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༺𝐌𝐚𝐝𝐢𝐬𝐨𝐧 𝐑𝐞𝐲𝐞𝐬༻
Por volta das 06:00 da manhã Charlie estacionou em frente ao Fairmont e eu agradeci a todos os deuses existentes quando li a mensagem que Kenny havia mandado ontem avisando que tínhamos que estar no set as 11:00. Me sinto verdadeiramente exausta; como se um caminhão tivesse passado por cima de mim. Só que tenho a plena noção de que não foi bem um caminhão que me deixou desse jeito. Foi Charlie Gillespie com sua incrível habilidade em me deixar completamente fora de mim durante o sexo.
Estou até agora tentando entender como fomos de algumas carícias no banco do Stanley Park para um sexo incrível no banco de trás do seu carro. Não vou ser hipócrita e dizer que não foi um sexo bom, porque com toda a certeza do mundo foi uma das melhores transas que tive. Os chupões em meus seios, as marcas de seus dedos em minhas coxas e cintura não vão me deixar esquecer isso por um bom tempo.
Tento ao máximo me agarrar a desculpa de que isso foi um deslize, um tesão momentâneo ou o qualquer outra coisa que posa descrever o que aconteceu entre nós dois. Isso não pode e não vai se repetir; nós trabalhamos juntos e agora também vamos dividir o mesmo teto e não quero que nada atrapalhe ou me distraia nesse minha nova fase. Nem que essa distração seja um canadense de olhos verdes gato pra cacete. E que ainda por cima transa muito bem.
- Chegamos - Charlie disse após alguns segundos em silêncio. Desviei minha atenção da janela e encarei seu par de olhos verdes sem saber bem o que dizer.
Obrigada pela transa?
- É... Obrigada pelo passeio Charlie. - mordi meu lábio inferior claramente nervosa e Charlie fixou seu olhar em minha boca, o que fez algo- Acho melhor eu entrar, preciso descansar um pouco. Então é isso. Até mais tarde. - me virei pra sair do carro mas Charlie puxou meu braço gentilmente e se aproximou de mim.
- Eu não acredito que você está com vergonha depois tudo o que você falou e fez. - disse ironicamente e eu revirei os olhos.
Quer apostar quanto que ele vai me encher o saco sempre que possível por causa dessa transa?
- Não estou com vergonha! - retruquei e quase que automaticamente torci os lábios em um biquinho e Charlie riu.
- Então por que está fugindo de mim?
- Não estou fugindo - ele arqueou uma das sobrancelhas como se não acreditasse em mim e eu bufei - Ok, talvez eu esteja fugindo. - admiti e Charlie não esboçou nenhuma expressão, esperando que eu continuasse - Nós trabalhamos juntos e a partir de hoje também vamos morar juntos. Não podemos estragar nada disso, e também você está com Tori entã - antes que eu pudesse concluir minha frase ele me interrompeu:
- Não estou com Tori - respondeu firme - Não do jeito que você pensa. Tori e eu saímos algumas vezes mas é apenas diversão, e também não temos exclusividade um com o outro então não se preocupe com isso. E sobre o trabalho - ele lambeu os lábios e foi a minha vez de fixar o olhar nesse movimento que me desencadeou algumas memórias ainda bem vivas do que aconteceu a menos de 1 hora.
