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Valentina estava desmaiada no chão com o rosto roxo e sangue escorria de seu nariz e tinha um machucado na cabeça.
- O que fizeram com você.
Não vejo Karol e seguro o rosto de Valentina, molho a mão na bacia e passo no rosto dela e na nuca ela desperta assustada e grita por Karol, quando seus olhos me enxergam ela começa chorar e me abraça.
- Você está aqui, você está aqui. - Repete.
- Valentina vamos tirar você daqui, onde está a Karol?
- Ele levou ela, aquele monstro vai mata-la ela já estava.. - ela não termina de falar e começa a chorar, controlo minha respiração e aperto o botão no fone. - tenho Valentina podem entrar vou procurar Karol.
- Vocês dois, tirem Valentina daqui.
- Ruggero traz ela pra mim por favor.
- Eu vou, prometo. - Ela assente e meus homens a levam, com os outros três saímos do quarto já dando de cara com dois, atiro na cabeça, aguenta firme Karol. É só o que penso.
Vou saindo e entrando na sala mais já está uma troca de tiros me esquivo e vejo uns homens correrem para uma porta sigo e deixo meus homens pra trás, atiro nos dois que correram para essa porta, e abro tem um homem do outro lado que puxa a arma, atiro nele e uma porta se abre, nem espero disparo e o homem cai da escada, desço e vejo Salim ele segura Karol pelos cabelos, começa a jogar toda a merda e revela que foi o pai de Karol quem ordenou a emboscada que Jorge morreu filho da puta, mas minhas contas é com ele e não com Karol que não tinha culpa nenhuma de ser filha dele e perco o controle quando ele bate a cabeça dela com força no cofre, vejo seu corpo cair sem forças, ele aponta a arma pra mim e depois pra ela.
- Fique aí ou eu.. Não deixo ele terminar já disparo em seu peito e ele cai pra frente corro na direção de Karol e sinto meu braço arder, o miserável me atingiu, me viro e ele está sentado no chão tentando segurar arma.
- Eu disse que iria acabar com você e quando eu prometo eu cumpro miro o meio da sua testa e atiro. - Seguro meu braço e o espaço é pequeno em que o corpo dela caiu me deito um pouco sobre ela não deixando o peso do meu corpo cair, e consigo alisar seu rosto que agora está desfigurado, eu deveria estourar o crânio desse verme.
- Fica comigo Karol, por favor..
As lágrimas vem e só peço que ela fique comigo seguro sua mão, e mesmo sem forças ela aperta de leve mas depois seu rosto vai perdendo a cor e seus olhos se fecham.
- Nãooooooooo. - Grito puxando seu corpo para mim.
- Karol acorda, amor por favor acorda.
Agustin aparece e pega Karol em seus braços e conseguimos sair da casa.

Acordo, e vejo um soro pendurado, sigo o olhar até minha mão, estou com uma tipóia no braço e usando aquela roupa gay do hospital.
- Eu devia te matar sabia, que susto você me deu. - A voz de Lina ela me abraça e beija minha cabeça.
- Eu estou bem. - Ela revira os olhos.
- Onde estão as garotas?
- Não sei, eu fiquei aqui o tempo todo.
Agustin aparece e percebo a troca de olhares sorrio internamente.
- Como se sente?
- Bem, quero sair daqui. - Falo já levantando.
- Calma aí grandão, eles já vão vim te dar alta espere um pouco.
- Como elas estão?
- Karol está em cirugia ainda, não sabemos, teve várias fraturas, quebrou uma costela e a perna, e uma hemorragia, não sei mais, e Valentina está aqui também, já foi medicada e quebrou o pulso.
O médico entra e começa a me examinar.
- Ruggero vou te dar alta mas preciso que tome todos os remédios e em uma semana venha para verificarmos o braço, acredito que não vai precisar de fisioterapia. - Assinto.
Lina sai com Agus para tomar um café e vou me vestir, coloco as receitas no bolso da jaqueta e saiu do quarto, chegando na recepção pergunto por ela e me avisam o andar que está.
Assim que o elevador se abre vejo Valentina.
- Fênix é você. - A voz de Mike me faz parar.
- Caralho maluco tu renasce em cada tiro. - Ele me dar um abraço.
- É bom ver você também. - Ele aponta pra frente e ponho a mão no ombro de Valentina, ela me abraça, e não me solta fica com a cabeça encostada em meu peito.
- Nunca vou consegui te agradecer, você salvou nossas vidas. - Levanto seu rosto.
- Eu faria tudo de novo. - Ela seca as lágrimas e olha de volta para o vidro.
- Como ela está?
- Nada bem, ela teve uma lesão na cabeça, duas costelas quebradas e uma hemorragia no estômago.
Fora o pé. - Ela aponta que tem um ferro.
- Ela quebrou, ele é um monstro Ruggero, ele batia por prazer, porque ela em momento algum teve medo e isso o desafiava.
- Ele está morto e vocês estão livres agora.
- Não sei se consigo voltar a vida normal com ela assim.
- Tem que fazer por ela Valentina. - Igor aparece acompanhado de Michel que usa uma faixa no abdome e braço.
- Chefe, é bom vê-lo bem.
- É bom ver que vocês estão bem, Michel. - Faço uma continência e ele retribui.
Mike consegue levar Valentina para tomar um ar, a doutora loira do outro dia aparece e fico observando-a, ela pede para ver o prontuário de Karol, analisa e coça a cabeça, olha para ela pelo vidro e posso ver sua tristeza, então ela olha para o banco e me ver ali, franze o cenho e se aproxima.
- Oi, você não é o pai da Lete? - Sorrio.
- Na verdade eu sou padrinho dela, Carolina é minha prima. - Ela arregala os olhos.
- Caramba desculpa eu confundi tudo.
- Tudo bem, o pai da Lete faleceu ela tinha meses ainda.
- Sinto muito. - Assinto.
- Você se machucou?
- Sou o segurança particular. - Aponto para Karol.
- Oh da Karol, eu soube que foi algo bem feio.
- Como ela está, você pode me dizer?
- Vamos confiar que ela é forte e vai sair dessa, por enquanto os médicos fizeram tudo que era possível, amanhã vão levá-la para o quarto e tirar o respirador aí vamos saber melhor.
- Obrigado.

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