**Capítulo 24**

14.4K 1.3K 1.4K
                                    

+ 300 votos.
+ 170 comentários.

• L2 •

Marina continuou ali ajeitando tudo suas coisas dentro da mala, e eu nem se quer disse um piu ali com ela outra vez.

Fiquei na minha mesmo, só observando tudo. Até porque eu não tinha o que falar ali pra ela.

Essa era a decisão dela, então eu não podia fazer nada pra ir contra. Por mais que não queria de jeito nenhum terminar com essa garota assim, e deixar ela ir embora.

Mas eu não tinha mais nada pra fazer!

Ela estava indo embora porque queria seguir o sonho dela de ser mãe, e não vai ser eu quem vai impedir dela ir atrás disso.

Marina: Amanhã de noite eu passo aqui pra pegar o resto das minhas coisas. - falou, fechando a mala.

L2: Tu vai pra onde? - cruzei os braços, esperando a resposta dela, mas a filha da puta não abriu a boca. - O caralho, da pra você responder?

Marina: Eu não sei, Luan, mas vou dar meu jeito. - me olhou, dando um sorriso falso. - Não se preocupe, aqui no Galo eu não moro mais.

L2: Ah, então tu vai pro Pavão ou pro Pavãozinho? Nossa, é longe daqui, né?! - arqueei uma sombrancelha minha, e ela revirou os olhos.

Marina: Aí Luan...- suspirou, negando com a cabeça. - Enfim, tchau...

Ela me olhou, e mesmo não tão perto, vi seus olhos já brilhando por conta das lágrimas. Sabia que ela queria chorar desde que disse que seria o nosso fim, mas tava segurando pra não chorar na minha frente.

L2: Tchau pô...fica bem.

Ela fechou os olhos respirando fundo, e eu só vi uma lágrima descendo por seu rosto, mas ela logo limpou, me dando as costas.

E ela saiu... simplesmente foi embora dali de casa, e da minha vida!

******

Ajeitei o fuzil nas costas e sai de casa, indo montar na minha moto, pra ir pra boca resolver algumas paradas do carregamento que iria vir do Paraguai.

Fui direto pra boca, mas quando passei na pracinha, só vi a Marina ali com a Janaína, e com o Diogo.

Eu nem dei bola, fingi que nem vi. E assim que cheguei na boca, fui entrando direto na salinha principal.

Fernando estava ali conversando com uma mina ruiva. Eu só olhei pra ele, que o cara já entendeu e pediu pra mina ir embora.

Nandinho: Aí, qual foi? - fez um toque comigo. - Favela já tava sentindo tua falta, pô.

L2: Tava na maior saudades desse lugar aqui, já. Na moral.

Nandinho: Mas como foi lá fora? Nos estrangeiro...

Comecei a conversar com ele ali sobre várias paradas da carga de armamento e das drogas que chegariam semana que vem aqui no Brasil, passando pela fronteira com o Paraná, até chegar aqui em São Paulo.

Tava tudo muito bem armado pra nada dar errado, e nós acabar perdendo milhares de dinheiro naquela porra.

Mas do nada o assunto mudou, virando totalmente pro churrasco que rolou na Bolívia, uns dias antes de eu partir pra cá de volta.

Já fiquei meio assim, e o Fernando percebeu, que até então me infernizou pra saber o que tinha rolado lá.

Nandinho: Deu merda nesse churrasco, não deu? - cruzou os braços, negando com a cabeça. - Abre a boca logo, Luan.

L2: Se liga, Fernando, interessa essa porra pra tu não, mané. - fechei a cara, e ele bufou.

Nandinho: Rum, já até imagino a merda que tu fez lá...

Eu engoli em seco, respirando bem fundo, pra me controlar mesmo.

L2: Eu acho que eu trai a Marina...

******

Capítulo agora só terça amores.

E se preparem, está pra acontecer várias reviravoltas nessa história...

Enfim, amo vcs em!!!
✋🏻❤️

Nosso Recomeço Onde histórias criam vida. Descubra agora