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Esse sentimento é novo pra mim, tive minha cota de namoradas durante a escola, depois entrei no exército e quando fui para o Afeganistão era tudo sempre difícil até para mulheres.
E quando voltei não me relacionei com ninguém até ela, não me preocupa a diferença de idade, é ficar longe o problema não por desconfiança nada disso estou tentando ser forte aqui mais estou morrendo por dentro, foi um inferno ter que deixa-la quando ainda estava desacordada e agora isso, mas estou feliz e orgulhoso da minha menina fazer o que ela gosta.
Estamos enroscados em baixo do cobertor assistindo sei lá o que, não tiro os olhos dela.
- Você está me olhando...
- Como você sabe que estou te olhando?
- Porque minha pele está queimando, e estou ficando excitada, de novo.
- Porra garota, se continuar me dizendo que está excitada a cada uma hora vou te amarrar nessa cama e não vai sair daqui de jeito nenhum.
- Que crueldade, me amarrar na cama e me foder o tempo inteiro. - Ela balança a cabeça negando. - Muita maldade.
- Fingida. - Ela gargalha e acaricio seu lindo rosto. O celular vibra e Karol estica a mão alcançando e liga a tela tem milhares de mensagens ela ignora e vai para o nome Valentina aperta o play no áudio.
- Sua vaca sem coração, é bom ter um motivo muito válido para ter desaparecido desde ontem, ou vou arrancar seu bem precioso e não estou brincando.
- Karol, já te liguei várias vezes estou aflita quer fazer o favor de me responder.
Fico apreensivo e Karol rir do meu espanto. Se encosta em mim e tira uma foto.
Você é uma empata foda mesmo né? Posso nem desfrutar do que a vida me deu.
Te amo loira aguada deixe meu clitóris longe do seu instinto assassino.

Começo a tossir e Karol olha pra mim preocupada, quando me recupero.
- Vocês tem um jeito estranho de se comunicar.
- E só agora percebeu.
- Na verdade percebi isso desde o primeiro dia, já que fui contratado para vigiar a garotinha do senhor Sevilla que se dar o caso é uma mulher feita e muito muito gostosa. Fico por cima dela e a beijo não me canso de beijar seus lábios.
- Você achou que eu era uma criança?
- Sim, eles não especificaram pensei realmente que era. - Ela rir.
- Eu voltei na casa. - Ela diz e me apoio no cotovelo ficando de frente pra ela.
- Do que está falando? - Ela fica seria.
- Eu voltei lá, e foi horrível reviver as cenas.
- Porque fez isso?
- Eu precisava, eu sei que parece loucura, mas precisava abrir aquele cofre.
Eu sei o que ele fez, eu podia está sangrando e zonza mais eu lembro de cada palavra e o que encontrei no cofre só confirmou, foi ele e eu sinto muito por tudo, eu sabia que ele não era flor que se cheire mais isso é cruel demais e não consigo imaginar o que passou e so posso te pedir...
- Shiiii você não deve me pedir nada, não tem culpa disso Karol, você é boa, transparente ver o melhor nas pessoas tem um coração enorme, não sei como nasceu daquele homem mais não se culpe nunca pelo que ele fez ou quem ele foi, jamais. - Seco uma lágrima do seu rosto.
- Seu amigo... Se não quiser falar tudo bem, posso imaginar como é difícil.
- Por conta do que aconteceu com sua mãe. - Ela Franzi o cenho.
- Valentina me contou. - Ela assente.
- Você me tirou do pânico sabia, quando estava naquele lugar com Valentina perdi as contas de como entrei em pânico e sua voz gritava na minha cabeça para que eu estivesse concentrada. - Aperto-a em meus braços.
- Jorge era meu melhor amigo, nos conhecemos desde a escola e entramos no exército juntos, e lá conheci os outros que você já conhece, ele salvou minha vida, estavamos entrando em uma das cidades que foi campo de guerra e as bombas começaram a explodir, pedimos reforços mas já era tarde eles já tinham eliminado a maior parte do meu batalhão, eu levei dois tiros e fui capturado, lembro de acordar amarrado em uma cadeira e Jorge estava de frente pra mim com o abdome banhado de sangue um tiro no braço e respirava com dificuldade...
- Rugge você vai cuidar da Ana e do Yan pra mim.
- Não fale isso, você vai sair daqui e ver seu filho crescer.
- Estou pedindo que me prometa porra, vai cuidar da minha família me promete.
- Eu prometo.
Tudo aconteceu muito rápido ele puxou as mãos da corda e estava com uma faca na mesma hora um dos homens entrou e ele atingiu o cara na cabeça, pegou a arma e os outros entraram ele conseguiu atirar em todos e depois caiu na minha frente, eu conseguir fazer a cadeira cair para o lado e ele olhou pra mim.
- você prometeu. Foram suas últimas palavras.
- E onde eles estão?
- Na Itália.
- Uau bem que achei seu sotaque bem fajuto para um brasileiro. - Tenho que rir ela adora me provocar.
- Que patricinha provocadora do caralho.
- Sim eu sou e você me ama desse jeitinho.
- Amo. - Falo e ela me encara na hora com os olhos brilhando.
- Eu amo você.
- Rugge... - Ela se joga em meus braços e agora tenho certeza que encontrei o que nem procurava um lar.
Quando anoitece estávamos os dois na cozinha quando batem na porta, dou de ombros e vou abrir.
- Mike? - Falo.
- Não estou sozinho. - Ele aponta pro lado e vejo Michel e Sebastian.
- O que aconteceu?
- Você não viu?
- Entra, não sei do que estão falando.
Eles entram.
- Liga a tv. - Pego o controle e ligo e Mike toma o controle da minha mão colocando em um canal de notícias, no Afeganistão explodiu uma guerra com a morte do Salim e as tropas estão sendo convocadas  para colocar ordem.
- Isso é sério? - Pergunto
- Olhou seu email hoje? - Sebas pergunta.
- Não.
- Que porra você fez hoje o dia todo, porque não consigo falar ao telefone e tive que... - Ele para de falar e seus olhos estão fixos em cima do meu ombro, olho para os caras que estão de olho.
Viro e vejo Karol parada na entrada da sala vestindo só minha camisa e com as bochechas vermelhas quero rir, quero rir muito ela ficou tímida agora.
- Oi. - Ela fala e os caras começam a rir.
Ela revira os olhos.
- Vocês são idiotas ou só se fazem mesmo. Pronto, momento timidez vai embora e ela se aproxima abraçando minha cintura.
- Já entendi, não quero detalhes. - Mike diz, e Karol me aperta mais e o corpo fica rígido olho pra ela que tem os olhos fixos na tv.
- Estão convocando as tropas antigas? - Ela indaga.
- Que porra é essa vocês vão voltar nesse lugar? - Mike coça a cabeça e vejo os outros dois soltarem um suspiro de frustração, ela então me encara.
- Você vai? Ruggero você vai?
- Não.. eu não sei fomos pegos de surpresa eu não tenho ideia de nada ainda.
- Me diz que você não vai por favor?
- Não posso te prometer isso.
- Então você vai. - Ela se afasta e sem dizer uma palavra volta lá pra dentro.
- Porra.
- Rugge temos uma convocação, um avião do exército estará esperando por nós amanhã às nove olhe seu email, eu tentei argumentar mas o coronel foi firme e querem a gente sinto muito, eu também não queria voltar.
- Nem a gente. - Sebastian fala.
- Vou ver o que posso fazer. - Eles assentem e vão embora.

Por hoje é só meus amores 😘

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