dê uma olhada aqui. - Gaston me chama.
- É ele filho da puta, mas está em um avião comercial.
- Sim, eu perdi o maior tempo procurando jatos privados e ele veio em um voo normal, com o passaporte mexicano, Ramires della fluente.
- Onde ele está?
- Esse é problema ele não está hospedado em nenhum lugar, ou alugou casa nem nada.
- Ele tem que está em algum lugar, deve ter uma casa alguma coisa, revire isso Gaston. - Ele assente e vejo Valentina sair da casa sorrindo olhando o telefone.
- Bom dia. - Falo e ela me encara sorrindo.
- Bom humor hoje?
- Ah estava vendo a entrevista da Karol. - Franzo o cenho.
- Ela gravou a primeira música dela e deu entrevista essa semana.
- Sério? - Ela faz que sim toda orgulhosa.
- Está tão animada.
- Ela se recuperou, digo porque não a vejo.
- Porque não quer, ela está alguns metros de você.
- Ela me pediu para deixá-la em paz.
- Sabe quando percebi que era o homem certo para esse trabalho? - Faço que não.
- Porque é igualzinho a ela, teimoso, cabeça dura e petulante preciso falar mais? - Faço que não.
- Só alguém igual a ela para bater de frente e ela aceitar proteção e parece que mais do que isso. Faço cara de quem não estou entendendo.
- Vocês só são teimosos demais para assumir. Tenho que ir na Sevilla.
- Mas hoje é sábado. - Falo.
- Sim e isso é uma merda mas me chamaram parece que tem um erro no cálculo de uma planilha. - Assinto e ela entra no carro com Sebastian, Michel e Cleber.
Lina me liga e atendo.
- Rugge, deu certo, Ruggero ela está progredindo a doação está curando minha filha aí meu Deus obrigado.
- Que notícia maravilhosa, Lina.
- Obrigado por está comigo e não me deixar cair nunca.
- Eu que agradeço vocês são meu ponto de força, não estaria de pé agora se não fossem.
- Não exagere, estou morrendo de saudades e a Lete também.
- Vou vê-las em breve, tudo isso vai acabar.
- Se cuide Rugge te amo.
- Eu também amo você.
Entro na casa pela a cozinha e Analu me oferece um café e um pedaço de bolo.
- Aninha trapaceira estou sentindo o cheiro... - Ela para de falar quando seus olhos param em mim, e caramba a filha da puta está ainda mais bonita.
- Vai pra onde tão linda assim? - Ela desvia o olhar para Analu.
- Tenho um ensaio fotográfico.
- Hum quero ver todas as fotos heim.
- Pode deixar ela beija Analu e não consigo tirar meus olhos dela.
- Fiz seu bolo preferido.
- Eu sei, estou de dieta e você me fazendo quebra-la.
A menina da limpeza entra chamando Analu que saí da cozinha.
- Vai sair? - Vejo que se recuperou? Falo.
- Sim para as duas perguntas. - Ela responde e come um pedaço de bolo.
- Vou tirar o carro...
- Chame o Michael você não precisa me acompanhar.
- Vai fugir de novo.
- Não, estou fazendo isso na sua cara.
- Sinto muito, mais vai ter que aguentar ela por mais um tempo.
- O que quer dizer?
- Falta pouco para pegar o desgraçado árabe, então estará livre de nós.
Ela assente e põe o prato na pia.
- Cinco minutos. - Diz e sai da cozinha, odeio o que causei nela, odeio essa frieza, odeio que ela não olhe pra mim com os mesmos olhos brilhantes, odeio quando ela não faz birra e se comporta como uma garotinha mimada, odeio que ela tenha se tornado uma mulher adulta e fria ao menos comigo.
Mike senta ao meu lado e espero Karol entrar.
- Primeiro vou para o hospital.
- Está tudo bem? - Pergunto olhando pra ela pelo retrovisor.
- Estou ótima. - Ela responde mais não me olha está com a cara no celular.
Chegando ao hospital ela entra na ala pediátrica mas para.
- Vocês ficam aqui.
- Você sabe que...
- Os rapazes sempre ficam aqui, temos crianças atrás dessa porta, não quero que fiquem assustadas. - Franzo o cenho e então vejo na porta, quimioterapia escrito.
- O que ela faz aqui? - Mike pergunta e dou de ombros, vejo Carolina saindo de uma sala com uma médica loira.
- Rugge... Aí meu Deus.
- Titio. - Lete corre em minha direção e me abaixo e ela se joga em meus braços, aperto e beijo seu rostinho, vejo Mike abraçar Lina.
- O que faz aqui?
- Trabalhando. - Ela franze o cenho.
- Trouxe a filha do Sevilla até aqui.
- Ah Karol está aqui? Desculpe sou a doutora Chiara, sua filha evoluiu muito bem, mais algumas sessões e estará livre para voltar a escola.
- Oh ela não...
- Me desculpem preciso verificar um paciente, foi um prazer. - Então ela se vai dou de ombros.
- Ela achou que a Lete é sua filha? Mike pergunta.
- Deve ser porque você pagou todo o tratamento e preencheu todos os módulos desde o início. - Lina explica.
Escutamos uma voz e palmas e Lete se sacode no meu colo querendo descer.
- É a tia Kalol dexa eu ver titio ela tá cantando.
Abro a porta e ela passa correndo, Karol está sentada rodeada de crianças que batem palmas enquanto ela canta uma música.
- Quando digo que a patricinha é gente boa, olha aí. - Mike resmunga.
- Espere a Karol é a garotinha do Sevilla? - Lina pergunta surpresa.
- Sim, você a conhece.
- Sim, somos amigas nos falamos quase todos os dias, ela é um amor com a Lete.
- Em que mundo estamos vivendo que você é amiga dela?
- Vamos tomar um café estou com fome. - Ela diz.
- Vão eu fico aqui. - Mike fala e sigo Lina.
- Eu pensei que era uma criança.
- Eu também, não pode imaginar a minha surpresa quando cheguei na casa e estava lotada de gente e aquela garota dançando no meio.
- Oh deve ter sido uma cena muito...
- Maluca isso sim, ela é doida irresponsável, não levava nada a sério.
- Eu iria dizer excitante mas parece que você tem um livro de explicações.
- Não são explicações é só que ela é irritante, teimosa e petulante e não obedece o que é para o bem dela...
- Acho que conheço alguém assim.
- Quem?
- Você, mas me fale mais sobre ela.
- Eu não sou assim, Karol é impossível e...
- Está te enlouquecendo.
- Também e...
- Você está apaixonado.
- Também... E espere não o que?
Lina ela me enlouquece mas não nesse sentido me deixa irritado.
- E você acha que quando nos apaixonamos a irritação some? - Ela rir.
- Querido ela só aumenta, você está enlouquecendo sim mais porque ela mexe com você e ultrapassa seus limites.
- Não estou, não venha com esse papo de Lina casamenteira. - Ela gargalha.
- Quando conseguir admitir para si mesmo é porque a paixão já te consumiu e você não vai aguentar.
Reviro os olhos e ela acaricia meu rosto.
- Não seja duro com você mesmo, sabe que merece ser feliz, se ela te irrita e enlouquece já é alguma coisa, quando se trata de você a mulher não pode ser boazinha e melosa tem que ser laçado.
- Obrigado prima. - Respondo irônico.
- Não tem de que, vou dar umas dicas a ela de como doma-lo. - Ela balança a sobrancelha.
- Fique longe daquela maluca, ela não precisa dos seus conselhos para me enlouquecer, já faz isso sozinha sem precisar dizer uma palavra. - Lina pisca pra mim sorrindo.

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