Meses depois...
Já fazia quase três meses desde que o Luan tinha saído para aquela missão. E já estava agoniada esperando ele voltar igual a uma tonta contando os dias.
Tava na maior saudade daquele homem, e na real, não via hora de poder sentir ele outra vez.
Só ficávamos de chamada às vezes, que nem duravam 10 minutos. Só falávamos o básico e já era.
Sabia que ele agora estava na Colômbia, resolvendo e resolvendo diversos assuntos das drogas por lá, com os fornecedores deles.
Tinha até medo dele ser preso quando voltasse pela fronteira. E rezava todo dia para isso não acontecer!
Aquela Pistoleira vive indo pra cima e pra baixo atrás dele, ele mesmo me disso isso! E sinceramente espero que ele nem esteja dando moral para aquela mulher.
Se não o bagulho fica outro pra cima dele!
Falei pra Jana que confio nele para não me trair e pá, mas a verdade é que não confio nem em minha direito. E já passou pela minha cabeça sim, que ele possa em algum momento ter me traído, mas tento ao máximo não pensar nisso, se não crio mais paranóias ainda.
Janaína: Mulher...tu viu que aquela tal de Vânia, a dona da lojinha de salgados, tava pegando o namorado da próprio filha? Véi, eu tô chocada! - falou do nada, mexendo no celular. - Acabei de ver aqui no perfil de fofocas daqui do PPG.
Marina: Cara...eu não ia perdoar não! Euem. - fiz careta, e ela concordou comigo. - Que coisa feia, nossa.
Janaína: Se eu fosse essa menina...
Nandinho: Vocês cuidam demais da vida dos outros, pô. Tão pior que as velhas lá de cima.
Janaína: Você tá falando do que, Fernando? Tu assim que chega da boca, já vem fofocando sobre o que ouviu os vapores falando, euem. - deixou o celular de lado, cruzando os braços.
Eu dei risada, e o Nandinho saiu dali resmungando. Ele fala, fala da gente, mas se reparar, fofoca mais do que nós duas juntas.
Janaína: Mas enfim, amiga, faz tanto tempo que nós não sai juntas...- fez bico, e eu concordei com a cabeça. - Vai rolar um lual massa lá praia do Leblon, só gente fina mesmo! Tá afim de ir?
Marina: Tô, demais! Faz tempo que não saio pra me divertir, e hoje é minha folga, mereço beber.
Nandinho: Ala, Janaína pode beber não, em. - apareceu ali de novo na sala, com um pacote de biscoito na mão.
Janaína: Eu sei, amor. Não preciso beber pra me divertir não! Só quero dar um tempo daqui dessa favela.
Marina: Aí, eu também. Já cansei de todo final de semana ir pra baile, ou pro pagode. Toda semana mesma coisa, mesmas pessoas... Da não!
Janaína: Então tu vai querer ir hoje? - me olhou animada, e eu balancei a cabeça confirmando. - Só nós duas, né?
Ela fez careta, e eu dei risada, balacando a cabeça outra vez. Janaína não tinha ido com a cara da Marília, e não gostava da menina nem se quer perto de nós duas.
Não sei o porquê dessa implicância, mas eu nem falo nada, só fico na minha mesmo.
Mas também não forço nada! Quando tô com a Janaína, é só com ela que eu fico.
******
Já estava toda pronta ali na frente de casa, esperando a Janaína aparecer pra nós ir logo. A parada começava as sete, e já era quase oito da noite.
Sabia que Janaína demorava pra se arrumar, e com essa demora dela, já estava quase desistindo de ir.
Mas quando pensei em entrar pra dentro de casa, ela apareceu dirigindo o carro do Nandinho.
Milagre ele deixar ela sair com esse carro. O cara não confia nela dirigindo não, mas pra mim ela dirige normal, acho que até melhor que ele.
Marina: Pensei que tu nem fosse mais, cara. - fiz careta, entrando no carro ao lado do passageiro.
Janaína: Acabei me atrasando por conta do Fernando. Já estava quase toda arrumada, e ele me provocando, e acabou que rolou e eu fiquei acabada. Tive que me arrumar outra vez.
Neguei com a cabeça dando risada, e já fui ligando o rádio. Estava tocando um sertanejo bem aleatório, e eu só fui observando tudo, enquanto Janaína cantava igual maluca já.
Fazia tanto tempo que não saia assim com ela, que já estava com uma saudades do caralho. E hoje...iria curtir demais com ela!
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Nosso Recomeço
RomansaNossa história não começa com "era uma vez" Sou todo errado e tu sabe No meio da minha confusão, tu é meu canto de paz Gosto da sensação que tu me traz. Sou capaz de tudo por você Desde matar até morrer Bagulho foda esse negócio de amar Posso até te...