**Capítulo 37**

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Fiquei horas naquela salinha, fumando pra caralho pra tentar me controlar e não acabar fazendo merda pra foder com tudo de uma vez.

Ainda estava bolado pra cacete depois de descobrir essa parada.

Pô, logo meu irmão, porra. Ih, pode não.

Não gostei, cara. Não gostei!

Nunca apresentei a Marina pra ele, e muito menos disse pra Marina que tinha um irmão por aí, e que esse irmão era o Barão.

Se eu disse, eu não lembro, e acho que nem ela.

Porque tô ligado que se ela soubesse que ele é meu irmão, a mulher logo iria dar um fora bonitão nele, achando que foi eu quem mandou o cara ir pra cima dela, pra testar a maluca. Doidona!

Quando já estava mais de boa, mas ainda nem totalmente, eu saí daquela salinha, indo andando até a casa do Fernando.

Já sei que a Janaína tá ciente disso tudo, e só queria ter a certeza que era com ele que a Marina está saindo mesmo.

Bati na porta deles, e fiquei esperando aquela porra abrir. Só depois de alguns minutos, o Diogo abriu, dando um sorriso assim que me viu.

Moleque já veio querendo pular no meu colo, mas apenas balancei seu cabelo, e já fui entrando na casa, gritando a Janaína.

Mulher apareceu ali igual louca achando que era algo com o Diogo, e meu olhar bateu na barriga dela.

L2: Primeiramente só paz pra tu e pro Nandinho pra essas duas crianças que tão vindo aí. Só felicidade mermo. - falei serinho, e ela sorriu, agradecendo. - E segundamente...que papo é esse que a Marina tá saindo com um tal de Barão? - cruzei os braços.

Ela me olhou de olhos arregalados, mas tentou disfarçar, soltando uma risada toda falsa lá.

Janaína: An? Do que você está falando, L2? Euem.

L2: Se faz de sonsa não, porra. Odeio isso. - bufei. - Já tô ligada que ela tá saindo com esse cara, e não adianta meter o louco, porque eu mesmo vi. - meti do louco, e ela suspirou, sentando no sofá.

Janaína: Ela tá saindo mesmo, mas qual é o problema?

Problema é que ele é meu irmão, porra. Vai se foder.

Deu vontade de soltar isso, mas nem quis, se não sabia que ela iria abrir a boca pra Marina, e a garota já iria vir de surto.

L2: Nenhum pô, nenhum. Só queria ter a certeza mesmo. - respirei fundo, cruzando os braços. - Mas aí, conhece esse cara da onde?

Janaína: De um baile que fomos no Lins a um tempo já. Mas isso nem importa mais, L2. Só peço que não estrague nada!

L2: Relaxa pô, não vou me meter em nada em relação a ela ficar com ele. Tô nem ai, sério mermo.

Menti outra vez, e ela me olhou de cima a baixo, negando com a cabeça. Nem disse mais nada, só fiz um sinal com a cabeça pra ela e pro Diogo, e fui saindo.

A verdade era que eu logo queria ir trocar uma ideia com a Marina, contar tudo. Mas a vontade de deixar ela seguir a vida, estava ficando maior.

Comigo ela nunca vai ser feliz não, já tô ligado nisso. E pelo o que eu conheço o Barão, ele é melhor que eu em tudo, então com ela lá do lado dele, só vai se dar bem.

E ver ela bem é o que eu mais quero, mesmo que seja longe de mim.

Ih, tô nem me entendendo.

Mas eu tinha que aceitar!

Parti pra casa, no caminho inteiro pensando nessa porra, e papo sério, conheço meu irmão, e já tô ligado que com ele, ela vai realmente conseguir ficar bem e feliz.

Parei na frente de casa, e as duas que moram ali do lado, estavam sentadas na calçada, rindo com um escândalo do caralho. Então fui passando, ignorando aquelas duas, como de costume, mas já tava ligado que a mais nova tava me olhando toda estranhona.

Tava entendendo essa maluca não, pô. Euem, doidona!

L2: Que foi, porra? - perguntei altão, que a mina até se assustou. - Fica me olhando igual tonta, vai se foder.

Ela desviou o olhar na hora, e eu bufei negando, já entrando em casa. Garota estranha! Vou logo mandar arrastar lá pra cima pra saber o motivo de tanto ficar me encarando, que nem uma bobona, sonsa do caralho.

Gosto não pô, gosto não!

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