**Capítulo 23**

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Sai daquele banheiro enrolada na toalha, e fui direto para o guarda roupas, me vestir.

Daqui a pouco já teria que ir para o hospital, então já fui vestindo minhas roupas brancas para ir trabalhar.

Luan que estava deitado na cama, se levantou indo para o banheiro, sem nem olhar na minha cara.

Ele podia estar bravo, ou sei lá comigo, mas eu também estava bem chateada com ele.

Se ele não quer, vou seguir minha vida e fazer esse meu sonho de ser mãe acontecer. Com, ou sem ele!

Hoje em dia a mulher não precisa mais estar casada ou com alguém para formar uma família. Inseminação artificial tá aí, e se caso eu precisar fazer uma, eu vou fazer!

Terminei de me vestir, e fui ajeitar meu cabelo. Só penteei ele, e prendi em um coque no alto da cabeça.

Depois de alguns minutos, Luan saiu do banheiro com a toalha em volta da cintura, e foi se vestir também.

L2: Vai querer que eu te leve no hospital? - me olhou, enquanto fechava os botões da bermuda jeans que tinha vestido.

Marina: Não precisa! Vou andando mesmo. - respondi, ajeitando minhas coisas na minha bolsa.

Ouvi ele bufando, mas eu nem disse nada, continuei ali arrumando minhas coisas. Luan tentou até vir me abraçar, mas eu não deixei, me afastando dele.

L2: Vai ficar desse jeito mesmo por conta de uma decisão minha, caralho? - se aproximou de mim, segurando meu rosto.

Marina: Aí cara, me deixa! - bufei, tentando soltar meu rosto de sua mão, mas não consegui.

L2: Nem tudo é o que tu quer não, Marina. Não tenho que parar a minha vida na porra do tráfico, por conta de um sonho besta seu não. Se liga, garota.

Marina: Então a gente termina aqui!

Na mesma hora em que eu disse aquilo, sua feição mudou na hora. Ele fechou a cara, e se afastou de mim, negando com a cabeça.

L2: Tá maluca, Marina? Terminar o que porra? Ih garota, para de fogo.

Marina: Eu não estou de fogo! Estou falando bem sério agora, Luan. - cruzei meus braços, decidida com aquela decisão.

L2: Marina, não começa! Na moral, pô. - sentou na ponta da cama, me olhando estranho. - Preta...

Marina: Preta é o caralho, Luan. E não começa você! - apontei meu dedo na direção dele, negando com a cabeça. - Se você não está disposto a formar uma família comigo, e me ajudar a realizar esse meu sonho, eu desisto de nós dois! Não vou te forçar a fazer uma coisa que você não quer, mas também não vou me privar do que eu quero, por conta de você.

L2: Se sabe que eu faço tudo por ti, Marina. Mas formar família, ter filhos... não dá, cara!

Marina: E é por isso que estou tomando essa decisão. Nós pensamos diferente nessa questão, então não vale a pena ficar se desgastando por conta disso.

Ele passou a mão no rosto, suspirando alto, e eu continuei olhando pra ele séria.

Era isso! Essa era minha decisão e até então não queria voltar atrás nessa merda.

Se ele não faz questão, eu também não vou fazer.

Quero seguir minha vida, e quero conseguir realizar meu sonho de ser mãe. E eu sei que ele não quer fazer parte desse meu sonho, então não vale a pena eu continuar com ele.

Amo demais esse homem, mas pra continuar desse jeito, não quero mais!

L2: Tá, faz o que tu quiser da tua vida. - falou baixo. - Segue esse teu sonho aí, que eu vou seguir tranquilo na minha.

Balancei a cabeça, e fui pegar as malas em cima do guarda roupa. Peguei tudo minhas coisas, e ajeitei nas malas.

E enquanto eu arrumava ali, já sentia uma vontade enorme de chorar, mas não queria chorar na frente dele.

Luan ficou me olhando do canto do quarto, em silêncio. Não disse nada, e eu muito menos.

É como eu disse: Se ele não faz questão, eu também não vou fazer!

Estava realmente disposta a largar tudo, inclusive ele, pra conseguir o que eu mais queria nessa vida.

Alguns podiam me achar uma idiota, por estar largando o cara da minha vida, por um sonho de ser mãe. Mas desde mais nova, esse sempre foi meu sonho, até antes mesmo de conhecer ele.

Sempre quis ser mãe, e com ele eu sei que isso não seria possível, então é melhor eu seguir minha vida, meu sonhos longe dele, do que continuar me prendendo a esse cara, sem poder fazer porra nenhuma.

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