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༺ 𝐌𝐚𝐝𝐢𝐬𝐨𝐧 𝐑𝐞𝐲𝐞𝐬 ༻
Acordei de madrugada com os braços de Charlie em volta da minha cintura e sua respiração quente batendo em meu pescoço. Me perguntei em que momento da noite nos mexemos até ficarmos nessa conchinha que está muito boa por sinal. Não quero me mexer e acabar com todo esse aconchego. E também não sei se estou preparada pra responder as perguntas de Charlie, se é que ele vai fazer alguma. A mensagem que recebi trouxe a tona todos os sentimentos e medos que eu lutei pra enterrar bem no fundo. Quando sai do Brasil, esperava ter deixado isso pra trás. Mas aparentemente meu passado está literalmente me perseguindo. E eu não sei se vou contar pros meus pais sobre essa mensagem. Não quero deixa-los preocupados e no fundo eu só quero acreditar que isso não passa de uma grande coincidência.
Por que ele não pode estar seguindo cada passo meu, certo?
– Mads se você continuar se mexendo desse jeito vai acordar o monstro. - Charlie murmurou com a voz rouca em meu ouvido e um arrepio percorreu meu corpo inteiro.
– Que monstro? - perguntei e me arrependi logo em seguida, pois tinha entendido de que mostro ele estava falando. – Nem precisa responder, já entendi - falei e seu peito vibrou com sua risada.
Estiquei meu braço até o criado mudo e tateei até achar meu telefone, e quando o achei vi que já passavam das 02:00 da madrugada. Me virei e fiquei de frente pra Charlie que ainda estava com os braços ao redor da minha cintura.
A sensação é tão boa....
É estranho eu pensar que poderia ficar nesse aconchego pra sempre?
Claro que é Madison, você mal o conhece!
Charlie tinha deixado a janela aberta então a claridade da Lua que passava através da cortina iluminava um pouco meu quarto. Passamos longos segundos nos encarando, nenhum dos dois afim de estragar aquele momento com alguma pergunta idiota. As pontas dos seus dedos calejados estavam acariciando cada lado da minha cintura e a sensação era.... boa. Muito boa por sinal.
– Você não vai me perguntar nada? - questionei baixinho e analisei seu rosto. No fundo pensei que quando acordasse, ele iria me encher de perguntas. Mas aparentemente estava errada.
– Você quer que eu pergunte? - perguntou confuso.
– Acho que não - dei uma risadinha nervosa e ele fez um sinal com a cabeça. Ficamos em silêncio confortável por mais alguns segundos até que ele gentilmente segurou meu maxilar e disse:
– Eu não vou te pressionar a dizer nada Mads. Claro que se você quiser me contar algo eu vou querer ouvir, mas se não se sentir confortável tudo bem também. - Charlie acariciou meu rosto levemente e eu sorri envergonhada. – Estou com você okay?
