**Capítulo 36**

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• L2 •

Na moral? Tava fazendo de tudo pra tentar mudar o que estava dentro de mim... A grosseria, a ignorância e outros diversos defeitos que a Marina sempre disse que não gostava.

Estava realmente tentando mudar por ela, mesmo sabendo que fazer isso, estava sendo difícil pra caralho, e talvez até impossível. Mas eu estava tentando, por ela!

Já não aguento mais ter que ver aquela garota na rua, e não poder chegar e trocar uma ideia, já partindo pra nossa casa pra ficar a tarde toda transando no amorzinho mesmo.

Tava foda!

Queria mudar por ela, e apenas com ela, até porque se eu ficar todo mole pra esse povo daqui da favela, eu vou é tomar no cu.

Da pra confiar em ninguém hoje não, pô. Tu da um pouco de confiança, a pessoa já acha que tá no direito de chegar todo pá pra cima de tu, mesmo sabendo que você ali é superior a ela naquela porra. Gosto não!

Vou continuar sendo esse mesmo filho da puta com o povo de fora, mas com a Marina eu juro que vou tentar de tudo ser um cara melhor, e eu nem tô de caô.

Tô tentando colocar minha mente em ordem, ficar bem tranquilo pra poder ir trocar uma ideia com ela na paz, sem briga, sem estresse, e muito menos sem um término definitivo.

Se ela acabar tudo entre a gente de vez, a parada vai ficar outra.

Estava até agilizando o bagulho com os caras, sobre as provas que eu não trai a Marina, e pá. Já até sabia com quem eu tinha acordado naquele dia, e os manos já estavam atrás, pra resolver tudo. Não vejo a hora, papo reto.

Sei que comigo só provando isso, não vai adiantar de nada, que não vai trazer ela de volta pra mim de uma hora pra outra, mas eu só quero provar pra ela que eu nunca fui infiel na nossa relação, que nunca trai ela, a mulher que eu mais amo, serinho.

Minha consciência vai ficar tranquia!

Pêpê: Aí chefe...- abriu um pouco a porta da minha salinha, e eu só fiz um sinal pra ele entrar de uma vez.

L2: Conseguiu ver? - cruzei os braços.

Ele balançou a cabeça concordando, e se sentou na cadeira em minha frente, coçando a nuca. Ih.

Tinha pedido só pra ele ver quem era o mané que a Marina tava saindo. Só queria saber mesmo, porque fazer alguma coisa, eu nem ia fazer. Nem no meu direito eu iria estar.

E outra que se eu fizesse alguma parada, Marina ia logo me chutar de vez.

Pêpê: Pô, sei nem como dizer, tá ligado? - fez uma careta, e eu bufei.

L2: É só abrir a boca, porra. Qual foi, é inimigo?

Pêpê: Acho que pra tu vai ser até pior...- suspirou.

L2: Fala logo, caralho. Gosto de enrolação não. Quem é o maluco?

Pêpê: Teu irmão, o Barão.

Na mesma hora em que ele disse aquilo, eu arqueei uma sombrancelha, nem entendendo aquela parada toda. Ih.

L2: Meu irmão? Tá tirando né, filho da puta? Ih, qual foi...? - já me levantei puto. Bolado mermo.

Pêpê: É ele mesmo pô, eu vi. O cara veio buscar ela agora pouco com os seguranças e eu perguntei para uma das vizinhas dela, e a mulher me disse que parece que os dois estão saindo a um tempo. Que vai quase todo final de semana o mesmo carro buscar ela.

Passei minha mão no rosto, e ali me deu vontade de surtar legal mesmo. Quebrar tudo nessa porra. Ih, qual foi? Logo com meu irmão, caralho. Vai se foder.

Fiquei bolado agora mermo, dá não.

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